quinta-feira, 23 de outubro de 2025

GOVERNO LANÇA GUIA PRÁTICO PARA PESQUISAS COM INTELIGÊNCIAS ARTIFICIAIS

 
O governo federal lançou um Guia Prático de Prompt e Pesquisa com IA para Servidores Públicos, que ensina a como elaborar instruções claras e eficazes para o uso de ferramentas de inteligência artificial generativa. A publicação foi elaborada pelo Ministério da Gestão, dentro do programa AMPLIA, que busca expandir o uso responsável da IA no setor público.
 
O material orienta servidores sobre como formular prompts — as instruções que guiam os modelos de IA generativa — de maneira clara, contextual e objetiva, garantindo respostas mais úteis, seguras e éticas. A iniciativa dá continuidade ao trabalho do Núcleo de Inteligência Artificial do governo, que já havia publicado a Cartilha de IA Generativa no Serviço Público, lançada no início do ano.

Nosso foco principal é orientar os servidores públicos, mas é claro que as duas publicações podem ser utilizadas por qualquer pessoa que considere o tema relevante para a sua atividade, afirmou o secretário de Governo Digital, Rogério Mascarenhas. Segundo ele, construir boas instruções é essencial para melhorar a qualidade das respostas obtidas com IA. Ao construir boas instruções para as diversas soluções disponíveis, fica mais fácil a obtenção de respostas úteis, éticas e seguras, disse.

O objetivo do guia é simplificar o uso da inteligência artificial na administração pública, ajudando servidores a otimizar processos, aprimorar a tomada de decisões e melhorar o atendimento ao cidadão.

Na prática, o documento explica que um prompt deve funcionar como um ponto de partida que orienta a IA, deixando explícitas as expectativas sobre o tipo de resposta esperada. Além de exemplos e boas práticas, o guia aborda aspectos de segurança, ética e transparência no uso da tecnologia — temas centrais para a estratégia do governo de adoção responsável e segura da IA no setor público.

fonte:  Convergência Digital

terça-feira, 14 de outubro de 2025

HOMENAGEM A LOURENÇO DE MÉDICI, POR MAQUIAVEL

Aqueles que desejam cair nas graças de um príncipe costumam, o mais das vezes, 

oferecer-lhe os bens pelos quais têm mais estima, ou que imaginam que lhe darão 
maior prazer; daí que muitas vezes ele seja presenteado com cavalos, 
armas, trajes de ouro, pedras preciosas e ornatos de igual valor, 
dignos da sua  grandeza.  Desejando, também eu, apresentar-me 
diante de Vossa Magnificência com  um testemunho da minha vassalagem, 
não pude encontrar em meu tesouro algo mais valioso 
e estimado do que o conhecimento a respeito 
das ações dos grandes homens, adquirido ao longo de vasta experiência 
das coisas modernas e do continuado estudo das coisas antigas; 
tendo, com grande diligência, investigado  e examinado essas ações, 
resumi-as em um pequeno volume, que remeto agora a  Vossa Magnificência.

Apesar de saber ser esta obra indigna da Vossa presença, tenho certeza de que 
benevolentemente a aceitará, ao levar em conta que 
eu não lhe poderia oferecer presente melhor do que a possibilidade de, 
em brevíssimo tempo, aprender tudo  aquilo que eu, no decurso de muitos anos, 
por meio de muitos esforços e perigos, aprendi. 

Não enfeitei nem aumentei este livro com frases longas ou palavras difíceis 
ou  extravagantes, ou ainda com qualquer outro artificio, 
ornamento desnecessário com os quais muitos 
costumam enfeitar os seus escritos; 
e fiz isso porque quis que nada mais o tornasse meritório 
e benquisto senão a amplitude da matéria e a gravidade do assunto. 
Conto que não será considerado presunçoso o fato 
de um homem de classe inferior ousar discorrer e ditar regras 
sobre o governo dos  príncipes; porque assim como os pintores de paisagem
 colocam-se no plano, para observar a natureza dos montes e dos lugares altos, 
e no alto dos montes, para  enxergar melhor a natureza dos lugares baixos, 
do mesmo modo, para conhecer bem a natureza de um povo é preciso ser príncipe, 
e para conhecer bem a natureza de  um príncipe é preciso pertencer ao povo.

