sábado, 12 de dezembro de 2009

SAIBA DE TUDO O QUE ACONTECEU NA SEGUNDA RIO GAME SHOW

No último fim de semana de novembro, o térreo do Centro de Convenções Sul América, no bairro Cidade Nova, Rio de Janeiro, recebeu a segunda edição da Rio Game Show. O evento, que contou com um público estimado em cerca de seis mil visitantes, proporcionou um verdadeiro passeio pela história dos videogames, para a alegria dos aficionados de todas as faixas etárias.

Telejogo, Odissey, Atari, Phantom System, Master System, Mega Drive, Genesis, Sega Saturn, Dreamcast e vários outros consoles de uso doméstico (alguns deles não muito conhecidos no mercado brasileiro), dividiram a curiosidade do público com a atual sétima geração de consoles (representada pelo XBox360 da Microsoft, pelo Playstation 3 da Sony e pelo Wii, da Nintendo) e com desktops de alto desempenho.

Nem mesmo o calor e o apagão de cerca de sete minutos foram suficientes para arrefecer o ânimo dos visitantes, no sábado 28/11. Até as crianças se divertiram! Os organizadores da Rio Game Show disponibilizaram máquinas de mini-basquete e pebolim, o que agradou não só a turminha miúda mas aos pais e responsáveis que as acompanharam.

Figurinhas fáceis e de presença obrigatória nesse tipo de evento, os “cosplay” (de “costume players”) - fãs que se vestem como suas personagens favoritas de mangás e desenhos animados -, chamaram a atenção pela criatividade e pela seriedade como interpretaram seus papéis. Posaram para as inúmeras lentes das câmaras fotográficas, filmadoras e celulares do público, esbanjando sempre muita simpatia. Um dos pontos altos do evento, sem dúvida!

Dentre as empresas que marcaram presença, a Nvidia, líder mundial em tecnologia de processadores gráficos para computação e dispositivos eletrônicos de consumo, disponibilizou oito poderosos computadores onde jogos, como o recém-lançado “Batman Arkham Asylum” (Eidos Interactive), podiam ser experienciados em 3D, com o uso de óculos especiais.

Outra grande empresa que marcou território por lá foi a japonesa Konami, a fim de divulgar seu também recém-lançado “Pro Evolution Soccer 2010” (o PES 2010). Oito telas de alta definição exibiram as partidas de um campeonato organizado para esse jogo com o console Playstation 3.

Além dos games citados, houve também grande expectativa pelos jogos “Need for Speed Shift” (Electronic Arts), Street Fighter IV (Capcom) e Tekken 6 (Namco), bem como pela já consagrada franquia “Guitar Hero” (Actvision). Muitos jogadores aguardaram pacientemente para jogá-los pela primeira vez.

Já a revista Level Up, uma das apoiadoras da segunda Rio Game Show, montou um palco e lançou o desafio num karaokê improvisado a quem se quisesse arriscar na versão mais recente da franquia “Rock Band”, alusiva a um certo quarteto de cabeludos de Liverpool.

Estandes com publicações afins, mangás, camisetas e botons não foram esquecidos pelos organizadores. Até uma enorme pista de automodelismo foi montada no espaço central do evento, para uma competição concorridíssima que atraiu dezenas de olhares interessados. A pista monopolizou a atenção dos visitantes. Mesmo aqueles que não participaram das disputas, ali pararam e divertiram-se assistindo às corridas.

A Rio Game Show veio para ficar. Houve um salto qualitativo em relação àquela realizada no ginásio do Canto do Rio, em Niterói, no ano passado. O que se viu nesta segunda edição foi um evento organizado, num espaço generoso e bem articulado. Sem atropelos. Sem exageros. Com cada coisa em seu devido lugar.

Esperamos que outras empresas e publicações segmentadas participem das próximas edições - o que ajudaria tanto a popularizar e introduzir definitivamente a Rio Game Show no calendário de eventos do Rio de Janeiro, assim como potencializar o mercado de games, que é um dos mais promissores no país.

Francisco Filardi

OS MUPPETS ARREBENTAM NA REDE COM RECRIAÇÃO DE UM ROCK DO QUEEN

Um clipe recentemente produzido e postado no YouTube traz os Muppets, famosos bonecos criados por Jim Henson, interpretando uma adaptação do clássico setentista Bohemian Rhapsody do Queen.
A regravação ultrapassou a marca de 10 milhões de acessos em pouco mais de duas semanas e tornou-se um dos maiores hits do fim de ano. Confira aqui o vídeo de Bohemian Muppets!


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

CONHEÇA O ATELIER CARIOCA

Se você está sem ideia de que presente irá escolher neste fim de ano, dê uma olhada no Atelier Carioca.
Organizado por Lena Santos, o blog disponibiliza acessórios de moda, bijouterias e peças para decoração. Cintos, cachecóis, colares, pulseiras, arranjos de mesa
, bandejas, decoração natalina e uma variedade de artigos bem trabalhados, coloridos e de muito bom gosto.
Na foto, a própria Lena Santos posa com uma de suas criações.

Vale dar uma conferida! Visite Atelier Carioca!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

ECONOMIZE TINTA EM SUA IMPRESSORA

Você conhece a Ecofont? Criada por uma empresa de origem holandesa, a Ecofont permite economizar cerca de 20% de tinta em impressoras. Apesar de não ser uma ideia original, pois se aproveita das chamadas fontes decorativas, a Ecofont é uma alternativa altamente viável nestes tempos de cuidados ambientais e pode ser instalada tanto no Windows quanto no Linux. Essa fonte opera bem nos tamanhos 9 ou 10, como um ponto intermediário às fontes Arial e Times New Roman, as mais utilizadas.
Para conhecer, baixar gratuitamente e instalar o recurso, visite o site em português: Ecofont.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

LEITURA RECOMENDADA

Lembrem-se: os melhores livros nem sempre (quase nunca) estão nas prateleiras dos best-sellers...

