Exposição e performance
Ferida Sábia
de Ana Vitória
A partir de 14 de Junho
Galpão das Artes – Espaço Tom Jobim
Performance com Ana Vitória, Angel Viana, Marina Magalhães, Priscila Teixeira e Soraya Bastos
foto: Renato Mangolin
É
também o momento em que a mulher, todo mês pode se ver pelo avesso.
Pode constatar o tamanho da sua força, da vida que corre pelo seu corpo,
que escorre, que é fértil e fecunda. Pode também ser o seu maior laço
com a Terra, com os ciclos da natureza, o cosmo, a história, a memória
de todas as demais mulheres que nos formaram e a possibilidade de
através desse grito vermelho, descamado, abortado, refazer e atualizar
essa história. (Ana Vitória)
A partir de 14 de Junho, a bailarina e coreógrafa Ana Vitória inicia as apresentações da instalação performática Ferida Sábia no Galpão das Artes do Espaço Tom Jobim, que reúne
fotos, vídeos, objetos e dança. Com objetivo de apresentar afetiva e
esteticamente as relações da mulher com seu corpo, a partir do fluxo
menstrual, é proposta uma reflexão estética, antropológica e filosófica
sobre este delicado “estado” da mulher, objeto de mutismo e preconceito,
mesmo na sociedade contemporânea.
A
mostra, com visitação gratuita de terça a domingo, é composta por seis
fotografias em grande formato impressas em metacrilato, selecionadas
entre as 700 fotos de seu fluxo menstrual que a artista registrou ao
longo de cinco anos; objetos escultóricos em forma de óvulos de lã
recheados de memórias afetivas; uma grande instalação com 100 camisolas
do século 19, uma videoinstalação com imagens de cerejeiras e fios de lã
que tecem e destecem as relações com o mundo, duas instalações de
calçolas e anáguas antigas com bacias esmaltadas que escorrem líquido
vermelho, povoam o imaginário de quem se lança a esse olhar provocativo e
sensório.
As
performances, que acontecem de sexta a domingo, são realizadas pelas
bailarinas Angel Vianna, grande Mestra da dança contemporânea que
participa aos 84 anos de idade como convidada especial, Priscila
Teixeira, Soraya Bastos, Ana Vitória e Marina Magalhães. Estas mulheres,
com idades que variam de 29 a 84 anos, colocam seus corpos e suas
vivências a serviço do diálogo poético em torno dos mitos e tabus
femininos: provocando nossa reflexão crítica a cerca da ancestralidade,
puberdade, maternidade, aborto, menopausa e ritos de passagem.
SOBRE FERIDA SÁBIA
Para além de questões de gênero, Ferida Sábia busca
lançar um olhar poético, reconciliador, sensório e criativo sobre a
condição feminina e suas singularidades. A exposição performativa é um
desdobramento da pesquisa realizada para a performance “Afinal o que há
por trás da coisa corporal?” apresentada em 2011 no Centro Cultural
Correios e Parque Laje, no Rio de Janeiro e no Museu Rodin, em
Salvador. Na época a artista mergulhou nas provocações da artista
plástica mineira Lygia Clark em um relato corpóreo, explicito e
autobiográfico sobre nascimento e morte.
foto: Renato Mangolin
FICHA TÉCNICA
Concepção e direção geral: Ana Vitória
Bailarinas: Ana Vitória, Angel Vianna, Priscila Teixeira, Soraya Bastos e Marina Magalhães
SERVIÇO
Local: Espaço Tom Jobim – Galpão das Artes
Endereço: Rua Jardim Botânico, 1008 – Jardim Botânico – Rio de Janeiro
Telefone: 2274-7012
Capacidade: 60 lugares
Performances: dias 14, 15 e 16, 21, 22 e 23/06 – Sextas e Sábados, às 19h, e Domingos, às 18h
Duração: 40 minutos
Ingressos: R$ 40,00
Exposição: de terça a domingo, das 10h às 18h
Classificação: Livre
EXPOSIÇÃO: PRORROGADA ATÉ O DIA 30/06
SOBRE ANA VITÓRIA
ANA
VITÓRIA bailarina e coreógrafa baiana, formada pela Escola de Dança da
Universidade Federal da Bahia - UFBA é Doutoranda em artes cênicas pela
UNIRIO e Mestre pela Universidade Gama Filho – UGF - Rio de Janeiro,
tendo como resultado a publicação do livro “Angel Vianna - Uma Biografia
da Dança Contemporânea”. Professora Universitária dos cursos de
graduação e pós-graduação das Faculdades Angel Vianna e UniverCidade –RJ
nas cadeiras de Composição Coreográfica e Técnica de Dança
Contemporânea. Morou na França em 1994 quando trabalhou com coreógrafos
de renome da Nouvelle Danse Française. Coreógrafa premiada; APCA
(1997), MAMBEMBE (1998) e RIO DANÇA (1999), tem seu trabalho reconhecido
no Brasil e no exterior e conta do seu repertório mais de 20 obras
coreográficas entre os seus solos como intérprete-criadora e espetáculos
para Cias de dança e teatro. No Rio de Janeiro, dirige a Cia ANA
VITÓRIA DANÇA CONTEMPORÂNEA desde 1995.
