segunda-feira, 3 de junho de 2019

MICHAEL JACKSON E A ESTRADA DE TIJOLOS AMARELOS


O livro The wonderful wizard of Oz, de L. Frank Baum, foi publicado em maio do ano de 1900 nos EUA pela George M. Hill Company e poucos imaginavam à época que este se tornaria um dos mais duradouros clássicos da literatura infanto-juvenil, recebendo várias edições, republicações e adaptações para o cinema e o teatro.

A história reúne quatro personagens que, a princípio, nada têm em comum: um espantalho, um homem de lata, um leão e a menina Dorothy Gale, que vive numa fazenda no interior do Texas. Eles partem por uma estrada de tijolos amarelos para encontrar um famoso Mágico, na estranha e colorida Terra de Oz, pois é ele quem pode oferecer-lhes o que desejam e necessitam.

O texto de Baum ganharia um auxílio de peso 39 anos após sua publicação devido a adaptação cinematográfica produzida pela MGM e dirigida por Victor Fleming. O ótimo elenco, formado por Judy Garland (aos 16 anos de idade, como Dorothy), Frank Morgan (Mágico de Oz), Ray Bolger (Espantalho), Bert Lahr (Leão), Jack Haley (Homem de Lata), Margaret Hamilton (Bruxa Malvada do Oeste) e outros, levou o filme a ser indicado ao Oscar em seis categorias, tendo conquistado os prêmios de Melhor Canção e de Melhor Trilha Sonora em 1940, além de ter concorrido à Palma de Ouro em Cannes no ano de seu lançamento.

Apesar do tímido resultado nas bilheterias, o filme de Fleming obteve reconhecimento tardio e hoje é referendado pelo American Film Institute (AFI) como o 10° dentre os 100 melhores filmes produzidos nos EUA, segundo pesquisa realizada com a participação de cerca de 1500 profissionais ligados à indústria cinematográfica. No site da mesma AFI, O mágico de Oz figura na 3ª posição da lista de melhores musicais de todos os tempos, sendo superado apenas por Cantando na chuva (1952) e Amor sublime amor (1961), nessa ordem.

A história de O mágico de Oz é tão especial que influenciou artistas como o cantor, compositor e performer Michael Jackson, a quem coube a tarefa de reviver o Espantalho em O mágico inesquecível (1978). O filme é uma releitura de ambientação urbana cujo roteiro, assinado por Joel Schumacher, foi inspirado num espetáculo teatral da Broadway de 1975. A produção coube à Motown Productions, em parceria com a Universal Pictures, e a direção a Sidney Lumet. Nessa que foi sua primeira experiência no cinema, Jackson contracenou com Diana Ross, Richard Pryor e Lena Horne, entre outros. Apesar do fracasso de público e de crítica, O mágico inesquecível recebeu quatro indicações ao Oscar: direção de arte, figurino, trilha sonora original e cenografia.

Mas a conexão entre Michael Jackson e O mágico de Oz não para por aí. No filme de 1939, Michael se inspira nos passos de dança do Homem de Lata (na cena em que Dorothy o convida para procurarem pelo famoso Mágico) para elaborar a coreografia do clipe de Smooth Criminal no filme Moonwalker, de 1988. 

 Apesar do desespero de Dorothy e do Espantalho, o Homem de Lata não caiu.

E Jackson também não.


Há quem diga que quem gosta de passado é Museu, mas é no passado que encontramos referências para muito do que vemos hoje, em produções artísticas. Tão importante e interessante quanto é o fato de artistas contemporâneos encontrarem formas criativas de preservar suas fontes de inspiração. E, a sua maneira, Michael Jackson contribuiu com talento para perpetuar O mágico de Oz no imaginário dos amantes da 7a. Arte.

P.S.: Em outra cena de Smooth criminal, no mesmo Moonwalker, os passos de Jackson seriam copiados por Mark Ronson e Bruno Mars, no clipe de Uptown funk (2014).

Smooth Criminal foi o ponto alto do filme Moonwalker



 E Bruno Mars fez a festa em Uptown Funk
Don't believe me, just watch!
(Francisco Filardi)

sábado, 4 de maio de 2019

BORIS KARLOFF, O MONSTRO SAGRADO DO HORROR





Em 23 de novembro de 1887, nascia William Henry Pratt, em Camberwell (Londres, Inglaterra). Apesar de nascido em berço de classe média, não teve vida fácil, pois perdeu os pais ainda na infância, numa família com outros sete irmãos e uma irmã.



Querendo conquistar seu espaço na carreira cinematográfica, vai para o Canadá, em 1909, e lá adota o nome artístico Boris Karloff, com o qual seria imortalizado na história do cinema mundial. Além disso, fez muitos trabalhos em teatro e rádio.



No ano de 1919 surge sua primeira oportunidade no fantástico mundo do cinema, com o filme His majesty, the american. É verdade que foi uma ponta, mas Karloff soube aproveitá-la e conseguiu expressar seu talento. Tanto que foi chamado para outras tantas pontas, entre filmes mudos e sonoros, acumulando um modesto cachê.