Intervalo recomenda:

- 1984 - George Orwell
- A revolução dos bichos - George Orwell
- O homem à procura de si mesmo - Rollo May
- O desaparecimento da infância - Neil Postman
- Experiências de quase morte e o dom da vida - Phillip L. Berman
- A zona morta - Stephen King
- Os sete minutos - Irving Wallace
- A sangue frio - Truman Capote

WINDOWS SEVEN STARTER EDITION APRESENTA PROBLEMA...

O Windows Seven chegará às lojas na próxima quinta-feira, 22/10. Mas quem está pensando em atualizar o sistema operacional deve avaliar com cautela as diferentes versões que serão disponibilizadas.
O colunista de O Globo, Abel Alves, especialista na área de informática, publicou na edição de ontem do Globo Digital um comentário sobre as versões Starter Edition, Home Basic, Home Premium, Professional e Ultimate.
No que se refere a Starter Edition, que virá instalada de fábrica em alguns modelos de desktops e notebooks, é bom ficar de olho. Abel afirma que essa versão virá com uma série de restrições, dentre elas a impossibilidade de usar a interface Aero (que permite ícones em 3D, transparência nas barras, janelas translúcidas) e até reproduzir filmes em DVD! Esta versão, Abel não a recomenda e sugere um upgrade para a versão Home Basic ou Premium.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

VOCÊ AINDA CLICA EM LINKS DE E-MAILS?

Você é daquele tipo que tem dedo nervoso? Daquele que mal recebe uma mensagem de e-mail e a repassa de imediato? Então temos más notícias...

Recentemente, os jornais de grande circulação voltaram ao tema do SPAM, as mensagens indesejáveis no correio eletrônico. Nos últimos meses, Barack Obama, vírus AH1N1 e Michael Jackson estiveram no topo da lista de preferências dos "spammers", oportunistas que se aproveitam da incontida curiosidade dos internautas para espalhar notícias falsas (algumas destas rolam há anos na rede) e instalar códigos maliciosos que exploram as vulnerabilidades da máquina para furtar informações sensíveis (dados de contas bancárias, senhas, documentos etc)
.

Se você recebeu algum e-mail de órgão público, jogue-o direto na lixeira. E de banco solicitando recadastramento de conta? Idem. Scrap de Orkut? Nem pensar!

O SPAM representa algo em torno dos 90% das mensagens de e-mail enviadas em todo o planeta e a irresponsabilidade dos receptores é uma das principais causas da multiplicação dessa praga que nada tem de "virtual". Por que "irresponsabilidade"? Porque na maioria dos casos os usuários colaboram com o spammer/invasor: repassam as mensagens sem confirmar a sua legitimidade. Isso ocorre muito com fofocas sobre celebridades, ofertas tentadoras de ganhos financeiros e páginas clonadas das grandes lojas de comércio eletrônico.

Se você deseja se proteger, a primeira regra é: não repasse e-mails, a menos que tenha confirmado o teor; segunda: mantenha o sistema operacional atualizado; terceira: mantenha o antivírus atualizado (caso o seu sistema operacional seja o Windows); quarta: instale um firewall, um antitrojan e outros mecanismos de identificação e proteção contra ataques; quinta: leia publicações segmentadas sobre informática.

Lembre-se: quanto mais informado, melhores as condições de proteção. Não dissemine mensagens de SPAM.


Francisco Filardi

OBRIGATORIEDADE DO VOTO SERÁ TEMA DE DEBATE EM BRASÍLIA

A obrigatoriedade do voto e seu impacto na democracia brasileira serão discutidos no debate Democracia: voto obrigatório ou voto facultativo?, promovido pela Escola Judiciária Eleitoral e pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU). O evento ocorrerá no próximo dia 26/10, das 9h às 12:30h, no auditório da ESMPU, em Brasília (L2 Sul, quadra 603/604, 1° subsolo).
Para participar gratuitamente, os interessados deverão se inscrever pela internet até o dia 22/10, no link Inscrições no site ESMPU. No dia do evento, só serão aceitas inscrições no local se houver vagas disponíveis. São 110 vagas abertas ao público. Haverá sorteio eletrônico na hipótese de o número de interessados superar o número de vagas. Os participantes receberão certificado. Informações: cau@esmpu.gov.br

domingo, 11 de outubro de 2009

WINDOWS X LINUX: O JOGO ESTÁ VIRANDO...

Em maio deste ano, a Fundação Getúlio Vargas de São Paulo divulgou os resultados de sua pesquisa anual sobre mercado brasileiro de informática e uso nas empresas.

Segundo o apurado, há 56 milhões de computadores em uso no Brasil, considerando os ambientes doméstico e corporativo. A Microsoft domina as estações de trabalho nas empresas, com o sistema operacional Windows, o navegador Internet Explorer e a suíte de escritório Office, com 92% de alcance. Já o Linux atinge a marca de 19% de participação nos servidores corporativos.


O que há de relevante nesses percentuais?


