quinta-feira, 20 de março de 2014

MASS EFFECT 3 - PS3 (dicas) - A PRIMEIRA PLATINA A GENTE NUNCA ESQUECE


Longe de este relato ser um manual ou uma fórmula definitiva, desejo compartilhar com a comunidade a minha experiência ao platinar o jogo "Mass Effect 3", com observações específicas para os troféus "Unwavering" (completar 27 missões off-line na dificuldade insanity ou todos os mapas multiplayer na categoria ouro) e "Insanity" (completar o jogo nessa dificuldade). Peço desculpas, pois empregarei algumas terminologias do idioma castelhano, uma das opções do jogo, ao referir-me a personagens ou a ambientes.

O primeiro ponto é fazer com que Shepard chegue a "Mass Effect 3" no nível 60 da personagem. O melhor meio de fazê-lo é iniciar a trilogia desde o "Mass Effect" original e importar a personagem nos jogos seguintes. Esse detalhe é fundamental porque no início de "Mass Effect 2" Shepard morre e ao ser ressuscitado pelo Projeto Lazarus (leia-se Miranda Lawson) o/a Comandante da Normandy recebe implantes bióticos (optei pela classe Engineer, incluindo um dron de defesa/combate), um diferencial nas missões. A dificuldade para platinar será brutal para jogadores que dispõem tão somente do terceiro jogo da franquia.

Outro ponto importante é manter o mapa "Galaxy at War" (multiplayer) em 100% de aproveitamento. Isso é necessário porque influencia no desfecho da campanha off-line. Na sala ao lado daquela onde Shepard conversa virtualmente com Anderson e Hackett, há uma mesa onde é possível verificar os níveis da sua "força militar total" e de sua "força militar efetiva". Nossa atenção deve-se voltar para a "força militar efetiva", que deve reunir um mínimo de 5 mil recursos, para que tenhamos acesso às três possibilidades no final do jogo (vermelha - destruição dos reapers; verde - síntese: sintéticos+orgânicos; e azul - dominação dos reapers).

No "Mass Effect" original, há uma missão no planeta Virmire, em que o jogador deverá necessariamente optar pela morte de Ashley ou de Kaidan. No meu caso, optei por deixar Ashley perecer com o planeta. Em princípio, pode ter parecido uma decisão machista, mas ao longo do terceiro jogo da franquia, percebi que tal decisão havia sido acertada. Em "Mass Effect 3", já no portão de embarque da Normandy, Shepard reencontra Kaidan. Esse diálogo é importantíssimo e o jogador deverá requisitá-lo para retomar seu posto na nave.

Kaidan Alenko e James Vega são os dois mais tenazes parceiros de missões e devem ser requisitados sempre que possível. Pelo fato de serem humanos não-bióticos, pelo menos um deles deverá portar uma escopeta, arma útil contra inimigos mais resistentes, como Centros Nevrálgicos Geth (os Juggernaut), Atlas (Cerberus) e Brutos (Reapers). A asari Liara, apesar de biótica, não é resistente e é derrubada com frequência. Não recomendo sua utilização.

Na sala da Dra. Chakwas (cubierta médica), é possível adquirir poderes extras, sendo um a cada missão. Aqui cabe um lembrete. Em combate, as combinações de poderes técnicos e/ou bióticos são muito eficazes, mas há poderes que são específicos para determinados inimigos, a exemplo da "sabotagem" contra os geth e "dominación" contra os reapers (segadores). Utilizei ambos. Contra Cerberus, optei pela "carnicería", potente bola de fogo que mina a resistência inimiga de modo muito eficiente.

As chamadas DLC (downloadable content) mais relevantes são: "Leviathan", "Omega" e "Citadel". Dispensem "Omega" e "Citadel". As DLC não entram no cômputo das missões relativas ao troféu "Unwavering", a que me referi. "Leviathan" é a DCL mais tranquila, mas a única vantagem em fazê-la é meramente material. Ou seja, é dispensável. O jogador chegará a um ponto do jogo em que Anderson oferecerá a Shepard um apartamento na Cidadela. Não visite o apartamento. Há uma cilada aí e essa fase é desgastante. Se você conseguir passar pelos soldados da organização CAT6, que infestam os níveis inferiores da Cidadela, descobrirão que Shepard tem um clone. Passar pelo clone é um inferno (eu não o consegui). Então, evite essa fase. (Recomendo fazer a DLC "Citadel" em outra ocasião, na dificuldade fácil, porque lá há um simulador de combate que é bem legal de jogar - e dá para ganhar uma grana). Já a DLC "Omega" está repleta de uma nova categoria de inimigos, os Mech Baluarte, numerosos e bem chatinhos de derrotar, assim como os "auxiliares", monstros que habitam o submundo dessa estação espacial. Também recomendo evitá-la na dificuldade "insanity".

Há missões críticas em "Mass Effect 3", em especial aquelas que ocorrem em espaços abertos, a exemplo da que se dá em "Sur'kesh", planeta natal dos Salarianos (o resgate de Eva, a fêmea Krogan). A base é invadida pelos soldados de Cerberus, num local difícil de se proteger dos tiros. No final, será preciso neutralizar um Atlas, que perde pouca energia em combate. No entanto, na parte oposta à entrada, há uma escada de descida com um muro estreito. O ideal é atrair o Atlas para lá, usar e abusar das combinações de poderes técnicos e atirar a "carnicería" por cima do muro, até esgotar totalmente o inimigo.