Em 1931, veio a grande chance: Boris Karloff é chamado para viver o monstro de Frankenstein. Além do incontestável talento, Karloff se mostrou um ator paciente, mantendo o seu bom humor. Levava horas sendo maquiado e esperava secar para mais maquiagens! Chegou a ir para casa maquiado, tendo que dormir com todo cuidado, para no dia seguinte apenas fazer retoques. O filme foi um sucesso.

Boris Karloff caracterizado como o monstro anônimo 
do filme Frankenstein (1931), para a Universal Studios



A partir daí, Boris Karloff passou a ser muito requisitado, seu nome e sua fama se alastravam por todo o mundo, enquanto ia arregimentando mais e mais fãs. Ele interpretava não só os clássicos vilões do Horror, como também figuras doentias, cientistas loucos e tal.



Entre outros, Karloff chegou a trabalhar com grandes nomes do gênero, como Bela Lugosi, John Carradine, Peter Lorre, Vincent Price, Basil Rathbone e Lon Chaney Jr. Mas, eclético como era (embora marcado pelo Horror), chegou a trabalhar com a grande dupla de comediantes Abbott e Costello (Abbott and Costello meet the killer, Boris Karloff, em 1949, e Abbott and Costello meet Dr. Jekyll and Mr. Hyde, em 1953).



Conforme a idade avançava, a saúde de Karloff sofria sérios abalos. Além do que teve um problema na perna que o incomodava bastante. Mas não era o bastante para que fugisse do trabalho, pois este era o grande prazer de sua vida. E, mesmo apoiado em bengalas ou preso a cadeira de rodas, ele preservou o bom humor e a lucidez.



Em 1971, foi lançado um curiosíssimo lote com 4 filmes (produções mexicanas de 1968) com Boris Karloff. As cenas dele foram gravadas nos Estados Unidos e mixadas com as tomadas feitas no México (paralelamente e também após sua morte). Até acamado, em casa, filmou.



O ritmo das gravações era alucinante, os cenários eram sobras de outros filmes, os estúdios eram pequenos, a verba muito modesta, os atores se revezavam nos filmes e até a rústica “nave espacial” de um filme foi utilizada em outro. E tudo isso no mesmo lote de 4 filmes, que revelou bons nomes do gênero, como a soturna Julissa.



Para se ter uma ideia destas pérolas cultuadíssimas, A serpente do terror traz Karloff num papel dúbio, de clima lúgubre e trama obscura. “Serenata do terror tem um roteiro deliciosamente relapso e descontraído. Invasão satânica é o mais estrambótico do lote. E Câmara do pavor, o mais bizarro. Todos com personagens caricatos, freaks ou insanos.



Karloff, Monstro Sagrado do Horror, veio falecer a 2 de fevereiro de 1969, aos 81 anos de idade, em Sussex, Inglaterra. Foram 50 anos de atividades em prol da carreira cinematográfica, mais de 150 filmes e incontáveis aparições em programas de TV, shows e séries. Por isso tudo, e muito mais, Boris Karloff é, até hoje, ídolo de uma legião de fãs, que adquirem seus filmes, promovem sessões de vídeo, fazem fanzines, abrem sites etc.



Sergio Júnior*
 _________

Sergio Júnior é editor dos fanzines "Fécum" (que completa 40 anos em circulação neste ano de 2019) e "Guiminha". É também membro do fã-clube oficial do Capitão AZA.

sábado, 13 de abril de 2019

UM ESTRANHO ENTRE NÓS


É provável que as pessoas reajam com estranhamento à pergunta “O que...?” e a confundam com a óbvia “Quem...?”. No caso específico de "O que é o Superman", a distinção entre matéria e substância ainda assim não impede que um número expressivo de entrevistados responda: - “É um herói”. De fato, a personagem criada por Joe Shuster e Jerry Siegel, em 1938, foi delineada como tal, mas antes de ser um herói o Superman é algo que para essa mesma massa de entrevistados passa quase despercebido: ele é um alienígena.

E isso é curioso: o que nos leva a nutrir extremo fascínio por um alienígena e não notarmos a sutileza? É pelo fato de o Superman ser um herói? Ou de ser uma personagem da ficção? Se déssemos de cara com um alienígena real, nós o trataríamos com a mesma simpatia e devoção que devemos ao Superman? Não será provável que a sensação de pânico nos faça (re)agir de forma hostil? Se esse forasteiro de "carne e osso" fosse um herói em seu planeta natal, deter-nos-íamos para avaliar se ele mereceria a nossa repulsa? Por que tangenciamos a ficção, em vez de lidarmos de modo racional com aquilo que desconhecemos (medo) ou com o que não enxergamos (ignorância)?

À primeira vista, o rumo desta abordagem pode parecer inoportuno, afinal a probabilidade de darmos de cara com um alienígena real tende a zero. Esse não é o ponto. Em Krypton, seu planeta natal, Kal-El1 não era um herói. Alcançou a Terra na condição de exilado2 e tornou-se herói aqui porque seus poderes extraordinários se manifestaram quando adentrou a atmosfera de nosso planeta. Ou seja, houve uma mudança de estado, de condição. E de mentalidade. Vivendo entre nós, Kal-El se afeiçoou ao povo terreno, tomando para si a responsabilidade de defender tanto o planeta que abraçou como seu novo lar quanto seus habitantes. Em suma, tornou-se herói porque optou por proteger a vida como um todo, sem concessões.