Antes de responder a questão, destacarei algumas vantagens e desvantagens no uso desses sistemas operacionais e também as razões que levam os usuários a preferir um ao outro. Os dados abaixo foram colhidos em uma breve pesquisa junto aos meus correspondentes e também a partir de minha experiência com esses sistemas.


POR QUE AS PESSOAS USAM WINDOWS?


- vem instalado na esmagadora maioria dos computadores domésticos (desktops) e computadores portáteis (notebooks);

- interface amigável e facilidade de configuração;

- ampla compatibilidade com periféricos.


DESVANTAGENS DO WINDOWS


    - instabilidade (conflitos de software, funcionamento errático, "bugs" - travamentos, "tela azul da morte");

    - preço elevado do sistema operacional leva usuários a optar pela cópia contrafeita (não autorizada), sem garantia para o produto e para a segurança de dados pessoais;

    - a suíte de aplicativos de escritório (Microsoft Office) é comercializada separadamente do sistema operacional, também a preço elevado;

    - além de inacabado, com falhas críticas de segurança que o deixam exposto aos chamados "malwares" (vírus, cavalos de tróia, worms, bots e outras pragas), o Windows é uma plataforma “paquidérmica”, que exige demais do hardware a cada versão.


POR QUE AS PESSOAS NÃO USAM LINUX?


- desconhecimento do sistema operacional;

- ostensiva campanha de marketing favorável ao Windows;

- restrito número de publicações segmentadas sobre o Linux;

    - o usuário teve contato com alguma distribuição Linux, mas não se interessou no uso por considerá-la “difícil”;

    - o usuário teve contato com uma distribuição Linux não recomendada para iniciantes (a exemplo do Slackware).


VANTAGENS DO LINUX


- sistema operacional completo, com suíte de aplicativos de escritório e vasto repositório de programas integrado ao sistema operacional, totalmente gratuito, livremente distribuído e operacionalizável em qualquer idioma;

- interface gráfica amigável e próxima do Windows, o que, em tese, facilita a migração;

    - roda em qualquer computador, inclusive em máquinas antigas;

    - a maioria dos aplicativos e programas que rodam no Windows encontra correspondentes no Linux;

    - estabilidade, praticidade e funcionalidade;

- sistema livre da “neurose” provocada pelo combate às pragas virtuais;

- ampla documentação e mecanismos de orientação aos usuários oferecidos pelas comunidades desenvolvedoras, como fóruns, e-mails, canais de chat etc.


DESVANTAGENS DO LINUX


    - incompatibilidade com determinados periféricos (impressoras, scanners, leitores de códigos de barra etc);

    - algumas instruções são feitas por comandos no terminal (como no DOS);

- os fabricantes de periféricos compatíveis com Linux não fazem referência ao sistema operacional em seus manuais de produto, como a HP, por exemplo.


ALGUMAS CONSIDERAÇÕES


É claro que existem outros prós e contras de ambos, mas o objetivo aqui não é determinar qual o melhor sistema operacional. O melhor sistema é aquele em que o usuário se sente confortável em usá-lo. Não existe “o melhor” nem “o pior”, nem “o mais fácil” nem “o mais difícil”. Mas as máximas "o barato sai caro" e "o caro é sempre melhor" não se aplicam à oposição Linux X Windows.


É preciso muito cuidado quando ouvimos falar em Linux, porque esta é, grosso modo, uma “designação genérica”. Sem adentrar pela explicação técnica, há mais de cem distribuições Linux, sejam estas primitivas ou derivadas, desenvolvidas em todo o mundo – só no Brasil há cerca de vinte, cada qual com características e particularidades próprias. Alguns dos leitores já ouviram falar em Red Hat, Slackware, Fedora, Open Suse e sabem se tratar das mais tradicionais e longevas distribuições Linux. Mas há que se dizer que algumas destas não são recomendadas para iniciantes enquanto outras facilitam muito a migração (desde que o leitor se predisponha a “mergulhar” no aprendizado do sistema).


Se os leitores ficaram desanimados em saber que terão de recomeçar praticamente do zero, faço-lhes outra pergunta: o quê havia antes do Windows? DOS (Disk Operating System). Lembram? E antes dos DOS? Basic, Cobol, Fortran. Lembram? E antes disso? Não lembram? Para os usuários domésticos, o limbo. Ou seja, antes da revolução proporcionada pelo sistema operacional da Microsoft (o Windows 3.1 no caso), os usuários tiveram que se adaptar a uma nova realidade, ou seja, tiveram que aprender a operar o sistema. Logo, julgar que o Windows “é mais fácil” se trata de uma ótica limitada e distorcida.

Então, por que não se permitir aprender a trabalhar com um sistema que lhe pode oferecer praticamente tudo, sem custo, com segurança, estabilidade e confiabilidade?


Vamos agora voltar à questão inicial: o que há de relevante nos percentuais apresentados na pesquisa da FGV-SP?


A esmagadora participação do Windows nas estações de trabalho encontra explicação no tom agressivo e quase monopólico das relações comerciais da Microsoft. Conforme citado, a maioria dos computadores e notebooks saem de fábrica com o Windows instalado. Isto quer dizer que resistir a esse estado de coisas deve partir da vontade do usuário e não da do mercado. O cerne da questão é que o mercado atua diretamente sobre a enorme dificuldade dos usuários em abandonar sua “zona de conforto”, o que os faz seguir a cartilha religiosamente, tornando-os “reféns”. Um exemplo é que a Microsoft, entre outras decisões, obriga o proprietário, seja do sistema operacional seja da suíte de aplicativos de escritório, a contatar a empresa para "ativá-los". E os usuários desses softwares consideram a prática “natural”. Mas a lógica de uma prática “natural” não seria considerar que o proprietário é aquele que detém 100% de decisão sobre o bem apropriado?