Deste modo, receba Vossa Magnificência este pequeno presente
com o mesmo espírito com que eu o envio; trata-se de obra que, 
sendo recebida e lida com  atenção, revelará o meu mais profundo desejo
 - o de que Vossa Magnificência alcance a grandeza que o seu destino
e as suas outras qualidades lhe auguram. E  se Vossa Magnificência, 
do ápice da sua grandeza, alguma vez volver os olhos 
para estes lugares baixos, verá como tenho injustamente sofrido
grandes e  contínuos golpes de má sorte.

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

TRE-RJ E OS DESAFIOS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO PODER JUDICIÁRIO

Inteligência Artificial e o Judiciário: 

eficiência com responsabilidade

 

07/10/2025 - 17:50

 

A trajetória histórica da humanidade tem convergido progressivamente para a inteligência artificial, uma tecnologia desenvolvida para aprimorar e simplificar as interações sociais. Nas áreas de saúde e segurança, a IA já demonstra avanços significativos. O campo jurídico não ficou à margem dessa transformação. Profissionais do Direito, incluindo advogados, promotores, defensores públicos e magistrados, encontram-se diante de recursos tecnológicos que aceleram pesquisas, sistematizam dados e auxiliam na elaboração de peças processuais e sentenças.

Esta evolução apresenta aspectos favoráveis evidentes. Considerando um sistema judicial assoberbado de processos, que persegue a celeridade e produtividade sem sacrificar a qualidade decisória, essas ferramentas tecnológicas podem diminuir o tempo gasto em atividades mecânicas e repetitivas. Isso libera os profissionais para concentrarem seus esforços no que genuinamente exige capacidade humana: o raciocínio jurídico aprofundado, a construção de argumentos consistentes, a valoração de princípios e a busca pela solução justa para cada situação específica.

Porém, simultaneamente aos benefícios, a inteligência artificial apresenta riscos consideráveis quando empregada de forma irrefletida. Nos processos judiciais de maior complexidade, sejam eles eleitorais, criminais ou cíveis, os operadores do direito carregam elevada responsabilidade em suas atuações. Um dado incorreto ou impreciso pode alterar completamente o resultado de um julgamento e abalar a legitimidade da decisão proferida.

No ambiente eleitoral especificamente, identificam-se vantagens concretas. O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro lançou o Projeto IA Jud - Justiça Inteligente, voltado ao estímulo da inovação institucional. A iniciativa busca promover a utilização de ferramentas de inteligência artificial generativa, oferece capacitação aos servidores, divulga orientações e melhores práticas, estabelece uma política de Uso, cria um Portal de Inteligência Artificial e realiza workshops para avaliar os produtos desenvolvidos.

A adoção dessa tecnologia pode aperfeiçoar numerosos procedimentos internos, elevando a eficiência e a produtividade dos servidores em suas rotinas diárias, desde a elaboração de documentos até o exame de informações. Além disso, estimula a cultura de inovação e o desenvolvimento de soluções sob medida para os desafios do Tribunal, melhorando o atendimento prestado ao cidadão.

Ao apostar na qualificação profissional e na aplicabilidade da IA, o TRE-RJ não se restringe a atender às orientações do Conselho Nacional de Justiça, mas estabelece fundamentos para uma cultura de inovação duradoura e para conquistas expressivas em produtividade e eficiência em todos os setores da instituição.

Entretanto, há  também ameaças preocupantes quanto ao uso das ferramentas, com potencial de aumento dos julgados. Um dos riscos mais graves está na multiplicação de conteúdos fraudulentos e na fabricação de deepfakes. A inteligência artificial generativa possibilita a criação de vídeos e áudios que simulam com precisão a voz e a aparência de personalidades políticas, fazendo-as parecer pronunciar declarações jamais proferidas. Essa tecnologia pode ser instrumentalizada para manipular informações e propagar notícias fraudulentas em larga escala. Este tipo sofisticado de desinformação possui capacidade de corroer a confiança pública e distorcer a avaliação do eleitorado sobre a idoneidade dos candidatos.

Frente a esse cenário árduo, o Tribunal Superior Eleitoral estabeleceu regulamentações para assegurar a integridade dos processos eleitorais, buscando equilibrar o aproveitamento tecnológico e preservação da lisura do pleito. Entre as providências mais relevantes está a vedação de deepfakes destinadas à desinformação, prática classificada como ilícito eleitoral. Adicionalmente, a utilização de inteligência artificial em materiais de campanha precisa ser expressamente indicada, garantindo transparência ao eleitor.

As plataformas digitais também são responsabilizadas nesse contexto. Elas podem receber notificações para remover conteúdos que disseminem desinformação, acelerando o enfrentamento dessas práticas nocivas.

