Sede das Cias
apresenta
Não há melhor lugar do que a nossa casa
De 04 de setembro a 03 de outubro na Sede das Cias
Laços familiares é a matéria-prima do
espetáculo de estreia da Cia em Obra, com direito a música ao vivo e
engenhosa movimentação cênica
A partir do dia 04 de setembro a Sede das Cias recebe a Cia em Obra para estrear seu primeiro espetáculo. A peça, Não há melhor lugar do que a nossa casa, que aborda a importância da família, do afeto, do aconchego doméstico, tem texto e direção de Pedro Emanuel,
jovem representante de uma nova geração nos palcos cariocas,
recém-saída da faculdade (no caso, o curso de teatro da UniverCidade), e
já atuante – um time que joga nas onze, atuando, dirigindo,
produzindo, levantando seus projetos autorais.
Em cena, um casal recém-casado chega à sua nova casa e toma
consciência de que o amor não é suficiente para levar adiante a relação.
No mesmo espaço físico, três irmãos, que seriam a projeção dos filhos
que esse casal, diante do distanciamento iminente, não será capaz de
ter. Esses irmãos procuram uma pista, algum documento que comprove a
existência de seus pais, explica o autor e diretor, que para o seu
‘debut’ em palcos profissionais como dramaturgo buscou inspiração em sua
própria família. Lembro de ficar olhando fotos do casamento dos meus
pais e nunca fui capaz de entender como aqueles jovens, tão felizes
naquelas imagens, iriam, no futuro, acabar se separando. Não houve
culpados, apenas pessoas apaixonadas incapazes de sustentar as amarras
que o matrimônio impunha a elas, analisa Emanuel.
O autor e diretor tem como meta investir em novos textos acerca da
composição do universo familiar e está em cartaz, como ator, no
espetáculo ‘Memória Inventada no Sonho de Alguém’ (em cartaz de 11 a 29
de setembro no Tempo Festival, que ocupa o Teatro Glaucio Gill).
A encenação busca a sensação do vínculo afetivo, remetendo a
imagens, sensações e memórias. A família sempre foi algo que me
inquietou. Seu poder e sua influência na vida de um indivíduo. Na peça, o
que acontece é que os irmãos são praticamente uma extensão do casal,
uma projeção deste desejo de maternidade. Ao longo da narrativa,
percebe-se que tanto os irmãos, quanto o casal, coabitam o mesmo espaço
físico, a mesma casa, mas em tempos diferentes, em lógicas diferentes, e
ainda assim simultaneamente. Para ele, o espetáculo trata
essencialmente da dependência direta que há entre os membros de um
núcleo familiar, principalmente, no núcleo mais estreito que a peça
aborda: pais e filhos.
Ícaro Salek vive Claudio, o marido, figura que, de tanto se ausentar
de casa, acaba obrigando a mulher, Elisa (Marcéli Torquato) a viver uma
interminável espera. Iuri Krushewsky vive Paulo, o filho mais velho,
empenhado em vender a casa após o sumiço dos pais; Julia Mendes
interpreta Gisele, a filha mais nova, ainda esperançosa da volta dos
progenitores; por fim, Eduardo Parreira dá vida a Daniel, o atordoado
filho do meio. A cena apresenta as fantasias e expectativas de um casal
ao entrar em sua nova casa até a degradação de seu matrimônio, com o
definhamento deste casamento. Os irmãos, possíveis filhos, se distanciam
de qualquer possibilidade de existir, explica o diretor.
Movimentação cênica e desenhos de luz
Um dos diferenciais do espetáculo é a direção de movimentos. Em cena,
vê-se uma coreografia de gestos simples e desenhados, que ganham um
caráter de dança através das repetições. Outros dois fatores chamam
atenção: os desenhos de luz e os movimentos do cenário. Concebido e
produzido por Cadu Mader, o cenário possui seis tapumes que se
movimentam durante todo o espetáculo: eles compõem essa articulação com a
dança, com paredes incógnitas que dominam o espaço e respondem
espontaneamente aos personagens de acordo com sua vontade e o
desenvolvimento da trama.
Criados por João Gioia, os desenhos de luz trabalham basicamente com
sombras e perspectivas pouco cotidianas: uma atmosfera de suspense, que
revela e esconde os personagens que trafegam por esta casa. No fim do
ano passado, o espetáculo cumpriu curta temporada no Teatro Gonzaguinha,
no Centro, dentro da mostra Vem! A peça integrou o projeto Incubadora, iniciativa que viabiliza a produção artística do cenário alternativo.
Música ao vivo em cena
O espetáculo conta com música executada ao vivo, a partir de trilha
original composta por Mario Terra, Alexandre Velosso, Liebert Rodrigues e
Zeca Richa.
SOBRE A CIA EM OBRA
A companhia, formada há um ano durante os preparativos para a
encenação de ‘Não Há Melhor Lugar do que a Nossa Casa’, reúne os atores
Eduardo Parreira, Julia Mendes, Mario Terra, Pedro Casarin, Pedro
Emanuel e Zeca Richa, egressos do curso de teatro da UniverCidade.
SINOPSE
A cena apresenta os episódios de um casal recém-casado, desde a
origem de suas fantasias e expectativas ao entrar em sua nova casa até a
degradação de seu matrimônio; simultaneamente é exposta a saga de três
irmãos, em busca de algum documento que revele seus sobrenomes e o
paradeiro de seus pais.
SERVIÇO
Temporada: de 04 de setembro a 03 de outubro
Local: Sede das Cias
Endereço: Escadaria Selarón (Rua Manuel Carneiro 12 – Lapa)
Informações: 2137-1271.
Horário: quartas e quintas, às 20h
Ingressos: R$20,00
Bilheteria: a partir das 19h
Classificação: 12 anos
Capacidade: 60 lugares
Duração: 60 minutos
FICHA TÉCNICA
Texto: Pedro Emanuel, em parceria com Ana Carolina Bradilli
Direção: Pedro Emanuel
Elenco: Eduardo Parreira, Ícaro Salek, Iuri Kruschewsky, Julia Mendes e Marcéli Torquato
Iluminação: João Gioia
Cenário: Cadu Mader
Figurinos: Tiago Ribeiro
Trilha sonora: Alexandre Velosso, Liebert Rodrigues, Mario Terra e Zeca Richa
Músicos em cena: Mario Terra e Zeca Richa
Costureira: Lu
Realização: Cia em obra e Projeto VEM!
Produção: Luisa Barros
Assessoria de imprensa: André Gomes
Fotógrafa: Aline Macedo
fonte: assessoria de imprensa
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