Já os 19% de participação do Linux nos servidores merecem destaque por uma razão específica: servidores são os principais alvos dos “crackers”, os invasores de sistemas. Pode não parecer, mas esses 19% são extremamente significativos, porque indicam uma curva ascendente em relação às pesquisas anteriores.

Governos estaduais, como o do Rio Grande do Sul, e órgãos públicos a exemplo do TSE (com as urnas eletrônicas utilizadas nas Eleições 2008) passaram a utilizar o Linux por sua segurança e também pela vantajosa relação custo X benefício (visitem o Portal Software Livre e leiam sobre as políticas de incentivo do governo federal ao uso do software livre).


Se por um lado o Windows é prático e bonito, por outro o Linux é estável e seguro (e não menos bonito). O maior desafio, independente da decisão de manter ou migrar de sistema operacional, será o usuário se conscientizar de que não basta a ele ser usuário. Ele deverá manter-se “íntimo” da máquina de tal modo que compreenda o seu funcionamento como um todo. Trata-se de um princípio elementar: quanto maior o conhecimento agregado, melhor o domínio sobre as contingências.


A MINHA EXPERIÊNCIA


Na edição de abril deste ano da Revista INFO Exame, li o texto “Virei fã do Ubuntu” de John Dvorak, no qual o articulista elogia o sistema. Como já há algum tempo buscava uma alternativa viável de sistema operacional, adquiri “O livro oficial do Ubuntu”, baixei cópia do sistema na internet e “caí dentro”. Desde que comecei a “xeretá-lo”, em maio, tornei-me não só um entusiasta, mas fã do sistema. Minha adaptação até foi rápida. Em três meses já o estava utilizando com certa desenvoltura. É claro que o começo não foi fácil. Não foi só questão de me adaptar a um novo sistema, mas a toda uma terminologia e também às particularidades do seu funcionamento. E como todo processo de aprendizagem requer continuidade, venho pesquisando, buscando e apanhando. Mas aprendendo. E tão importante quanto, encontrei um caminho: Windows nunca mais.

Francisco Filardi

terça-feira, 6 de outubro de 2009

TÍTULO DE ELEITOR PODE SER REQUERIDO PELA INTERNET

O título de eleitor pode ser requerido pelo site do TRE-RJ, mas o procedimento não dispensa o comparecimento do requerente ao cartório eleitoral. Basta acessar o site e procurar por "Título.Net". Após o preenchimento dos campos requeridos, o eleitor deverá procurar o cartório eleitoral indicado, no prazo de cinco dias corridos (a contar da data do requerimento), munido de original e cópia de um documento de identidade válido (ou da certidão de nascimento ou casamento), original e cópia do comprovante de residência recente e do original do CPF. Eleitores do sexo masculino com mais de 18 anos (ou que efetuarem o requerimento a partir de 30 de junho do ano em que completam 18 anos) precisam comprovar também a quitação com o serviço militar, apresentando original e cópia do certificado de alistamento militar (ou outro documento que comprove o cumprimento dessa obrigação).

CNH VOLTA A SER ACEITA PELO TRE

A Corregedoria Geral Eleitoral voltou atrás e a Carteira Nacional de Habilitação voltou a ser aceita pelos cartórios eleitorais para as operações de revisão, transferência e segunda via de títulos. A restrição à CNH permanece apenas para a inscrição eleitoral (primeira via do documento). Já o modelo antigo do passaporte (no qual consta a filiação) continua sendo válido para todas os requerimentos de título eleitoral.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O PERIGO IMINENTE


Fato: Em maio de 2009 começam rumores sobre a “nuvem cibernética”, um tipo de “backup” em que o arquivamento de dados não se dá no computador pessoal do usuário, mas em um servidor específico que permite o acesso a esses dados de qualquer computador conectado à internet; 

Fato: Entre maio e julho de 2009 a Microsoft rastreou na internet computadores de uso pessoal com Windows XP e instalou, sem o consentimento dos usuários, um microprograma chamado WGA que, logo na inicialização da máquina, solicitava a legalização do Windows por meio de um link inserido no programa, caso a cópia do Sistema Operacional fosse a não autorizada;

Fato: Em junho de 2009 a Microsoft anunciou, sob o título provisório de “Project Natal”, uma nova forma de interação do usuário com o console de videogame fabricado pela empresa, o Xbox360. O “Project Natal” é um aparelho que, conectado ao console, escaneia o espaço físico e permite ao sistema a identificação do perfil biométrico do jogador;

Fato: Em julho de 2009 a Amazon.com apagou arbitrariamente dos aparelhos “Kindle” (“e-books” ou livros eletrônicos fabricados pela própria Amazon), já adquiridos por usuários, os livros “1984” e “A revolução dos bichos”, ambos de George Orwell. Embora Jeff Bezos, CEO (Chief Executive Officer) da Amazon.com, tenha-se desculpado publicamente, a atitude causou um tremendo arranhão à imagem da empresa;

Fato: Nas eleições de 2008, os municípios de Fátima do Sul/MS, Colorado do Oeste/RO e São João Batista/SC foram pioneiros no uso de urnas com identificação biométrica do eleitorado. A previsão é de que em, no máximo dez anos, todos os municípios brasileiros utilizem essa tecnologia.

O que esses fatos têm em comum? 