Mas, convém dizer, a transição de Kal-El para Superman não foi simples. Também ele deparou com a dúvida, a ignorância, a violência, o preconceito e o medo - reais ou imaginários, seus e dos terráqueos -, pois estava consciente da sua condição alienígena e da grandeza da missão a que se propôs. Esse "atordoamento" momentâneo é normal quando se modifica um cenário ou quando responsabilidades são assumidas. Afinal, ninguém evolui no medo.

O ponto é que, de forma análoga, e guardadas as proporções, nós, humanos, somos heróis. Não como o Superman; não fomos privilegiados com visão de raio-x, superforça ou incrível velocidade, mas, assim como ele, somos indivíduos, únicos, indivisíveis: cada um com suas potencialidades e limitações, desejos e frustrações, vontades e decepções, objetivos e lutas. Ele, o herói extraterreno, simboliza o que há de melhor em nós: gravados nos genes humanos estão: nossa herança histórica, nossa memória e nosso conhecimento, acumulados nesta e em outras vidas; e variáveis como disciplina, bravura, determinação, caráter, proatividade (postura diante da vida), humildade, bondade, compaixão, perseverança, fé e amor. Tudo isso alinhado à nossa predisposição para o aprendizado, nossa curiosidade ancestral pelas coisas do mundo e nossa tenacidade no enfrentamento das adversidades. Estas são as forças compensatórias que tecem o equilíbrio no mundo, a energia que podemos e devemos trabalhar em nós e oferecermos uns aos outros. É essa a ideia que expressa o real fundamento da pergunta que os adultos fazem às crianças: - “O que você quer ser, quando crescer?”, pois raros são os que se esforçam para que a resposta seja: - "Uma boa pessoa".

Essas forças compensatórias, convém ressaltar, nos são caras. Qualquer pessoa que traga consigo o peso do equilíbrio e do bom senso é um alienígena. Se exilássemos o medo, a dúvida, a violência, a ignorância e o preconceito, tomaríamos para nós a responsabilidade real de dedicarmos ao nosso mundo e àqueles que nos estão próximos o cuidado que lhes é devido. Este é o nosso desafio, nossa missão primordial. Trata-se de assumirmos o nosso papel em um processo holístico de correição, de aperfeiçoamento, de transmutação e de progresso contínuos. É isso o que chamamos de evolução. Assimilando o conceito, compreenderemos então o fascínio que o Superman exerce sobre nós, esse estranho sobrenatural que, mesmo derivado de uma obra de ficção, mantém-se devido a características essencialmente humanas as quais regem tudo que ousamos tocar.

1 nome do Superman em seu planeta, Krypton.

2 lançado no espaço em uma cápsula por seu pai, Jor-El, momentos antes de Krypton explodir.

(Francisco Filardi)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

SONINHA "MEU MARIDO"


Combinaram o chá na casa da Janota para às 16h de uma quarta-feira. Eram as tais amigas de Madame Filardi que se reuniam, como de costume, para degustar uma generosa variedade de bolos, doces e biscoitos finos (além dos chás, claro), enquanto se dedicavam ao esporte mais praticado em terras tupiniquins: a maledicência.


Essa versão do clube da Luluzinha para sexagenárias não se tratava de um grupo exclusivo, é bom que se diga. Dessas reuniões também participavam eventuais convidadas, por indicação de alguma veterana. Ou seja, as novatas eram escolhidas a dedo (sem trocadilho). Pelo menos, era o que pensavam até a Soninha dar as caras por lá. A mais nova amiga do peito da Matilda (seja lá o que isso queira dizer) andava na casa dos quarenta; de aparência refinada e um tanto esnobe, tinha o jeito afetado por uns cacoetes tais que logo a colocaram na alça de mira de Madame Filardi - esta abençoada com o talento incomum de farejar nos ambientes o indiscreto aroma da frescura.

A graça dessas reuniões estava no fato de que maridos e ex-maridos eram sempre elevados à solene condição de judas da vez - e na maior cara de pau, pois boa parte desses digníssimos senhores já havia sido despachada para o outro mundo. Mas a fofoca das madames corria frouxa como se o frescor de novidade ainda pairasse por ali. A turma na casa dos quarenta (caso da Soninha) não negava fogo. Ao contrário, até puxava o coro, no maior despudor. Era um tal de fulano fez isso, beltrano fez aquilo etc tal. Era assunto que não acabava.

Lá pela terceira ou quarta aparição da Soninha, a turma ficou sabendo que seu marido (é, ela tinha marido) era gerente na administração superior de uma multinacional, algo raríssimo entre as frequentadoras habituais, e o Ari Anacleto - eis o nome - não tardou a tornar-se o hit do momento no clube de fofocas da Janota.

Tudo ia bem, com uma conversa aqui, outra ali, até que o clima azedou. Ninguém soube dizer, mas o despretensioso bate-papo, sobre trabalho doméstico, desaguou num tremendo bafafá. E foi a Janota quem veio com a corda:

- Acho um absurdo esse negócio de mulher não trabalhar fora. No meu tempo (havia muito, ela quis dizer), eu dava duro, chegava junto do meu saudoso Arlindo. E arrematou: - Se a mulher não ajudar o marido e não trouxer um dinheirinho para casa, é certo que o casamento voa pela janela!

