terça-feira, 5 de novembro de 2013

MARIANNA MACHADO LANÇA SEU PRIMEIRO DISCO, NO TEATRO CAFÉ PEQUENO/RJ

Marianna Machado em

Coisas Bonitas

Marianna Machado lança seu primeiro álbum 
“Coisas Bonitas”, dia 7 de novembro, no 
Teatro Municipal Café Pequeno
 

No dia 07 de Novembro, às 20h, o Teatro Municipal Café Pequeno – Câmbio Ocupação Artística, recebe a cantora e compositora Marianna Machado para lançamento de seu primeiro disco “Coisas Bonitas”. Marianna mostra no palco a sua voz bem treinada, emoldurando seu som plural, que agrega baladas românticas, MPB dançante, elementos afro e influências do Nordeste. No show, além do repertório do CD, há também algumas novas versões, de Gilberto Gil, Gonzagão e Olodum.


SOBRE MARIANNA MACHADO

Uma cantora, três cidades, quatro elementos. É assim, plural, que Marianna Machado aparece com este "Coisas Bonitas". A moça nascida em Macaé, que se divide entre a cidade do interior fluminense e as grandes Rio de Janeiro e Niterói, traz toda essa variedade em seu som, produzido pelo experiente Rodrigo Campello, que ainda se responsabiliza por instrumentos diversos, como guitarra, baixo, violões, programações, sempre com precisão, sabendo economizar quando é necessário, valorizando a voz bem treinada de Marianna e, principalmente, as canções.

A cantora diz que não houve um conceito inicial que norteasse a produção do disco.

- Fomos reunindo as músicas, tendo como fio condutor apenas a qualidade do repertório - conta ela. - Quando estávamos com a maior parte  decidida, vimos como era forte nelas a presença dos quatro elementos, o fogo, a terra, a água e o ar.

"Cabeça D'água", de Marco Jabu -- revelação de cuja produção Marianna usa e abusa no disco - abre o disco, em uma levada de MPB moderna, dançante, um arranjo de sopros sofisticado na medida certa, sem exageros ou malabarismos, a música pela música. O ecletismo de Marianna começa a aparecer em "Luz no Estio", que vem em seguida, trazendo a "Coisas Bonitas"  uma vibe nordestina, conduzida pela sanfona de Marcelo Caldi sobre uma batida lenta e uma letra romântica, da própria Marianna, que arrisca suas composições:  "E agora que eu sou eu/ Teu calor aqueceu/ Meu Corpo/ Minh'alma/ Pele nua/ Beijo teu". Nada mau... A modernidade das batidas dançantes e programações dá lugar a um clima de Beco das Garrafas em "Deus da Saudade/Céu e Mar", uma dupla de melodia delicada, que exige (e consegue) alto da interpretação de Marianna, emoldurada pela bateria leve de Marcelo Wig, na escovinha, com um arranjo seco e elegante de Campello. A cantora  dosa a emoção, rebuscando um toque melancólico na melodia. "A Vela e a Chama" mantém o ouvinte no clima aconchegante, lento. Com o fogo como elemento em destaque, a composição de Suely Mesquita (professora, mentora e grande amiga de Marianna, que faz sempre questão de lembrar a importância da mestra) e Eugenio Dale traz mais uma vez o violão e a bateria sem firulas de Campello e Wig, perfumados pelos teclados de Sasha Amback. 

De volta à água e a Marco Jabu, "Chove" é um achado melódico, uma canção circular, dotada de uma leve melancolia, que permite a Marianna soltar a voz, com o acompanhamento luxuoso de Lui Coimbra no violoncelo e o do mestre Marcos Suzano na percussão. A predileção da cantora pela água segue em alta em "Joguei no Mar", que traz pela primeira vez o elemento afro ao disco, em um delicioso ponto de macumba contemporâneo, um descarrego bem-humorado, em que os ecos da guitarra cheia de delay de Campello encontram a percussão de Paulino Dias. Para ouvir com ouvidos, quadris e ombros. 

Por falar nessas partes do corpo, "Coisas Bonitas" investe no rebolado em "Lar", de Vinicius Castro, brejeira, bem-humorada, com direito ao trompete de Aquiles Moraes. O disco chega ao ápice de sua dançabilidade em "Leve", mais uma de Vinicius Castro, levada pela mão direita de Rodrigo Campello em uma guitarra funkeada, uma linha de baixo sacudida (também de Campello) e a batida criativa de Wig. "Leve a vida, leve menino/ Leve como o ar/ Leve a brincadeira a sério/ E me leve pra brincar", diz a letra.

Como se não bastassem os compositores descobertos por Marianna, ela também conseguiu uma canção de um quarteto da pesada. Pretinho da Serrinha, Leandro Fab, Gabriel Moura e Rogê fizeram para ela "O Cara", cantada com a maior das caras de pau: uma receita do homem ideal (em diversos aspectos), em que Marianna deixa de lado qualquer resquício de timidez, à frente da mais carioca das batucadas. Falando em compositores consagrados, simplesmente Milton Nascimento e Fernando Brant vêm em seguida, no clássico "Bola de Meia, Bola de Gude", sucesso do 14 Bis de cuja letra saíram as "Coisas Bonitas" que dão nome ao disco. Uma levada gostosa, com sopros e toda a brincadeira que sugere a letra. 

De volta ao parceiro Marco Jabu, "Maria Planeta", séria candidata a melhor letra inédita do disco, convida para dançar, em uma batida ensolarada, com um cheiro de Bahia, ponteada pela percussão de Paulino. Os tambores, de leve, sem esquentar o couro, são a espinha dorsal de "Santos e Orixás", mais uma incursão de Marianna pelo fascinante mundo das religiões afro-brasileiras e seus ritmos contagiantes, uma oração  para fechar o disco "Força e alegria/ Pra fazer valer um novo dia", para rodar preguiçosamente a saia, uma despedida com jeito de boas-vindas. Assim como a chegada de Marianna Machado.

Agosto 2013
Bernardo Araujo


FICHA TÉCNICA

Direção geral - Suely Mesquita
Direção musical - Eugenio Dale
Bateria e percussão - Rodrigo Pacato
Baixo e vocal - Sidão Santos
Violao, guitarra e vocal - Eugenio Dale


SERVIÇO 

07 de novembro, quinta-feira, às 20h

Local: Teatro Municipal Café Pequeno 
(Av. Ataulfo de Paiva, 269 – Leblon)
Tel: (21) 2294-4480
Horário: quinta-feira, às 20h
Duração: 75 minutos
Ingressos: R$20
Classificação: menores de 18 anos somente acompanhados dos responsáveis
Capacidade: 80 lugares
Bilheteria: de quarta a domingo, das 16h às 20h30
 
fonte: assessoria de imprensa

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