 
Eric Arthur Blair escreveu, em 1948, um de seus livros mais instigantes. Neste, criou uma sociedade totalmente controlada pelo Estado, onde o direito à privacidade era aniquilado por um regime ditatorial. Todos os cidadãos eram permanentemente vigiados num espaço onde a mente livre era considerada crime. A opressão absoluta era a cruel expressão do poder pelo poder. E a esse mecanismo de patrulhamento ideológico deu-se o nome de “Grande Irmão” (Big Brother). 


 
George Orwell não era tão somente um opositor ferrenho dos regimes totalitários. Era um visionário. “1984” foi publicado há exatos 60 anos (1949) e projetava uma sociedade caótica dominada pela cultura do medo e da desconfiança. O mesmo medo e desconfiança com que devemos analisar o conjunto de fatos acima descritos. 


 
Que leitura podemos fazer acerca desses “sinais”?

E ela [a besta] põe a todas as pessoas sob compulsão, pequenos e grandes, e ricos e pobres, e livres e escravos, para que dêem a estes uma marca na sua mão direita ou na sua testa, e para que ninguém possa comprar ou vender exceto aquele que tiver a marca, o nome da fera ou o número do seu nome. Aqui está a sabedoria: Quem tiver inteligência calcule o número da fera, pois é número de homem; e o seu número é seiscentos e sessenta e seis”.

Esta passagem, transcrita do Livro das Revelações, ou o Apocalipse de João, último livro do Novo Testamento, descreve uma nova ordem mundial cujo cenário encontra paralelo na sociedade hodierna. 


 
Nestes tempos em que se populariza a miniaturização eletrônica (chips) e proliferam-se os fanáticos ortodoxos (fatalistas), difícil é identificar quem ou o quê é a “besta” bíblica. Mas é fato que as escolhas políticas e econômicas da humanidade nas últimas décadas indicam uma tendência ao totalitarismo descrito por Orwell. Se você, leitor, acha exagero, responda o seguinte:

  • Que razão nos leva a confiar dados pessoais e documentos à “nuvem cibernética”, se podemos mantê-los em nossos computadores pessoais (os terabytes de capacidade nos atuais Hds não nos serão suficientes)?

  • Por que empresas como Microsoft, Google, IBM, Amazon, Apple e HP, entre outras, montam extensos bancos de dados de usuários, incluindo sites que visitam frequentemente e seus hábitos de consumo? Que outras informações essas empresas coletam?

  • Qual o verdadeiro intuito por trás da radical decisão da Amazon.com? E por que a decisão envolveu justamente as duas obras mais polêmicas de Orwell?

  • O que rola nos bastidores do “Project Natal” da Microsoft? De que maneira a empresa utiliza os perfis biométricos dos usuários? Será tão somente para um “videogame”? Ou essas informações são negociadas para finalidade diversa?

  • A identificação biométrica está aí para garantir a segurança de quem? Nossa ou do “sistema”? O que há por trás dessa suposta “segurança”? A criação de um “Grande Irmão”, à semelhança de Orwell? Por que o “sistema” deseja nos “conhecer”?

  • Ao navegar na internet, você pode garantir que seus dados pessoais sensíveis estão 100% seguros? Por que são desenvolvidos tantos “malwares” (vírus, cavalos-de-tróia, bots, spywares, worms etc)? Apenas para danificar computadores? Apenas para furtar senhas e números de cartões? Apenas para furtar identidades? Ou para saber detalhadamente quem você é?

  • O que as empresas sabem a seu respeito? Você está ciente de que seu nome, endereço, e-mail e telefones já circulam livremente na grande rede? 



     
  • Para que você acha que serve o Orkut (e similares)? Apenas para localizar e “brincar” com seus amiguinhos?


     
Pois bem. Há pessoas que afirmam não fazer compras pela internet porque têm medo de disponibilizar o número de seus cartões de crédito na rede. Trata-se de uma grande tolice, porque todos os anos essas mesmas pessoas fornecem, por meio digital, dados pessoais ainda mais significativos que meros números de cartões de crédito: suas declarações de imposto de renda. E ainda que esses dados sejam encaminhados à Receita pelos bancos federais, de que maneira os receptores manipulam esses dados? Para quem os repassam? 


 
Como podem perceber, a questão é complexa. O fato é que “nuvem cibernética”, “Project Natal”, coleta de informações pessoais, identificação biométrica, invasão de privacidade e de propriedade, todos esses elementos são expressões manifestas do “Big Brother” de Orwell na sociedade atual. 


 
Com a evolução da tecnologia, num futuro próximo não haverá lugar no planeta onde possamos nos esconder. Se você acha que isso é coisa de ficção científica, lembre-se de que há 60 anos os textos de George Orwell eram considerados ficção. Uma ficção que a tecnologia transformou em realidade.