Em todas as especialidades jurídicas, as qualidades éticas de quem atua perante o Judiciário iniciam-se com a lealdade processual, que se expressa na condução sensata dos aspectos humanos, sociais, legais e justos da demanda até sua resolução final. Raciocinar de maneira oposta poderia conduzir à litigância de má-fé, comportamento que deve ser evitado.

Na condição de magistrado, já presenciei petições geradas por inteligência artificial, sem qualquer revisão por parte do advogado que as subscreveu. Muitas dessas peças contêm acórdãos inexistentes, excertos doutrinários fictícios e citações que jamais proferidas. Esse tipo de conduta viola os princípios da honestidade, transparência e boa-fé processual, pode induzir o julgador ao erro e causar prejuízos severos às partes envolvidas, além de motivar sanções disciplinares pela Ordem dos Advogados do Brasil. A inteligência artificial não pode ser responsabilizada por litigância de má-fé, mas quem a utiliza inadequadamente pode e deve ser punido.

Também tem causado grande inquietação a possibilidade de alguns magistrados empregarem modelos prontos de IA para fundamentar decisões sem realizar a necessária revisão crítica. Isso enfraquece a independência judicial e compromete a credibilidade do sistema de Justiça. A sociedade necessita confiar que cada decisão resulta da análise cuidadosa de um juiz imparcial, e não de um algoritmo programado.

A inteligência artificial deve ser compreendida como um instrumento de apoio, útil para tornar a atividade jurisdicional mais eficiente. Contudo, sua utilização precisa ser acompanhada de transparência, rigor técnico e responsabilidade ética. Do contrário, abre-se margem para equívocos e graves injustiças.

O grande desafio dos operadores do Direito consiste em harmonizar Justiça e tecnologia sem perder de vista a confiança social nas instituições e o devido processo legal. Isso demanda protocolos claros de utilização, formação continuada para advogados, magistrados e servidores e, principalmente, a consciência de que a decisão judicial deve sempre resultar de reflexão pessoal, com fundamentação própria e verificável.

O silêncio sempre continua a ser preferível em relação à defesa de argumentos que não podem ser comprovados. As informações falsas têm por objetivo estrangular a ritualidade adequada do processo e seus princípios fundamentais.

A inteligência artificial pode auxiliar e democratizar o acesso ao Direito, mas jamais substituir a tarefa de julgar. Julgar significa interpretar a lei à luz da Constituição, aplicar a norma ao caso concreto e buscar a solução justa com consciência crítica, compromisso com a verdade e, sobretudo, com humanidade. Essa é uma responsabilidade que nenhuma máquina pode assumir em nosso lugar.

Que a modernidade traga a inteligência artificial, sim. Mas acompanhada de informações exatas e verdadeiras sobre os fatos e o Direito. Somente dessa maneira será possível encontrar razão e equilíbrio na resposta jurisdicional justa e célere. Que venha para promover o bem comum.


Desembargador Peterson Barroso Simão

Presidente do TRE-RJ

fonte: TRE-RJ 

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

ESPETÁCULO "A MANHÃ SEGUINTE", COM CAROL CASTRO, SEGUE ATÉ DOMINGO 12/10/2025 NO TEATRO CLARA NUNES

 

A MANHÃ SEGUINTE
Uma comédia de Peter Quilter
Direção Thereza Falcão e Bel Kutner

Sucesso em mais de 10 países, pela primeira vez no Brasil, estreou dia 5 de setembro, no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro/RJ.

 

E se o amor começasse... depois do primeiro bom dia?

 

“A Manhã Seguinte” é uma comédia leve, inteligente e cheia de reviravoltas sobre encontros inesperados, famílias nada convencionais e o desafio de lidar com sentimentos quando ninguém diz exatamente o que está sentindo.
 

Com Carol Castro, Bruno Fagundes, Gustavo Mendes e Ângela Rebello, a história apresenta um quarteto irresistível: um rapaz tímido, uma jovem decidida, uma mãe sem papas na língua e um irmão com humor afiado e zero limites — juntos, eles transformam qualquer manhã em um verdadeiro espetáculo. “Dirigir A Manhã Seguinte é explorar com delicadeza e humor o desconforto do inesperado. A peça fala sobre encontros reais — e sobretudo o que não se diz”, explica a diretora Thereza Falcão.

