terça-feira, 3 de julho de 2012

V DE VINGANÇA VOLTA ÀS BANCAS, EM COMEMORAÇÃO AOS 30 ANOS DE SEU LANÇAMENTO


 
"A autoridade, quando detecta o caos pela primeira vez em seus calcanhares, fará as coisas mais vis para preservar a FACHADA de ordem... mas, como sempre, ordem sem JUSTIÇA, sem AMOR ou LIBERDADE, não pode deter a derrocada de seu mundo para o holocausto".


Em 1982, o roteirista britânico Alan Moore e seu compatriota, o desenhista de graphic novels David Lloyd, lançavam a primeira edição de um dos maiores êxitos comerciais das histórias em quadrinhos: V for Vendetta (no Brasil, V de Vingança), ambientada numa sociedade inglesa caótica, submersa no regime totalitário (clara referência ao big brother de 1984, de George Orwell). 

Inspirada na Conspiração da Pólvora, fracassada tentativa de explosão do parlamento inglês e do assassínio do rei Jaime I, no início do século XVII, V de Vingança evoca a figura de Guy Fawkes, elemento central desse episódio histórico - fundamentado na insatisfação de católicos radicais com a política repressiva do rei protestante. Fawkes foi preso, em 05 de novembro de 1605, com grande quantitativo de explosivos no no porão do parlamento. Foi torturado - e morto na forca, em janeiro do ano seguinte.  Até hoje, em 5 de novembro, é celebrada a Noite das Fogueiras (Bonfire Night), em memória de Fawkes. 

Em comemoração aos 30 anos desse fenômeno editorial, a Panini relança nas bancas de jornais brasileiras uma edição especial, no formato dos quadrinhos estadunidenses, incluindo um artigo publicado originalmente pela revista inglesa Warrior, à época do lançamento, em que Alan Moore comenta seu trabalho, duas histórias curtas não incluídas na trama principal e esboços da arte de Lloyd não aproveitados, bem como outros reproduzidos em fanzines e publicações segmentadas.


"Eu perguntava a meu pai: "Quem é aquela moça?", e ele respondia: "É a Madame Justiça", ao que eu replicava: "Como ela é linda". Eu a admirava, apesar da distância. Ainda criança, passando pela rua, eu admirava sua beleza. (...) eu a amava como pessoa, como ideal.  (...) agora, confesso que há outra... (...) Foi a sua infidelidade que me arremessou nos braços dela! Na verdade, não me surpreendi quando soube que você flertava com homens de uniforme. (...) Você não é mais MINHA justiça. (...) Seu nome (dela) é ANARQUIA. E ela me ensinou mais como amante do que você imagina".

"PARA A SUA PROTEÇÃO"

Vale a leitura atenta do texto Quando a máscara e o texto trocam de lugar: o futuro distópico em "V de Vingança", de Fernando Scaff Moura, disponível em arquivo pdf, para download.

Em 2006, V de Vingança foi levado às telas de cinema, em filme dirigido por James McTeighe, sendo protagonizado por Hugo Weaving, como V, (de Priscilla, a rainha do deserto e Matrix) e Natalie Portman (de Cisne Negro), como Evey Hammond.

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