Francisco Filardi

sábado, 19 de setembro de 2009

IBM VENDE MICROS RECONDICIONADOS

Se você não tem grana para comprar um micro novo, vale dar uma espiada no site da IBM, que oferece desktops ThinkCentre com diversas configurações e monitores a preços acessíveis com garantia de 90 dias. Todas as informações estão disponíveis no site IBM SALDÃO.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

RECEITA FEDERAL PERMITE REGULARIZAÇÃO DE PENDÊNCIAS DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA PELA INTERNET

Se você caiu na malha fina, talvez não seja necessário esperar de dois a três anos pela carta da Receita para a regularização de pendências na declaração do seu imposto de renda. Esse tormento pode ser abreviado com a criação de um serviço que possibilita a regularização de pendências pelo próprio contribuinte na declaração de pessoas físicas.
O novo extrato da declaração, verificável por código de acesso ou certificação digital, detalha as pendências e dá as dicas do necessário para regularizá-las. O serviço permite também acompanhar o pagamento do imposto devido (para aqueles que têm imposto a pagar), alterar o número de cotas, identificar problemas no depósito da restituição e outras situações.
A ferramenta está disponível em Receita Federal. No lado direito da tela, há um menu. Procure por "Extrato da DIRPF" e siga as instruções para a obtenção do código de acesso e demais procedimentos.

sábado, 12 de setembro de 2009

BIENAL DO LIVRO... SEM SURPRESAS

A XIV Bienal Internacional do Livro começou na última quinta-feira, dia 10/09, sem novidades em sua estrutura. Os estandes, de modo geral, estão simples, sem o requinte de outras edições.

Notamos também a ausência de algumas editoras, como a Irmãos Vitalle, especializada em livros musicais, da Fábrica de Livros do SENAI Artes Gráficas-RJ, com seu trabalho de impressão por demanda, e também da Conrad, tradicional no segmento de quadrinhos.

De modo geral, os preços dos livros para adultos não compensam o passeio, pois seguem o tabelamento. Há um desconto no valor do ingresso (R$12,00 a inteira ou R$6,00 a meia) ou do estacionamento (R$12,00), para compras acima de R$50,00 no mesmo estande, desde que este seja participante da promoção.

Já para a turminha miúda, várias editoras oferecem livrinhos abaixo de R$10,00. A Editora Globo, que nesta edição do evento divulga o trabalho do cartunista Ziraldo, lança 22 livros infantis. Para quem gosta de Monteiro Lobato, a editora oferece “Caçadas de Pedrinho” a apenas R$4,50.

E por falar em novidades, a FTD enriquece a Bienal com uma série de livros voltada ao público infanto-juvenil e autores do calibre de Sylvia Orthof com "A Rainha Rabiscada”, Walcyr Carrasco com sua adaptação para o clássico “A Megera Domada”, de William Sheakspeare, e também a fantástica Ana Maria Machado com a edição renovada de “Palavras, Palavrinhas & Palavrões”.

Já a Comix aposta nas edições antigas de suas revistas em quadrinhos, para zerar o estoque (encalhe) e agradar os colecionadores.

A Bienal do Livro segue até o próximo dia 20/09. Informações sobre o evento estão disponíveis no site BIENAL DO LIVRO.

Francisco Filardi

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

PROFESSORES E PECADOS


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Ao longo de minha vida acadêmica, tive vários professores: os bons, os muito bons, os excelentes, os hilários, os extraordinários, e também os ordinários, os intratáveis, os cretinos, os antipáticos, os ruins, os péssimos e os sem cotação (a lista de predicados é longa, mas estes me bastam). Mas sem cotação mesmo é a declaração de quem, logo no primeiro dia de aulas, dispara: - "Não dou dez para ninguém!".

Essa forma de “apego”, como se a nota máxima fosse de propriedade privada, assemelha-se à malcriação de moleque birrento, mimado, egoísta. É provável que o professor “apegado”, orgulhoso e cheio de si, tenha sido um aluno medíocre na carreira – o qual, jamais tendo conquistado um dez e valendo-se da sua condição “superior”, acha-se no direito de "descontar" a sua inaptidão no corpo discente, atitude essa rasteira e igualmente medíocre; é provável que esse professor desconheça a soberba como um dos pecados originais e também que o distanciamento entre professor e alunos não traz benefício a qualquer das partes – ao contrário, desperta sentimentos nocivos nestes como o ódio (outro pecado) e o desinteresse; é provável também que esse professor esteja no lugar errado, vários são ocupantes de cargos em privilegiados escalões da esfera pública - o que reduziria o exercício do magistério a mera "complementação de renda". Há também os casos extremos de professores que não se encontram no pleno gozo (com o perdão do trocadilho) de suas faculdades sexuais (a coisa sobe para a cabeça), assim como há os de má índole, os sádicos por natureza e os em estado permanente de TPM; ou seja, os enfermos crônicos.

A nota, elemento de mensuração nas avaliações escolares e acadêmicas, deve corresponder ao princípio da meritocracia. Se o aluno demonstra (ou não) disciplina, aplicação, vontade e curiosidade pelo saber, nada mais justo que nota compatível com seu esforço (ou falta de) lhe seja atribuída. Competência e capacidade não são (não deveriam ser) ofensivas. E boa nota não é favor. É decorrência natural de trabalho e aprendizado.

O dez, em especial, deve valer a glória de ambos, professor e aluno, pelo atingimento de metas, pela comunhão de interesses, pela superação das adversidades, pela satisfação do dever cumprido. E não um mero instrumento de sentimentos indomados (como a vaidade e o orgulho) de profissionais que não sabem ou não conseguem superar seus traumas ou conviver com as próprias limitações.

