Numa de nossas "xeretanças" pela cidade, visitamos a antiga fábrica da Bhering (das balas toffee e boneco, e do chocolate em pó), localizada no bairro do Santo Cristo/RJ.
Erguida em 1934, numa área de cerca de 17 mil metros quadrados, a fábrica foi desativada no início da década de 90 e hoje vive um imbróglio burocrático.
Ocupado por ateliês de 70 artistas, há cerca de 10 anos, o prédio foi arrematado em leilão, em 2011, pela Syn-Brasil Empreendimentos Imobiliários, para saldar dívidas tributárias.
A nova proprietária deseja transformar a Bhering em um centro cultural, com restaurante, teatro e cervejaria. Já a prefeitura do Rio, em princípio, manifestou-se contrária à saída dos artistas, mas a situação segue indefinida.
Apesar da opção do prefeito Eduardo Paes pelo tombamento do prédio, decretado no início de agosto de 2012, a briga na justiça deverá se arrastar.
Uma das inquilinas da antiga Bhering é A Bolha Editora, localizada no terraço - que dá vista para a região que vem sendo recuperada pelas obras do Porto Maravilha.
Conversamos com uma das sócias de A Bolha, a simpática californiana Sthefanie Sauer, que nos apresentou o espaço e a linha de trabalho da editora, a qual reúne, entre outros, livros de ficção, de arte, quadrinhos e literatura alternativa, em inglês e português.
Para os leitores, amigos e fãs de Intervalo Cultural, a sugestão é o livro Gigantes do Jazz, de Studs Terkel (tradução de Thiago Gomide Nasser e desenhos de Virgilio Neto), lançado em 2012 (244 pág.).
Resenha
Por mais de setenta anos estes músicos têm tocado e cantado o jazz.
Milhões são os que o ouvem. É a música mais original da América. Outras
terras podem nos ter dado a ópera, a sinfonia, o concerto, a sonata –
formas clássicas de música. A América do Norte deu o jazz ao mundo. Só
poderia ter acontecido aqui.
Foi para a América que o negro veio da África Ocidental – nos navios negreiros – trazendo com eles ritmos complexos e arrebatadores. Foi para a América que vieram os europeus, com suas músicas folclóricas, danças e marchas. O negro americano absorveu essas melodias e a elas acrescentou seus ritmos próprios. Ele também acrescentou o sentimento profundo dos seus spirituals e a força visceral dos field hollers. Dessa mistura surgiu o jazz.
Na vida destes treze artistas – de King Oliver até John Coltrane – encontramos a fonte da música de cada um.
Foi para a América que o negro veio da África Ocidental – nos navios negreiros – trazendo com eles ritmos complexos e arrebatadores. Foi para a América que vieram os europeus, com suas músicas folclóricas, danças e marchas. O negro americano absorveu essas melodias e a elas acrescentou seus ritmos próprios. Ele também acrescentou o sentimento profundo dos seus spirituals e a força visceral dos field hollers. Dessa mistura surgiu o jazz.
Na vida destes treze artistas – de King Oliver até John Coltrane – encontramos a fonte da música de cada um.
fonte: A Bolha Editora
Visitem o site de A Bolha Editora e confiram o catálogo completo.
Conheçam também o trabalho dos artistas que ocupam a antiga fábrica da Bhering, em Fábrica Bhering.
A Bhering está localizada na rua Orestes, n° 28.
A Bhering está localizada na rua Orestes, n° 28.
Agradecemos a gentileza de Stephanie Sauer em nos receber.
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