Foi aí que a Soninha, entrou com a caçamba. Indignou-se de tal modo como se a assertiva da Janota fosse a coisa mais absurda que já ouvira. Orgulhosíssima, a novata empertigou-se na cadeira, com o nariz empinado, ergueu a mão direita sobre o peito, à altura do coração, e, batendo sobre este repetida e freneticamente, soltou essa:

- Pois fiquem sabendo que o MEU MARIDO (com ênfase no MEU) - e deu uma pausa - o MEU MARIDO ME SUSTENTA! (dessa vez, a ênfase foi no MARIDO).

À essa altura, Madame Filardi, que se deliciava com um biscoitinho amanteigado, engasgou-se com o que ouvira e, qual um avestruz, já procurava um buraco qualquer onde pudesse meter a cabeça. As irmãs Liduína e Lidoca, sabedoras de onde ia dar aquilo, tomaram a Madame pelos braços e conduziram-na ao toilette, onde esta pôde aliviar-se desavergonhadamente numa sonora gargalhada (abafada por uma toalha de rosto, o que, convém dizer, não adiantou muito). Soninha só não ouviu o descaramento da Madame porque Janota morava em Copacabana, num desses apartamentos antigos em que o banheiro ficava a léguas da sala de estar.

Já Madame Ágata, que andava metida em assuntos de ocultismo e de espiritualidade, apelou para o Além em busca de algo que lhe pudesse esclarecer o que andava pela cachola da Soninha.

Ofendida, a novata partiu para um desaforado bate-boca com a Janota, logo apartadas pela turma do deixa disso. Ainda assim, a coisa não acabou bem. Depois de ter a sua honra maculada, a birrenta Soninha foi-se embora, batendo a porta atrás de si. E nunca mais se soube dela, para o alívio geral da turma. Nem mesmo a Matilda, agora ex-amiga do peito, soube do seu paradeiro.

Como as modernosas sexagenárias não perdiam a viagem, desde então as amigas passaram a referir-se à desafeta pela alcunha MEU MARIDO. A Soninha, é claro, não sabe. Ainda.

(Francisco Filardi)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

SONATA DE OUTONO: QUANDO O RESSENTIMENTO IRROMPE



"Para mim, o homem é uma criação incrível, uma ideia inconcebível.  No homem, existe tudo, do começo ao fim.  O homem é a imagem de Deus e, em Deus, existe tudo.  E o ser humano foi criado, mas também os demônios, os santos, os profetas, os artistas e os iconoclastas.  Tudo existe  paralelamente.  São como padrões grandiosos mudando o tempo todo.  Da mesma forma, deve haver inúmeras realidades, não só esta que percebemos com nosso sentidos embotados, mas um amontado de realidades se sobrepondo umas às outras.  É medo e presunção acreditar em limites.  Não existem limites, nem para os pensamentos nem para os sentimentos.  É a ansiedade que impõe limites."

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

NO LIMIAR DA VIDA, UM DRAMA SOBRE A MATERNIDADE


- "O que acha que é a solidão?  Uma serenidade tranquila, uma segurança inviolável?  Isso é uma ilusão, Cissi.  A verdadeira solidão é um ato de coragem, atrás do qual um medo constante se oculta."

Na enfermaria de uma maternidade, três mulheres expõem suas angústias, seus medos, suas esperanças e a solidão que antecede o parto.

Um drama imperdível do mestre Ingmar Bergman.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

"SORRISOS DE UMA NOITE DE AMOR: A COMÉDIA DE UM MESTRE CENTENÁRIO"


"Se as pessoas soubessem como faz mal ouvir o que os outros dizem nem se incomodariam em ouvir e se sentiriam bem melhores".


"É impossível proteger um ser humano de qualquer tipo de sofrimento.  É isso o que nos deixa tão exaustos".


No ano do centenário de nascimento de Ingmar Bergman (1918-2007), a Versátil Home Video disponibiliza quase todo o catálogo do cineasta sueco no formato DVD. 

Bergman, que apreciava explorar as várias facetas da personalidade, também sabia fazer comédias leves e refinadas como Sorrisos de uma noite de amor (Sommarnattens Leende), produzida pela Svensk Filmindustri e lançada em 1955.

A seu favor, Bergman tinha à disposição um elenco acima da média, sendo alguns desses atores figurinhas fáceis em seus filmes, a exemplo de Gunnar Björnstrand, Eva Dahlbeck, Margit Carlqvist, Bibi Andersson e sua xará espoleta Harriet Andersson.  

Mas o que faz desse um dos grandes títulos da filmografia de Bergman é a trama bem construída, inspirada livremente na sisuda obra de Shakespeare Sonho de uma noite de verão. As maquinações da parte feminina do elenco, encabeçada por Eva Dahlbeck, divertem o público e fazem desse um filme delicioso para celebrar o centenário de Bergman.

Intervalo recomenda!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

CENTRAL DE ATENDIMENTO AO ELEITOR NA SEDE DO TRE-RJ RETOMA ATENDIMENTO

 

Conforme divulgado no último dia 30/11/2018, a Central de Atendimento ao Eleitor (CAE) da sede do TRE-RJ, no Centro do Rio, voltou a atender ao público.

No local, eleitores de todo o estado podem realizar serviços como emissão da primeira via do título, transferência, atualização de dados ou mudança de local de votação, entre outros. O atendimento é realizado por ordem de chegada, sem necessidade de agendamento.