Francisco Filardi

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

DETRAN ALTERA CARTILHA

O recado é importante para os motoristas que pretendem renovar suas carteiras de habilitação. O Detran alterou o conteúdo de sua Cartilha para Renovação da CNH, incluindo noções de conhecimento sobre o funcionamento do veículo.
As novas orientações, lançadas em julho/2009, podem ser baixadas gratuitamente da página do DETRAN
.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

TREs NÃO ACEITAM CNH E PASSAPORTE

Conforme decisão proferida pelo Ministro Felix Fischer, Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral, nos autos do Processo n° 10.697/2009, a partir do último mês de agosto os TREs deixaram de aceitar a Carteira Nacional de Habilitação (por não conter informação sobre a nacionalidade) e também o Passaporte (porque no novo modelo não constam os dados da filiação), como comprovação de identidade para requerimentos de título de eleitor (operações de alistamento, revisão, transferência ou 2a. via).
Para requerer o título, consulte a documentação necessária junto ao Cartório Eleitoral mais próximo de sua residência.

sábado, 29 de agosto de 2009

TRATAMENTO NATURAL NO COMBATE À RINITE E À SINUSITE


A rinite é uma patologia aguda ou crônica que se caracteriza pela inflamação da mucosa nasal. Atinge milhares de pessoas no mundo todo e incluo-me nessa estatística.

Há anos sofro com eventuais crises e os inconvenientes dessa doença que se converte em sinusite sem esforço. Sempre fui avesso a remédios, apesar do enorme desconforto do congestionamento nasal. Resistia, na medida do possível, ao uso de medicamentos indicados no trato da rinite ou sinusite, fossem estes antibióticos, anti-inflamatórios ou mesmo os descongestionantes nasais. Mas não me havia jeito. As dores nos seios nasais e paranasais, na nuca e na cabeça não me permitiam fugir desse “bombardeio” ao organismo.

Há pouco mais de um ano, porém, o quadro "Pergunte ao Dr. Oz", exibido no programa televisivo de Oprah Winfrey, esclareceu as dúvidas dos espectadores relacionadas ao tema rinite e apresentou uma forma auxiliar de prevenção e combate à doença que me interessou de imediato. O Dr. Oz perguntou à plateia quem sofria de rinite, ao que quase todos corresponderam estendendo um dos braços. Em seguida, convidou uma dessas pessoas a ir ao palco para ajudá-lo a demonstrar a maneira correta de utilizar o lota (pronuncia-se "lôta").

Lota é um recipiente em cerâmica esmaltada e refratária, com aparência de uma pequena chaleira, utilizado para a higienização das narinas. Para usá-lo, basta amornar água com um pouco de sal de cozinha e encher o recipiente com a mistura. A água morna funciona como agente vasodilatador enquanto o sal, dissociado em cloro e sódio, tem função bactericida e antisséptica. Após isso, o usuário deverá curvar o tórax para a frente e introduzir o bico do lota em uma de suas narinas. Em seguida, já respirando pela boca, basta inclinar levemente a cabeça para que a água salgada saia pela outra narina. Finalmente, é só assoar o nariz e repetir a operação iniciando com a outra narina.

O que me chamou a atenção nesse método foi o fato de ser totalmente natural, sem qualquer contraindicação e recomendado para pessoas acima dos oito anos de idade. Já conversei com alguns otorrinolaringologistas sobre o lota, que afirmaram não ter conhecimento sobre o assunto. Se os especialistas desconhecem o método, o melhor que posso fazer é afirmar, pela minha experiência pessoal que o alívio na utilização do lota é, de fato, imediato. Desde que passei a usá-lo, há pouco mais de um ano, não mais fiz uso de descongestionantes nasais. E julgo importante divulgar isso. É claro que em eventuais crises, recorro ao Claritin ou outro medicamento prescrito. Mas, felizmente, recorrer a remédios tornou-se exceção. Houve uma época em que nos meses de abril e maio eu convivia não só com a rinite e a sinusite, também com a amigdalite.

Ainda em relação ao uso do lota, recomenda-se ainda acrescentar, nos casos de rinite, duas gotas de limão, e, nos de sinusite, duas gotas de extrato de própolis. Desaconselho o própolis, devido a ardência intensa. Quanto ao uso do limão, não posso opinar. É claro que mesmo no caso de utilizar apenas água morna e sal, dependendo do grau de inflamação da mucosa haverá ardência local. Para contornar isso, basta revezar o lota de uma a outra narina e assoar o nariz em cada revezamento. Aos poucos, a ardência cederá.

No RJ, o lota pode ser encontrado na Alergo House, no Leblon (onde o adquiri), que o vende também pela internet.

Para informações detalhadas sobre a origem, os benefícios e a utilização do produto, visite a página oficial Lota.com e assista ao vídeo demonstrativo.

sábado, 8 de agosto de 2009

A VITÓRIA DE JAMES HOOK E A ESTRADA PARA O FUTURO


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A morte do cantor americano Michael Jackson nos leva a algumas linhas de reflexão sobre a relação entre pais e filhos, os fatores que influem na infância do indivíduo e seus desdobramentos na vida adulta.

Nenhum fã do cantor desconhece o fato de que desde cedo Michael e seus irmãos foram obrigados a trabalhar duro para manter fama e fortuna. Prisioneiros do próprio talento e da ambição dos pais, não tiveram infância nem adolescência. O pai, Joseph Jackson, músico e empresário, conduziu a incipiente carreira do clã sob rédea curta. Já Katherine, a mãe subserviente, jamais interveio nos assuntos da carreira ou nas surras que o marido impunha aos filhos. Quanto a esta, a motivação religiosa - talvez a ignorância – imobilizava-a, mas é provável que também ela vislumbrasse nos filhos a “mina de ouro” capaz de livrar a família das limitadas condições de vida em Gary, sua cidade natal. 
 