Workshops:
New York University – NYU/Miami – E.U.A, Flaran Danse- França, Centro
Cultural Belém – Lisboa – Portugal, Balé da Cidade de São Paulo-SP,
Ballet Guaíra-PR, Cia Débora Colker – RJ, Balé do Teatro Castro
Alves-BA, Grupo Cisne Negro- MG, Cia de Danca da Cidade - RJ, Cia
Vacilou Dançou-RJ, Grupo Tápias – RJ, Café Cultural – RJ, Festival de
Joinville-SC, Festival de Campina Grande-PB, SESCS –Brasil, Centro
Cultural Mário Quintana – POA, Engenho das Artes – POA, Café Cultural –
RJ, Centro Cultural Dragão do Mar – PE, Centro Cultural Banco do Brasil
–DF, Cia Elpasso –RJ, Ateliê Coreográfico do Rio de Janeiro -RJ.
Menções e Prêmios
- Prêmio de Melhor Coreógrafa - XIII Mostra de Novos Coreógrafos RioArte – RJ (1996). "Valises"
-
Melhor Vídeo-Arte de Performance - IV Salão Vitor Meirelles de Artes
Plásticas no Museu de Arte de Santa Catarina MASC – SC (1996) ––
“Valises”
-
Prêmio de melhor coreógrafa pela APCA - Associação Paulista de Críticos
de Arte de São Paulo – SP (1997) – "Corpo Provisório"
- Prêmio nas categorias Intérprete-Criadora pelo MINc-Troféu Mambembe – RJ (1998). "Corpo Provisório"
-
Indicação na categoria Melhor coreógrafa do Prêmio RioDança 98
instituído pela Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro/RioArte - RJ
(1998). "Antimatéria"
- Aclamada Talento Profissional do Jornal O Globo, Melhor Coreógrafa de 1999.
-
Selecionada entre as 4 Companhias nacionais no " Projeto DançAtiva" em
1999 (IBM & Unibanco) e no Projeto " FUNARTE na Cidade" do
Ministério da Cultura - RJ (1999) – com o espetáculo “Antimatéria”
-
Prêmio na categoria "Melhor Coreógrafa" do Prêmio RioDança 99
instituído e promovido pela Secretaria de Cultura do Rio de
Janeiro/RioArte com a coreografia “Orikis”
- Prêmio na categoria "Melhor Coreógrafa" da Revista Você e a Dança – RJ (1999) "Melhor Coreografia ORIKIS"
-
Prêmio RioDança 2000 , indicada em 3 categorias com o espetáculo 1,
Segundo... Melhor Coreógrafa – Ana Vitória, Melhor Bailarina – Andréa
Bergallo e Melhor Iluminador – Milton Giglio.
- Programa de Bolsas de Pesquisa Rio Arte 2001 – Projeto "Seis propostas para o próximo milênio ou minha visão da Sexta"
-Companhia
subvencionada pela Prefeitura do Rio de Janeiro a partir de 2003, pelo
programa de subvenção de Cias com o projeto coreográfico “Sobre o Começo
e o Fim…”
- Jornal O Globo – Destaque para o espetáculo “O Exercício de Dom Quixote” entre os 10 melhores do ano de 2005.
fonte: assessoria de imprensa
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