 

Na trama, Kátia (Carol Castro) e Tomás (Bruno Fagundes) se conhecem por acaso e, na manhã seguinte, acordam no mesmo quarto... cercados de incertezas. A situação já seria embaraçosa o suficiente, mas tudo ganha novos contornos com a chegada inesperada da mãe de Kátia (Ângela Rebello), que não mede palavras, cheia de opiniões e sem qualquer filtro. E, para completar, Márcio (Gustavo Mendes), o irmão de Kátia, aparece com seu jeito inesperado, especialista em roubar a cena e bagunçar ainda mais o que já estava fora do controle. “O mais bonito dessa comédia é que ela nos faz rir daquilo que somos: vulneráveis, contraditórios e humanos. É um teatro de afeto, leveza e verdade”, comenta a diretora, Bel Kutner, Uma história sobre afetos, tropeços e a beleza do improviso. Porque, às vezes, a vida só começa mesmo... na manhã seguinte.

 

 

A MANHÃ SEGUINTE

Teatro Clara Nunes

Rua Marquês de São Vicente, 52 - Gávea, Rio de Janeiro – Telefone: (21) 2274-9696 

Temporada: até 12/10/2025 - Sexta às 20:00h, Sábado às 20:00h, Domingo às 19:00h

Classificação Indicativa: 14 anos

Ficha técnica:

Texto: Peter Quilter
Adaptação do texto: Thereza Falcão
Direção: Thereza Falcão e Bel Kutner
Elenco:
Carol Castro
Bruno Fagundes
Gustavo Mendes
Ângela Rebello
Tradução: Marta Metzler
Adaptação: Thereza Falcão

Cenário: Nello Marrese
Figurino: Mauro Leite
Iluminação: Paulo Denizot e Kelson Santos
Trilha sonora: Marcelo Alonso Neves
Preparação corporal: Ruben Gabira
Preparação vocal: Jorge Maya
Produção de elenco: Felipe Ventura
Assessoria de Imprensa: Carlos Pinho
Apoios: Marcela Rosário
Produção Executiva: Álvaro Antônio
Direção de Produção: Filomena Mancuzo
Idealização e produção geral: Sérgio Lopes
Produção Geral, Marketing e Comercial: Mauricio Tavares

fonte:  Carol Castro 

domingo, 5 de outubro de 2025

"ZATANNA: QUEBRANDO TUDO" - HQ VENCEDORA DO PRÊMIO EISNER CHEGARÁ ÀS LOJAS NA SEGUNDA QUINZENA DE OUTUBRO/2025

 

Depois que um erro fatal na infância a deixou sem habilidades mágicas, mas aterrorizada com a perspectiva de seu retorno, Zatanna encontrou um lar em Las Vegas, praticando truques de cartas baratos no pior cassino clandestino. Ela pode pensar que abandonou a magia, mas a magia não a abandonou. E quando um demônio malévolo irrompe em seu palco no meio de um ato, lançando seu mundo no caos com a promessa de mais um inferno vindouro, ela terá que cavar fundo nas memórias fragmentadas de seu passado se quiser invocar o poder para sobreviver. 

 

Autores: Javier Rodríguez, Mariko Tamaki
Lançamento: Outubro/2025
Número de páginas: 176
Encadernação: Capa Cartão

Coleção: ZATANNA: QUEBRANDO TUDO
Classificação etária: 16 anos
Tipo de publicação: Livros e Edições Especiais  

Fonte: Panini

HQ "SUPERMAN LAÇOS" SERÁ LANÇADA NA SEGUNDA QUINZENA DE OUTUBRO/2025

Desolado com a destruição de Nova Krypton, o Superman continua sua jornada a pé pelas estradas dos Estados Unidos em busca do significado mais profundo por trás de seu lema sobre verdade e justiça. Enquanto continua ajudando o cidadão comum, o Superman inevitavelmente chega à conclusão de que nem todas as questões podem ser facilmente definidas como inerentemente certas ou erradas. Determinar de que lado da disputa ele está nunca foi sua batalha… até agora. Com um peso quase insuportável até para o Último Filho de Krypton, como o Homem do Amanhã começa a reparar a ruína no presente?
 
Autores: Chris Roberson, Eddy Barrows, G. Willow Wilson, J. Michael Straczynski, Leandro Oliveira
Lançamento: Outubro/2025
Número de páginas: 304
Encadernação: Capa dura
Coleção: SUPERMAN: SOLO (DC VINTAGE)
Classificação etária: 12 anos
Tipo de publicação: Livros e Edições Especiais     
 
Fonte: Panini