Externamente, seria ignorância particularizar erros e responsabilidades, porque Michael e seus irmãos foram vítimas do meio em que nasceram. O ponto crucial é que seus pais talvez desconhecessem ou desconsiderassem os efeitos que a conduta autoritária parental exerceria sobre os filhos a longo prazo. No caso específico de Michael, o medo, a ansiedade e a desconfiança, sentimentos que permearam sua trajetória pessoal e profissional, tornaram-no um adulto débil, infantilizado. Sua personalidade foi moldada pelas referências familiais e não-familiais, nas quais prevaleceu sempre o fantasma da interferência paterna.

Nossos filhos não são marionetes. Não temos o direito de mover as cordas consoante nossa vontade e dar-lhes a direção que gostaríamos de ter seguido e por esta ou aquela razão não o fizemos. Não devemos transferir para eles a responsabilidade pelos nossos fracassos ou de realizar os sonhos que não alcançamos. Devemos respeitá-los não apenas por serem nossos filhos mas por serem humanos. Únicos. E assim diferentes de nós. São pessoas com aspirações, interesses, expectativas, experiências relacionais, ambientação informacional, enfim, realidades muito distintas das vivenciadas por nós, seus pais e avôs. Também não lhes devemos impor nossas crenças; crença não é imposição: é descoberta. É o toque de Deus no coração humano. E as maneiras que Ele encontra bem como o momento para fazê-lo nos levam a outra discussão que não cabe aqui.

Qualquer que seja a natureza da relação, devemos dispor de liberdade para compreender e aceitar as diferenças individuais. Porque liberdade, assim como o respeito, é via de mão dupla. É disposição para ouvir e retribuir; compartilhar e interagir para evoluir. Se não ouvirmos nossos filhos, se não dialogarmos com eles, se não procurarmos compreendê-los e ajudá-los, se não os conquistarmos de modo a confiarem em nós como seus amigos verdadeiros e se não admitirmos que poderemos aprender com eles, estaremos impedindo que desenvolvam suas potencialidades. E uma criança tolhida em seu desenvolvimento se torna refém dos próprios medos. E serão esses os fantasmas que a assombrarão até retornarem para cobrar a conta. Alguns desses “fantasmas” são perceptíveis ainda na infância. Crianças retraídas, que demonstram desconforto na presença de adultos e dificuldades de relacionamento podem ser vítimas de pais opressores. Um exemplo sintomático observável é quando a criança olha para os pais antes de responder a qualquer pergunta feita por outro adulto, como se à espera de aprovação ou censura.

Tal assédio psicológico e moral não permite aos nossos filhos o autoconhecimento e a realização. Deixá-los à mercê da “experimentação” saudável, ainda que o resultado da experiência não lhes seja favorável, é permitir-lhes caminhar com os próprios pés. De outra forma, uma criança ou um jovem oprimido é como uma panela de pressão: ou o gás vaza ou explode a panela. Ou o filho se rebela, ou se trancafia em si mesmo (quando é vitimado pela dependência mórbida dos pais). Estes são indivíduos que, ao atingirem a idade adulta, demonstram dificuldades de desprendimento para uma vida independente e evidenciam doenças emocionais (ou somáticas) perturbadoras. 
 
Se a vida é um mar revolto, nossos filhos são embarcações frágeis; nossa missão, como pais, é revestir essas embarcações com material impermeável e ajudá-los a segurar o timão para que façam a travessia com segurança. E que material seria esse? Disciplina. Não a disciplina autoritária, dogmática, inflexível, mas o estabelecimento de limites baseados em valores morais. Devemos transmitir aos nossos filhos uma visão lúcida e honesta do que é a vida, sem excessos ou mentiras; ensiná-los que o mundo não funciona da maneira que desejamos, que há um ordenamento lógico nos acontecimentos e um mistério no inevitável. Devemos ensiná-los a ter consciência do que são, para que vivam o presente. E devemos, sobretudo, solidificar-lhes o espírito para as frustrações. Este será nosso maior desafio, porque antes de prepará-los precisaremos nos despir de nossas paixões e convicções, sejam estas sociais, morais, históricas, religiosas, culturais, filosóficas. Só assim conseguiremos estabelecer um diálogo verdadeiramente saudável com nossos filhos.

Enganam-se aqueles que pensam que a relação entre Michael Jackson e seus pais está distante da nossa realidade. A ausência de diálogo entre pais e filhos ocorre em qualquer bairro, cidade, estado ou país, em todo o planeta. E isto nos remete a duas questões: será que nós, pais, dispomos de base moral, equilíbrio emocional, estrutura psicológica, bagagem cultural e vivência para amparar nossos filhos nos momentos em que a turbulência do mar os faz perder o timão? Como poderemos auxiliar nossos filhos a planejarem a rota de suas vidas se não conseguimos planejar a nossa? Estaremos preparados?
 
Muitos pais reproduzem de modo automático os erros da própria criação e caem inocentemente na armadilha de se julgarem conhecedores do que “é melhor” para seus filhos; usam da persuasão ou da coerção para fazê-los cumprir o que planejaram, sem se importar com o que seus filhos pensam ou sentem. É líquido e certo que esse “método” produzirá efeitos colaterais, cedo ou tarde. Michael Jackson reivindicava para si as características da personagem Peter Pan, de J.M. Barrie, o menino que se recusava a crescer, numa clara alusão à infância (que não teve); contudo, esqueceu-se de que, na vida real, James Hook (o Capitão Gancho, personificação da vida adulta) SEMPRE mata Pan. 
 
O futuro é logo ali. E só poderemos pensar no futuro se hoje pavimentarmos a estrada. Se dermos motivos aos nossos filhos para que não confiem em nós, seus pais, a relação estará perdida, sem presente ou futuro, para nós e para eles.

Francisco Filardi