A Importância de ser Perfeito
atores:João Pedro Zappa e Leandro Soares
foto: Dalton Valério
A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 16 de maio a 2 de junho, a peça A importância de ser Perfeito, que aborda temas como o casamento, aparências, verdades e mentiras. A montagem, com direção Daniel Herz,
transporta toda a ação do espetáculo da Londres vitoriana para os dias
atuais, no Brasil, com a adaptação da famosa comédia de Oscar Wilde, The importance of being Earnest. O projeto tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.
O espetáculo narra
a história de José Dourado, um homem que usa uma identidade dupla para
poder se divertir sem comprometer sua imagem de rico herdeiro e
acionista das telecomunicações. Seu melhor amigo, Agenor Nabuco, se vale
disso para invadir a fazenda de José e, então, conhecer a sedutora
Cecília Feijó, sobrinha de consideração do amigo. Agenor é primo de
Patrícia Lobato, por quem José está apaixonado, mas Tia Augusta, mãe de
Patrícia, é contra o relacionamento. Impedimentos amorosos também serão
impostos à governanta Dona Glorinha e ao pastor Saulo Malaquias. Então
uma trama do passado vem à tona para mudar o rumo das personagens na
história.
A montagem foi idealizada por Leandro Soares e pelo ColetivoAchadoNumaMala.
Na peça, os papéis femininos são desempenhados por atores homens do
coletivo e mais três atores da Companhia Atores de Laura. Essa concepção
de androginia, que a direção incorporou ao trabalho, ganha forma e cor
nos figurinos, nos quais elementos masculinos e femininos coexistem e se
misturam. A música é tocada ao vivo pelos próprios atores, que também
são músicos, em sua maioria.
A opção por homens em papéis femininos foi inspirada no ensaio O epiceno inglês – The importance of being Earnest, de Wilde, da professora e ensaísta americana Camille Paglia, publicado em seu livro Personas Sexuais,
de 1990. O artigo levanta um olhar crítico sobre a androginia dos
personagens e tornou-se a principal base teórica na criação do
espetáculo.
Ficha Técnica
Texto: Oscar Wilde
Tradução e Adaptação: Leandro Soares
Direção: Daniel Herz
Assistência de Direção: Maria Eduarda Machado
Realização: Auch Produções, Nevaxca Produções e Pantaleão Produções Artísticas
Direção de Produção: Tárik Puggina
Produção Executiva: Luísa Barros
Idealização: ColetivoAchadoNumaMala
Elenco: Leandro
Castilho (José Dourado); Leandro Soares (Agenor); George Sauma
(Patrícia); João Pedro Zappa (Cecília); Anderson Mello (Tia Augusta);
Márcio Fonseca (Dona Glorinha), Pedro Tomé (Pastor Saulo) e Samuel
Toledo (Felício e Ruas)
Figurinos: Thanara Schonardie
Cenário: Nello Marrese
Iluminação: Aurélio de Simoni
Música original e direção musical: Leandro Castilho
Fotografia: Dalton Valério
Programação Visual: André Vants
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal
Serviço
A importância de ser Perfeito
Gênero: Comédia
Duração: 100 minutos
Data: de 16 de maio a 2 de junho de 2013 (quinta-feira a domingo)
Horário: 19h
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Teatro de Arena
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25 – Centro (Metrô: Estação Carioca)
Informações: (21) 3980-3815
Ingresso: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia.
Bilheteria: de terça-feira a domingo, das 10h às 20h
Capacidade: 176 lugares (4 para cadeirantes)
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de14 anos
Acesso para pessoas com deficiência
Programação: CAIXA Cultural
Currículos
Daniel Herz
Diretor
artístico da Companhia de Teatro Atores de Laura, fundada em 1992. É
também diretor do Teatro Miguel Falabella desde 2000. Seus trabalhos de
destaque foram: “Romeu e Isolda” (Prêmio Coca- Cola, 1996), “Decote”
(Prêmio Coca-Cola, 1997), “A Flauta Mágica” (Prêmio Coca-Cola, 2000),
“As Artimanhas de Scapino” (Prêmio Qualidade BR, 2002), “O Barbeiro de
Ervilha”, (Indicação ao Prêmio Zilka Salaberry), “O Filho Eterno”
(Prêmio Shell, 2011), “Adultério” (indicação ao Prêmio Shell, 2011). É
professor de teatro na Casa de Cultura Laura Alvim onde ministra aulas
tanto para grupos iniciantes como também treinamento para atores
profissionais.