A CAE está situada na Av. Presidente Wilson, n° 198, térreo, no bairro Castelo (em frente à Academia Brasileira de Letras), e funciona de segunda a sexta-feira, das 11h às 18h.

fonte: TRE-RJ

sábado, 4 de agosto de 2018

CANAL BRASIL EXIBE "XINGU", SÉRIE SOBRE A LUTA DOS IRMÃOS VILLAS-BÔAS PELOS DIREITOS INDÍGENAS


O cineasta Cao Hamburguer assinou, em 2010, um longa-metragem sobre a história dos irmãos Villas-Bôas, os primeiros homens brancos a adentrar as reservas indígenas do norte do estado do Mato Grosso e principais responsáveis pela criação do Parque Nacional do Xingu. Dois anos depois, o filme recebeu adaptação e se transformou em uma série de televisão, trazendo cenas inéditas e concedendo mais espaço a alguns personagens de menor relevância na película. O programa foi ao ar pela Rede Globo em 2012 e chega ao Canal Brasil no domingo, 5 de agosto, às 21h, para ser exibido pela primeira vez na televisão fechada.

A série resgata o início do percurso dos três revolucionários expedicionários pelo interior do país em missão ordenada pelo então presidente Getúlio Vargas. Em 1943, o governo organizou um movimento chamado de “Marcha pelo Oeste”, abrindo caminho pelo sul da Amazônia. Os irmãos Villas-Bôas deixaram para trás a formação acadêmica relevante e o sucesso em seus empregos para embarcar em uma aventura sem precedentes Brasil adentro – eles possuíam perfil bastante diferente da maioria dos homens recrutados para a missão, preponderantemente formada por trabalhadores rurais e braçais. Os primeiros a assinar o passaporte foram Cláudio (João Miguel) e Leonardo (Caio Blat), sendo seguidos por Orlando (Felipe Camargo), o mais velho do clã.

A família vive uma experiência sem precedentes pelo centro-oeste do Brasil. Em meio às matas e rios, eles se deparam pela primeira vez com índios da região. No lugar do enfrentamento visado pelas autoridades e por posseiros, desejosos de trazer o chamado progresso à região, escolheram o diálogo e convívio pacífico, buscando entender a língua, os costumes e a relação deles com a natureza. Os irmãos formam um trio de personalidades distintas que se completam de maneira fundamental para o sucesso. Orlando intermedeia os contatos entre locais e o governo. Cláudio é idealista e estabelece relações de fidelidade com os novos conterrâneos; e Leonardo é vibrante e corajoso, mas a juventude pode colocar em risco as conquistas. Sintetizando 20 anos passados pelos irmãos no local, a atração mostra como eles foram figuras cruciais para garantir o direito fundamental dos indígenas à demarcação de suas terras.

XINGU (2012) (4 x 30’)
Estreia: Domingo, dia 05/08/2018, às 21h
Quando: Domingos, às 21h
Classificação: 12 anos
Direção: Cao Hamburger

fonte: Palavra! Assessoria em Comunicação

domingo, 29 de julho de 2018

QUEIMAR OU NÃO QUEIMAR: A REALIDADE POR TRÁS DE FARENHEIT 451



Existe mais de uma maneira de queimar um livro.  E o mundo está cheio de pessoas carregando fósforos acesos.  Cada minoria, seja ela batista, unitarista; irlandesa, italiana, octogenária, zen-budista; sionista, adventista-do-sétimo-dia; feminista, republicana; homossexual, do evangelho-quadrangular, acha que tem a vontade, o direito e o dever de esparramar o querosene e acender o pavio.  Cada editor estúpido que se considera fonte de toda literatura insossa, como um mingau sem gosto, lustra sua guilhotina e mira a nuca de qualquer autor que ouse falar mais alto que um sussurro ou escrever mais que uma rima de jardim de infância.

(Ray Bradbury, nos pós-posfácio de seu livro Farenheit 451, de 1953).

"MEU JANTAR COM ANDRÉ" (1981), UM PASSEIO PELA FILOSOFIA EXISTENCIALISTA


Numa época em que não havia globalização, internet, telefones celulares, redes sociais e inteligências artificiais, o diretor francês Louis Malle conduziu o interessante Meu jantar com André, história real em que o diretor de teatro Andre Gregory e o ator Wallace Shawn (conhecido dos brasileiros por suas participações nos seriados The good wife, ER - Plantão médico e The gossip girl, entre outros), reencontram-se em um restaurante, após longa ausência de Gregory, para colocar a conversa em dia.

Ambos se debruçam sobre uma discussão filosófica existencialista de alto nível a fim de desfiar suas experiências com o teatro experimental, a forma como os seres humanos conduzem sua vidas e a suspeita de que todos representamos papéis em uma vida que não nos pertence, que os roteiros de nossas vidas são escritos a partir de uma falsa percepção de nós mesmos.