Em "Grissom Academy", onde é efetuado o resgate dos estudantes bióticos (e onde reencontramos a personagem Jack, de "Mass Effect 2"), dá-se um confronto parecido ao descrito no parágrafo anterior (com a diferença de que aqui Shepard pode sequestrar um Atlas). A coisa só complica quando Shepard se dirige à parte externa da Grissom. Jack e seus alunos rumam para outro ponto, no pavimento superior da Academia, e assumem posição de combate distinta da de Shepard, Kaidan e James. Uma das portas de acesso que levam ao pátio não deve ser atravessada pelo trio. Há muitos inimigos ali, que disparam sem pestanejar. A porta permanecerá aberta e deve-se ter cuidado para não ser atingido. Atire e destrua os inimigos, na medida do possível, nessa posição, mas o ideal é buscar a outra porta, localizada à esquerda dessa entrada, que levará o jogador a outra parte externa, porém isolada da de onde estão os inimigos. Será possível atirar por cima do muro e proteger-se, sem grandes prejuízos.

As missões mais "cabeludas" do jogo são o "ataque à base geth", em Rannoch (mundo de origem dos Quarianos) e o "assalto à base do Homem Ilusório" (onde se dá o confronto com Kai Leng). São dificílimas. Mas não impossíveis. É preciso paciência aqui. E muita...

Em Rannoch, o combate se dá em dois pavimentos. No nível acima, logo ao sair do elevador, é possível avistar três Centros Nevrálgicos geth (Juggernaut): um no centro, à distância, um à direita, outro à esquerda. Posicione-se rapidamente à direita, protegendo-se dos tiros inimigos (que são muitos). Lance o dron de defesa/combate e a torreta vigía na direção desse Juggernaut à direita. A melhor arma para destruir os geth é o rifle de franco atirador Krysae, um pouco lento na preparação (três disparos por vez), mas eficaz no resultado. E utilize o poder "sabotagem", lembrando que este só pode ser utilizado uma vez em cada inimigo (assim como o seu correspondente "dominación", em relação aos reapers). Enquanto o dron e a torreta distraem a atenção dos Juggernaut (que se voltam para destruí-los), atire e utilize a combinação de poderes de sua equipe. Repitam a operação para os demais Juggernaut. Habilidade, oportunidade e precisão são necessárias para superar esta fase. Mas não se iludam. Será necessário repetir a cena várias vezes para obter êxito.

Derrotar Kai Leng também exige tempo e paciência. Aqui se dá um combate contra a horda de Cerberus. É preciso evitar sobretudo aqueles soldados que arremessam granadas. Entre um e outro disparo, lance sobre Kai Leng uma combinação dos poderes "sobrecarga" (Kaidan também dispõe desse poder). Repitam o procedimento. E tenham cuidado com as Fantasmas, que são muito resistentes. Nesta fase, apenas derrotar Kai Leng não será o bastante; será preciso eliminar todos os inimigos para seguir adiante.

A realização das missões secundárias é importantíssima para o jogo, sobretudo a exploração de planetas, em busca de recursos (humanos, financeiros e tecnológicos) para a construção do "Crisol" (Crucible) e aquisição de armas, munições e armaduras. Além disso
, são essas missões secundárias, assim como os diálogos com os membros da tripulação da Normandy e outras personagens, que permitem ao jogador acumular os chamados "pontos de experiência" (XP), necessários para Shepard melhorar seus níveis de habilidades (máximo de 60) e desbloquear novas fases do jogo.  É chato, perde-se muito tempo, mas é necessário.

Como já dito, o poder "dominación" é específico contra os reapers e é muito útil na fase final de combate, na Terra. A "dominación" (assim como a "sabotagem", para os geth) faz com que determinado inimigo passe a lutar contra os próprios reapers, por um tempo relativamente curto, com danos ao afetado.

Uma última dica é sobre a fase da Terra (já ao final do jogo) em que Shepard parte em direção ao raio que o levará à Cidadela (a missão é abrir os braços da Cidadela para que o Crisol/Crucible nela se encaixe), mas o/a Comandante é atacado/a por um reaper. Shepard, totalmente zonzo/a perde os poderes bióticos e tem em seu poder de apenas uma pistola. Primeiramente, é preciso abater três "cascarones". Procure atingi-los na cabeça. É a forma mais rápida de eliminá-los. Shepard avançará um pouco mais e tombará. Ao levantar-se, ficará de frente para um "merodeador". Aqui vale o seguinte: seu Dualshock 3 deverá estar bem calibrado. Quando o "merodeador" sai detrás de uma pedra ele atira em Shepard (o ideal é já vir caminhando com ele sempre do lado esquerdo, para dispor de uma visão total do "merodeador"). A partir daí, você deverá atirar no inimigo sem errar um tiro sequer, daí a necessidade de o Dualshock estar ajustado.


Mais uma: habituem-se a salvar seus progressos no jogo, em intervalos regulares, ou melhor, sempre que superarem uma bateria de inimigos. 
 

Em linhas gerais, essas são algumas dicas que considero essenciais para a conquista do troféu de platina. Espero com isto ter ajudado outros aficionados da série. Se precisarem de mais alguma orientação, é só escrever.

P.S.: A Galera Record confirmou o lançamento de mais dois livros da série "Mass Effect", no Brasil, sendo um em julho e outro no fim de 2014. 

Francisco Filardi