segunda-feira, 27 de maio de 2013

GRUPO FORA DO EIXO LEVARÁ O ESPETÁCULO "ANTÍGONA", DE SÓFOCLES, AO PARQUE DAS RUÍNAS, EM SANTA TERESA/RJ

Foto: Tatiana Farache, Yndara Barbosa e Olívia Colombino

Neste momento o teatro carioca parece ter descoberto a força e a importância da tragédia grega. Com esta recente montagem de “Antígona” pelas mãos ousadas do diretor Philbert, com jovens talentosos atores da CAL, o público carioca terá a oportunidade de ver uma das mais importantes peças da dramaturgia ocidental.
Isaac Bernat

A montagem de “Antígona pela CAL, sob a direção de Fernando Philbert, é tão rica, impactante, expressiva e contundente que merece ganhar um palco e maior visibilidade, onde o público possa ser crescente e o espetáculo possa ser partilhado por mais e mais pessoas. Aurora Miranda Leão


A partir do dia 1º de junho, o grupo Fora do Eixo apresenta Antígona no Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas. A montagem, com direção de Fernando Philbert, traz inovações: a história é contada através de um espelho. O que acontece de um lado do palco, acontece do outro e, portanto, a maioria dos personagens é interpretada por dois atores, como é o caso de Antígona e Creonte. No caso de Creonte, o personagem é vivido por um ator e uma atriz. Além do formato intrigante, a adaptação insere elementos contemporâneos na tragédia grega, como o figurino de Elisa Caldeira e o uso de iPads, iPods e outros objetos tecnológicos em momentos específicos.

A montagem foi inicialmente concebida como um exercício de uma das turmas do curso profissionalizante da CAL – Casa das Artes de Laranjeiras -, porém com a repercussão positiva do trabalho junto ao público, o grupo decidiu fazer uma temporada fora do ambiente escolar incentivado por professores e pelo diretor. A tragédia da filha de Édipo, Antígona, é contada pelos atores do Grupo Fora de Eixo: Ana Queiroz, Elisa Caldeira, Evandro Mattei, Flavia Bittencourt, Gabriel Lincoln, Ian Braga, Mariana Lordêlo, Naara Barros, Natalia Gumprich, Ph Silva, Rodrigo Cerqueira, Olivia Colombino e Yndara Barbosa.


SOBRE O GRUPO FORA DO EIXO

O Grupo Fora do Eixo é formado por alunos do curso profissionalizante da CAL (Casa das Artes de Laranjeiras). O nome vem de um exercício feito durante as aulas do professor e ator Lourival Prudêncio, no qual se busca o desequilíbrio e o desconforto físico para solucionar questões de personagens estudadas. O grupo é conhecido por ser extremamente animado e participativo, para não dizer um tanto bagunceiro, porém, sempre apresenta bons resultados, logo, se identificou com o nome Fora do Eixo, assumindo como parte da criação um momento de desequilíbrio.

O Fora do Eixo também busca explorar as habilidades individuais de seus integrantes. Atores que fazem parte do elenco também colaboraram com outros aspectos da montagem, participando no figurino, assistência de direção, produção, cenografia e programação visual. Além disso, o grupo conta com a experiência de bailarinos, advogados, publicitários, artistas visuais e produtores em formação, todos em prol do sucesso do grupo que continuará apresentando outras peças depois de “Antígona”.

Foto: Tatiana Farache, Yndara Barbosa e Olívia Colombino


SOBRE “ANTÍGONA”

Antígona relata a trajetória da filha de Édipo após a morte de seu pai e irmãos, que se matam disputando o trono da cidade de Tebas. Um dos irmão, Etéocles é considerado herói e enterrado com todas as honras e rituais da cultura da época. Já Poliníces, é considerado traidor e, como pena, é proibido o seu sepultamento com a ameaça de morte a quem desacatasse as ordens do novo rei, Creonte, tio de Antígona. Apesar disso, a protagonista enterra Poliníces, despertando a ira do tio.

O tema principal da peça é o embate entre o direito natural, defendido pela heroína, e o direito positivo representado pela figura de Creonte. No decorrer do texto também são abordados temas como o amor, o orgulho, a vaidade, e o confronto natural entre gerações no questionamento da hierarquia e da eventual prepotência dos pais. O eixo central da peça é a coragem e o arrojo de Antígona ao sepultar Poliníces. Apesar da proibição de Creonte, ela enfrenta a organização política e social vigente, fazendo valer sua consciência individual e os valores considerados por ela divinos e intocáveis.

Este texto de Sófocles é o seu primeiro grito de protesto contra a onipotência dos governantes e a prepotência dos adultos e é o único em que o tema central de um drama grego questiona a conduta nas dimensões política e moral, podendo ser discutidos com os mesmos fundamentos e interesses, em qualquer época e lugar.


SERVIÇO


Temporada: De 1º a 29 de junho (sábados)

Local: Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas  
(rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa)
Informações: (21) 2252-1039
Horário: sábados, às 16h.
Ingresso: Gratuito
Duração: 60 minutos
Classificação Etária: Livre
Capacidade: 35 lugares
Gênero: Tragédia Grega


FICHA TÉCNICA

Texto : Sófocles
Tradução: Mário da Gama Kury
Direção: Fernando Philbert
Assistente de direção: Yndara Barbosa
Elenco: Ana Queiroz, Elisa Caldeira, Evandro Mattei, Flavia Bittencourt, Gabriel Lincoln, Ian Braga, Mariana Lordêlo, Naara Barros, Natalia Gumprich, Ph Silva, Rodrigo Cerqueira, Olivia Colombino e Yndara Barbosa
Direção musical: Maíra Garrido
Músico: Carlos Eduardo Libonati
Cenografia: Fernando Philbert e Yndara Barbosa
Iluminação cênica: Vilmar Olos
Figurinos: Elisa CaldeiraProgramação visual: Elisa Caldeira
Equipe de produção: Flavia Bittencourt, Ian Braga, Mariana Lordêlo e Yndara Barbosa
Assessoria de imprensa: Clarissa Braga
Apoio: Casa das Artes de Laranjeiras (CAL)

fonte: assessoria de imprensa

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