O fragmento do discurso de Andre Gregory, a seguir, evidencia a indiferença, a solidão, a dificuldade de relacionamento, a dissimulação e a ausência de sentimentos e pensamentos que caracterizam, de forma inquietante, o tempo presente - embora tais temas sejam considerados normais, em qualquer parte do mundo. Confiram:


[...] apenas alguns dias atrás, eu conheci esse homem a que muito admiro. Ele é um físico sueco. Gustav Björnstrand. Ele me disse que não assiste a televisão; ele não lê jornais, não lê revistas. Ele os tirou de sua vida por completo, porque sente que estamos vivendo algum tipo de pesadelo orwelliano e que tudo o que ouvimos hoje contribui para transformar-nos em robôs.

Quando eu estava em Findhorn, conheci esse extraordinário especialista que dedicou sua vida a salvar árvores. Acabou de voltar para Washington, para fazer lobby em prol das sequoias. Ele tem 84 anos de idade e sempre viaja com uma mochila, porque nunca sabe onde estará amanhã. Quando o conheci em Findhorn, ele me disse: "De onde você é?". Eu disse: "Nova Iorque". Ele disse: "Ah, Nova Iorque! Sim, um lugar muito interessante. Você conhece um monte de nova-iorquinos que falam que querem ir embora mas nunca vão?". E eu disse: "Oh, sim". E ele disse: "Por que você acha que eles não vão?". Eu lhe dei diferentes teorias banais. Ele disse: "Oh, eu não acho que seja isso. Acho que Nova Iorque é modelo para um novo campo de concentração, onde o campo foi construído pelos próprios presos e os presos são os guardas, e eles têm orgulho dessa coisa que construíram. Eles construíram sua própria prisão. E assim eles existem num estado de esquizofrenia onde eles são tanto guardas quanto prisioneiros. E, como resultado, eles já não têm - tendo sido lobotomizados - a capacidade de deixar a prisão que eles fizeram ou mesmo de vê-la como uma prisão". E então ele pôs a mão no bolso e tirou uma semente de árvore e disse: "Isto é um pinheiro". Colocou-a na minha mão e disse: "Escape, antes que seja tarde demais".

Na verdade, pelos últimos dois ou três anos, Chiquita e eu temos essa sensação desagradável de que realmente devemos ir embora. Nós realmente nos sentimos como os judeus da Alemanha no final dos anos 30. Saia daqui. Claro que o problema é onde ir. Porque parece bastante óbvio que o mundo inteiro está indo na mesma direção. Acho perfeitamente possível que os anos 60 representaram a última irrupção do ser humano antes de ele ser extinto e que este é o começo do resto de futuro, e que a partir de então haverá todos esses robôs andando por aí, sem sentir nada, sem pensar nada. E não sobrará ninguém para lembrá-los de que uma vez houve uma espécie chamada "ser humano", com sentimentos e pensamentos, e que a história e a memória estão sendo apagadas. Logo, ninguém realmente vai se lembrar de que a vida existiu no planeta.

Agora, obviamente, Björnstrand sente que não há quase esperança alguma e que estamos provavelmente retornando a um período selvagem, sem lei e aterrorizante. As pessoas da Findhorn veem isso de modo um pouco diferente. Eles sentem que haverá esses bolsões de luz surgindo em diferentes partes do mundo e que estes serão, de certa forma, planetas invisíveis, neste planeta, e que enquanto nós, ou o mundo, nos tornamos ainda mais frios, poderemos fazer viagens espaciais invisíveis a esses planetas, reabastecer para o que precisamos de fazer no planeta em si e voltar. E a percepção deles de que deve haver centros agora, onde as pessoas podem reconstruir um novo futuro para o mundo. E, quando eu estava falando com Gustav Björnstrand, ele disse que, na verdade, esses centros estão crescendo em todos os lugares agora e que o que eles estão tentando fazer - que é o que Findhorn estava tentando fazer e, de certa forma, o que eu estava tentando fazer... quero dizer, estas coisas não podem ser nomeadas, mas, de uma maneira, são todas tentativas de se criar um novo tipo de escola ou um novo tipo de mosteiro. E Björnstrand fala ainda sobre o conceito de "reservas", ilhas de segurança onde a história pode ser lembrada e o ser humano pode operar a fim de manter a espécie humana enquanto atravessamos uma idade sombria. Em outras palavras, estamos falando sobre um submundo, o que existia, de uma forma diferente, na Idade Média, entre as ordens místicas da Igreja. O objetivo desse submundo é descobrir como preservar a luz, a vida, a cultura, em como manter as coisas vivas.

Sabe, eu fico pensando que o que nós precisamos é de uma nova linguagem, a linguagem do coração, uma língua como na floresta polonesa, onde a linguagem não foi necessária. Algum tipo de linguagem entre as pessoas que é um novo tipo de poesia. Essa é a poesia da abelha dançante que nos diz onde o mel está. E eu acho que, a fim de criar essa linguagem, vamos ter que aprender a como passar por um espelho e achar a outro tipo de percepção na qual temos aquela sensação de estarmos unidos a todas as coisas e que, de repente, compreendemos tudo.

Meu jantar com André (My dinner with Andre, 1981)
Direção: Louis Malle
Atores: Andre Gregory e Wallace Shawn
lançado em DVD no Brasil pela coleção Obras Primas (111 min).

Intervalo recomenda!