George Sauma
Ator
e músico, iniciou sua seus estudos no Tablado, com Cacá Mourthé,
Johayne Idelfonso, Bernardo Jablonski e Hamilton Vaz Pereira. Participou
do workshop de Cacilda!! com José Celso Martinez Corrêa. Em teatro,
atuou em “O Rapto das Cebolinhas”, “O Dragão Verde”, “O Patinho Feio”,
“O Auto da Compadecida”, “Valentin”, “Cordélia Brasil”, “Outside”, “A
Menina e o Vento”. Em cinema, nos longas “O Maior Amor do Mundo”,
“Podecrer!” e “O Homem do Futuro”. Em televisão, estreou no elenco fixo
do humorístico “Toma Lá Dá Cá”, de Miguel Falabella. Recentemente
integrou o elenco da novela “Lado a Lado”, de João Ximenes Braga, com
direção de Dennis Carvalho. Faz parte da banda Choque do Magriça, na
qual é compositor, vocalista e pianista.
João Pedro Zappa
Ator,
cursa o Bacharelado em Teatro do Centro Universitário da Cidade.
Protagonizou o infantil “Um Garoto Chamado Rorbeto”, de Gabriel o
Pensador, e o espetáculo “Fevereiro 29”. Atuou em “O Diário de Anne
Frank”, dirigido por Robert Castle. Na televisão integrou o elenco
principal de “Cinquentinha”, minissérie de Aguinaldo Silva, com direção
de Wolf Maya. Integrou o elenco fixo de “A Turma do Pererê”, na TV
Brasil. Em cinema, atuou nos curtas “Vampiro do Meio-Dia”, “Handball”,
“Mortos-Vivos”, “Enquanto Isso”; e nos longas “Disparos”,
“Desassossego”, “Éden”, e “Ressaca” (Prêmio de Melhor Ator - Festival
Cine-esquema- novo). Recentemente esteve em cartaz com peça “Querida
Helena Serguêievna”, ao lado da atriz Helena Varvaki, com direção de
Isaac Bernart.
Leandro Soares
Autor e protagonista, do seriado “Morando Sozinho” do canal Multishow, produzido pela Conspiração Filmes. Atualmente é autor do siticom
“Vai que Cola”, maior e mais importante projeto da grade do canal, que
estreia em julho. Formando em Artes Cênicas Unirio. Foi aluno de
profissionais da cena nacional e internacional como: Anatoli Vassiliev,
Judith Malina, Jean-François Dusigne, Béatrice Picon-Vallin, Fabianna de
Mello e Souza, Christiane Jatahy, Jefferson Miranda, Daniel Herz e Ana
Achcar. Em teatro atuou em “O Rapto das Cebolinhas” e “A Menina e o
Vento” com direção de Cacá Mourthé, “Um Trem para Brecht” com direção de
Daniel Herz. Em televisão também atuou em “Natália” da TV Brasil, no
infantil “Detetives do Prédio Azul”, do Gloob e em “A Rua Sem Vergonha”,
série de Carolina Jabor e produção da Conspiração Filmes para o Canal
Multishow. Em tradução já realizou os trabalhos: “A Fila”, de Israel
Horovitz; “As Criadas”, de Jean Genet; “O Passarinho Verde”, de Carlo
Gozzi; foi intérprete e assistente do professor Jean-François Dusigne no
Brasil.
Pedro Tomé
Em
1988, participou do curso de Iniciação Teatral na PS 158, New York,
onde esteve em cartaz com a peça “Peter Pan and Captain Hook”. No
Tablado onde foi dirigido por Ricardo Kosovski e Leonardo Bricio. Fez
parte do Workshop ministrado por Zé Celso Martinez Corrêa, Oficina
Ateliê do Riso com Marcio Libar e do ECUM - Centro Internacional de
Pesquisa Sobre a Formação em Artes Cênicas com Jurij Alschitz (AKT-ZENT /
Berlin). Atuou nas peças: “Os Sem Vergonhas”, “Peter Pan”, “O Dragão
Verde”, “Eu e os Meninos”, “Valentin”, e “Maroquinhas Fru-Fru”.
Atualmente integra o elenco de “Elmiro Miranda Show”, série humorística
do canal TBS com produção executiva de Heitor Dhalia - Paranoid Filmes.