LIVRO SOBRE AS 100 MELHORES ANIMAÇÕES BRASILEIRAS É LANÇADO NO RIO DE JANEIRO



A Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), a Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA), o Canal Brasil e a Editora Letramento se uniram para publicar o livro Animação Brasileira – 100 filmes Essenciais. Depois de ser apresentado em Annecy, na França, no principal festival do mundo dedicado à técnica, o livro foi lançado durante o Anima Mundi, no Centro Cultural dos Correios, no dia 24 de julho.

Além de aproximar a crítica da animação, estamos preenchendo com este livro uma lacuna histórica, em que várias animações importantes estão ganhando o seu primeiro texto crítico”, observa Paulo Henrique Silva, presidente da Abraccine.

Para Paulo Mendonça, diretor geral do Canal Brasil, o livro reafirma a importância da animação brasileira. O Canal tem a responsabilidade de ser a casa do cinema brasileiro na televisão por assinatura e se orgulha de, mais uma vez, poder ser parceiro da Abraccine na produção deste livro, onde os nossos mais representativos críticos de cinema reconhecem e comentam as cem maiores animações já produzidas no país, disse.

Com base num ranking de filmes divulgado no final do ano passado*, o livro reúne textos sobre títulos importantes na trajetória da animação do país, escritos por 103 críticos, pesquisadores e professores de cinema. Organizada por Gabriel Carneiro e Paulo Henrique Silva, a publicação tem formato de luxo, é fartamente ilustrada e conta com cerca de 400 páginas. Apresenta também vinte artigos históricos que registram os principais movimentos e personagens da centenária história, iniciada com o curta-metragem "O Kaiser", dirigido por Seth e lançado em fevereiro de 1917.

Animação Brasileira integra uma coleção que já conta com os títulos "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016) e "Documentário Brasileiro: 100 Filmes Essenciais" (2017), produzida por Abraccine, Canal Brasil e Editora Letramento.

Lista dos 100 filmes incluídos no livro:

1. O Menino e o Mundo (2013), de Alê Abreu
2. Uma História de Amor e Fúria (2013), de Luiz Bolognesi
3. Meow! (1981), de Marcos Magalhães
4. Até que a Sbórnia nos Separe (2013), de Otto Guerra e Ennio Torresan Jr.
5. Dossiê Rê Bordosa (2008), de Cesar Cabral
6. Sinfonia Amazônica (1953), de Anélio Latini Filho
7. Guida (2014), de Rosana Urbes
8. Boi Aruá (1984), de Chico Liberato
9. Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock'n'Roll (2006), de Otto Guerra
10. Animando (1983), de Marcos Magalhães
11. Frankstein Punk (1986), de Cao Hamburger e Eliana Fonseca
12. As Aventuras da Turma da Mônica (1982), de Maurício de Sousa
13. Até a China (2015), de Marão
14. Cassiopéia (1996), de Clóvis Vieira
15. O Projeto do meu Pai (2016), de Rosaria
16. Torre (2017), de Nádia Mangolini
17. De janela pro cinema (1999), de Quiá Rodrigues
18. Piconzé (1973), de Ippe Nakashima
19. O Grilo Feliz (2001), de Walbercy Ribas
20. Linear (2012), de Amir Admoni
21. Castillo y el armado (2014), de Pedro Harres
22. A Garota das Telas (1988), de Cao Hamburger
23 As Aventuras do Avião Vermelho (2012), de Frederico Pinto e José Maia
24. Menina da Chuva (2010), de Rosaria
25. Almas em Chamas (2000), de Arnaldo Galvão
26. Historietas Assombradas (para crianças malcriadas) (2005), de Victor-Hugo Borges
27. As Aventuras de Virgulino (1939), de Luiz Sá
28. Macaco Feio... Macaco Bonito… (1928), de Luis Seel
29. Deus é Pai (1999), de Allan Sieber
30. Novela (1992), de Otto Guerra
31. Amassa que elas gostam (1998), de Fernando Coster
32. A Princesa e o Robô (1984), de Maurício de Sousa
33. Minhocas (2006), de Paolo Conti
34. Eu queria ser um monstro (2009), de Marão
35. The Masp Movie: O Filme do Masp (1986), de Hamilton Zini Jr., Salvador Messina e
Sylvio Pinheiro
36. O Divino, De Repente (2009), de Fabio Yamaji
37. O Quebra Cabeça de Tarik (2015), de Maria Leite
38. Adeus (1988), de Céu D'Ellia
39. Ritos de Passagem (2012), de Chico Liberato
40. Quando os Dias Eram Eternos (2016), de Marcus Vinícius Vasconcelos
41. O Átomo Brincalhão (1964), de Roberto Miller
41. O Céu no Andar de Baixo (2010), de Leonardo Cata Preta
43. Vida Maria (2006), de Márcio Ramos
44. Josué e o pé de macaxeira (2009), de Diogo Viegas
45. Pudim de Morango (1978), de Ingrid, Rosane, Elizabeth e Helmuth Wagner
46. Furico e Fiofó (2011), de Fernando Miller
47. Graffiti Dança (2013), de Rodrigo EBA!
48. Rocky & Hudson, os Caubóis Gays (1994), de Otto Guerra
49. Jonas e Lisa (1994), de Daniel Schorr e Zabelle Côté
50. Balloons (2007), de Jonas Brandão
51. Calango Lengo - Morte e vida sem ver água (2008), de Fernando Miller
52. Passo (2007), de Alê Abreu
53. Tyger (2006), de Guilherme Marcondes
54. Faroeste: um autêntico western (2013), de Wesley Rodrigues
55. Noturno (1986), de Aída Queiroz
56. Tzubra Tzuma (1983), de Flavio del Carlo
57. Deu no Jornal (2005), de Yanko Del Pino
58. Yansan (2006), de Carlos Eduardo Nogueira
59. Casa de Máquinas (2007), de Daniel Herthel e Maria Leite
60. Hamlet (1975), de José Rubens Siqueira
61. Tempestade (2010), de Cesar Cabral
62. Ballet de Lissajous (1973), de Aluizio Arcela Jr. e José Mário Parrot
63. Até o Sol Raiá (2007), de Fernando Jorge e Leanndro Amorim
64. Os Anjos do Meio da Praça (2010), de Alê Camargo e Camila Carrossine
65. Vênus - Filó, a fadinha lésbica (2017), de Sávio Leite
66. Cabeça Papelão (2012), de Quiá Rodrigues
67. Balanços e Milkshakes (2010), de Erick Ricco e Fernando Mendes
68. Céu, inferno e outras partes do corpo (2011), de Rodrigo John
69. A Saga da Asa Branca (1979), de Lula Gonzaga
70. Caminho dos Gigantes (2016), de Alois Di Leo
71. O Ex-mágico (2016), de Maurício Nunes e Olímpio Costa
72. Abstrações: Estudos n°. 1 (1960), de Bassano Vaccarini e Rubens Francisco Lucchetti
73. AmigãoZão (2005), de Andrés Lieban
74. Castelos de Vento (1998), de Tania Anaya
75. Dia Estrelado (2011), de Nara Normande
76. Planeta Terra (1986), coletivo
77. Viagem na Chuva (2014), de Wesley Rodrigues
78. El Macho (1993), de Ennio Torresan Jr.
79. Quando os Morcegos se Calam (1986), de Fabio Lignini
80. Chifre de Camaleão (2000), de Marão
81. Faz Mal... 2: Super-Tição! (1984), de Stil
82. Aquarela (2003), de Andrés Lieban
83. Belowars (2008), de Paulo Munhoz
84. A Lasanha Assassina (2002), de Ale McHaddo
85. Cidade Fantasma (1999), de Lisandro Santos
86. Primeiro Movimento (2006), de Érica Valle
87. Peixonauta - Agente secreto da O.S.T.R.A. (2012), de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo
88. História Antes de uma História (2012), de Wilson Lazaretti
89. Égun (2015), de Helder Quiroga
90. Campo Branco (1997), de Telmo Carvalho
91. Informística (1986), de Cesar Coelho
92. Fluxos (2014), de Diego Akel
93. Engolervilha (2003), coletivo
94. Juro que Vi (2003-2009), de Humberto Avelar e Sergio Glenes
95. Lúmen (2007), de William Salvador
96. Os 3 Porquinhos (2006), de Cláudio Roberto
97. Reflexos (1974), de Antônio Moreno e Stil
98. Linhas e Espirais (2009), de Diego Akel
99. Terminal (2003), de Leonardo Cadaval
100. Squich! (1992), de Flavio del Carlo