Samuel Toledo
Ator
e músico, iniciou sua carreira em Belo Horizonte com a peça "Comer ou
não Comer, eis o Pirão", uma adaptação de "O Partirião" de Luiz Alberto
de Abreu dirigido por Sergio Rezi. No Rio formou-se na CAL - Casa das
Artes de Laranjeiras, atuou em "Alvodoamor" dirigido e escrito por João
Fonseca e Vinicius Arneiro. Trabalhou como assistente de direção de
Adriano Garib na peça "Tentativas contra a vida dela" de Martin Crimp.
Como músico participou da peça "Marat-Sade", de Peter Weiss dirigida por
Luiz Furlanetto, e na sua atual companhia, Probástica Companhia de
Teatro, que em 2011 estreou seu primeiro espetáculo “[des]conhecidos”,
ganhador do SEC e FATE. Trabalhou como diretor musical, músico e ator,
em cartaz na Gamboa, Barteliê, Gláucio Gill e no Festival Cena
Contemporânea de Brasília. Entre workshops e espetáculos, trabalhou com
Adriano Garib, Julio Adrião, Jefferson Miranda, Cécil Thiré, Celina
Sodré.
atores: Leandro Castilho, Leandro Soares, João Pedro Zappa e George Sauma
foto: Dalton Valério
Sobre Oscar Wilde
Não
há como falar em dândi sem pensar no mais iluminado e ferino
representante desse modo de (com)portar-se diante da vida e da
sociedade. Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde nasceu
no ano de 1854 em Dublin, na Irlanda, e morreu em 1900, auto-exilado em
Paris, com apenas 46 anos de idade, deixando poemas, romances, contos,
ensaios e peças de teatro que compõem uma das mais brilhantes obras
literárias da língua inglesa. Engenhoso dramaturgo e inspirado frasista,
tornou-se, a partir de 1890, um dos mais populares dramaturgos atuantes
em Londres.
Entre suas obras mais conhecidas estão o romance O retrado de Dorian Gray, as novelas O fantasma de Canterville, O crime do Lord Arthur Savile, o ensaio A alma do homem sob o socialismo, e – escritos depois da grande crise de sua vida – o poema A balada do cárcere de Reading e o texto de introspecção De profundis. Do período de grande sucesso mundano, literário e profissional são as peças Salomé, O leque de Lady Windermere, Um marido ideal e, seu maior triunfo, A importância de ser Prudente, que assinala o auge de sua carreira como dramaturgo bem como o início da decadência de sua vida pública.
Vítima
das contradições de sua época e da preconceituosa sociedade vitoriana
do século XIX, Wilde teve sua reputação destruída e seu nome apagado dos
círculos sociais em que tanto se destacara. Já incondicionalmente amado
pelo público teatral londrino, considerando-se inatingível, Wilde moveu
um processo de calúnia contra o Marquês de Queensberry, que o acusara
de ser homossexual. Queensberry era pai de Lord Alfred Douglas, um jovem
aristocrata com quem o escritor mantinha uma ligação amorosa. Embora
fosse aceita segundo os padrões morais veladamente hipócritas vigentes
na alta sociedade londrina, tal relação jamais poderia ter chegado às
páginas dos jornais.
A
iniciativa judicial de Wilde revelou-se desastrosa. O réu conseguiu
“provar” nos tribunais o comportamento “reprovável” de Wilde: o processo
voltou-se contra seu autor, que acabou condenado, por um crime
semelhante ao que conhecemos como “atentado violento ao pudor” a dois
anos de cárcere em regime de trabalhos forçados. O prestígio social e
profissional de Wilde não suportou a exposição pública. No cárcere,
escreveu De profundis, uma extensa e reflexiva carta endereçada a Alfred Douglas, e Balada do cárcere de Reading,
poema inspirado na execução de um ex-militar do qual o autor foi
testemunha na prisão. Esses dois escritos, de grande repercussão até
hoje por seu valor humano e literário, coroam a obra de um dos artistas
mais radicais de seu tempo, decerto vítima de sentimentos ditos
homofóbicos que hoje em dia tanto se busca combater.
Banido
de Londres, Wilde viveu em Paris até o fim de seus dias desde que saiu
da cadeia. Seu túmulo é até hoje um dos mais visitados do cemitério Père
Lachaise: todos os anos inúmeras marcas de batom são deixadas impressas
na lápide por fãs em homenagem ao maior dândi que já desfilou por este
planeta.
fonte: assessoria de imprensa
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