*Critérios de votação - A eleição das 100 melhores animações brasileiras é fruto de uma parceria da ABCA com a Abraccine. Num primeiro momento, a associação de animadores escolheu internamente os 100 trabalhos mais representativos de sua história, sem qualquer ordem de preferência no resultado final. Em seguida, a Abraccine montou uma comissão especial para incluir mais alguns títulos, ausentes na lista original, mas que pareciam importantes de serem considerados. A partir dessa lista de 115 títulos, os votantes escolheram os 50 melhores, em ordem de preferência. Os 100 mais bem posicionados compõem o ranking.

(fonte: Palavra Assessoria em Comunicação)

quinta-feira, 12 de julho de 2018

REVIVAL DO SERIADO WILL & GRACE GARANTE 3a. TEMPORADA PARA 2019 E 1a. TEMPORADA CHEGA AO BRASIL EM HOMEVIDEO EM AGOSTO DE 2018


Will & Grace, em suas 8 temporadas entre os anos de 1998 e 2006, foi uma das primeiras séries que levaram para a telinha questões sobre o mundo LGBT.  Trata-se de um dos grandes êxitos de audiência da rede NBC nos Estados Unidos (e também no Brasil), por valer-se da extraordinária e rara química entre os atores Erick McCormack (Will), Debra Messing (Grace), Megan Mullally (Karen) e Sean Hayes (Jack) que compartilharam a condição de protagonistas.  Com diálogos ágeis e humor inteligente, Will & Grace é uma das séries mais apreciadas da história da TV.

Em 2017, o elenco original da série, bem como seus criadores Max Mutchnik e David Cohan,  reuniu-se para um Revival (no Brasil, exibido pelo canal FOX), cuja temporada de reestreia conta com 16 episódios.  O box dessa primeira temporada do Revival será comercializado no Brasil a partir de 22/08/2018.

Assistam ao trailer oficial:

 
Em agosto de 2017, a revista Entertainment Weekly deu destaque ao retorno da série, em matéria assinada por Lynette Rice.  Vejam a capa:


 Uma grande notícia para os fãs.  Intervalo Rio recomenda!