terça-feira, 15 de dezembro de 2015

ORIENTAÇÕES SOBRE A "ZIKA", DOENÇA TRANSMITIDA PELO MOSQUITO AEDES AEGYPTI


Orientações sobre o Zika vírus, conforme recomendações do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz




O que é a zika?



É uma doença viral aguda assim como a dengue e a chikungunya, transmitida principalmente por mosquitos, tais como Aedes aegypti. Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias.




Quais são os principais sinais e sintomas?



Dengue, chikungunya e zika são transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti. E, embora zika, chikungunya e dengue apresentem sinais clinicamente parecidos, como febre, dores de cabeça, dores nas articulações, enjoo e exantema (rash cutâneo ou manchas vermelhas pelo corpo), há alguns sintomas marcantes que as diferem. A principal manifestação clínica de chikungunya, por exemplo, são as fortes dores nas articulações: a artralgia. Essa artralgia pode se manifestar em todas as articulações, mas, em especial, nas dos pés e das mãos, como dedos, tornozelos e pulsos. Na chikungunya, essas dores são decorrentes de um processo inflamatório nas articulações e podem ser acompanhadas de edemas e rigidez.

Também é possível haver esse tipo de dores na dengue e no zika, mas a diferença está, segundo especialistas, na intensidade da dor. Enquanto o paciente com dengue ou zika pode apresentar dores de leves a moderadas, o paciente infectado com chikungunya apresenta dores de nível elevado, tendo como consequência a redução da produtividade e da qualidade de vida. 
 

Com relação à febre, dengue e chikungunya são marcadas pela febre alta, geralmente acima de 39°C e de início imediato. Já os pacientes de zika apresentam febre baixa ou, muitas vezes, nem apresentam febre. Os sintomas relacionados ao vírus zika costumam se manifestar de maneira branda e o paciente pode, inclusive, estar infectado e não apresentar qualquer sintoma. Mas uma manifestação clínica que pode aparecer logo nas primeiras 24 horas e é considerada uma marca da doença é o rash cutâneo e o prurido, ou seja, manchas vermelhas na pele que provocam intensa coceira. Há, inclusive, relatos de pacientes que têm dificuldade para dormir por conta da intensidade dessas coceiras.

Outro sintoma que pode servir nos diagnósticos clínicos dessas doenças é a vermelhidão nos olhos. Enquanto a dengue provoca dores nos olhos, o paciente infectado com zika ou chikungunya pode apresentar olhos vermelhos, com uma conjuntivite sem secreção.

Recentemente foi observada uma possível correlação entre a infecção por zika e a ocorrência de Síndrome de Guillain-Barré (SGB) em locais com circulação simultânea do vírus da dengue, porém não confirmada a correlação.


Quadro comparativo:







Como evitar e quais as medidas de prevenção e controle?



As medidas de prevenção e controle são semelhantes às da dengue e da chikungunya. Não existem medidas de controle específicas direcionadas ao homem, uma vez que não há vacina ou drogas antivirais.




Prevenção domiciliar



Deve-se reduzir a densidade vetorial, por meio da eliminação da possibilidade de contato entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito, mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de elevado risco de transmissão, a proteção individual por meio do uso de repelentes deve ser implementada. Individualmente pode-se utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos. Essas roupas podem proporcionar alguma proteção contra as picadas dos mosquitos e podem ser adotadas principalmente durante surtos, além do uso de repelentes na pele exposta.




Prevenção na comunidade



Na comunidade deve-se basear nos métodos realizados para o controle da dengue, utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a densidade de mosquitos vetores, eliminando-se possíveis focos/criadouros em água parada.

O Ministério da Saúde lançou, recentemente, a campanha nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti, que chama a atenção para importância da limpeza para eliminação dos focos do mosquito da dengue. A campanha tem como slogan “Sábado da faxina. Não dê folga para o mosquito da dengue”. Também haverá campanha informativa para gestantes e mulheres em idade fértil, página na internet e aplicativo de celular com informações sobre microcefalia e vírus zika.




Como denunciar os focos do mosquito?



As ações de controle são semelhantes aos da dengue, portanto coordenadas principalmente para a esfera municipal. Quando o foco do mosquito é detectado e não pode ser eliminado pelos moradores de um determinado local a Secretaria Municipal de Saúde deve ser acionada.




O que é a microcefalia?



A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm.




Quais as causas desta condição?



Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias químicas e agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.




Já há confirmação que o aumento de casos de microcefalia no Brasil é causado pelo vírus zika?



O Ministério da Saúde confirmou no sábado (28/11/15) a relação entre o vírus zika e o surto de microcefalia na região Nordeste. 

 
É possível detectar a microcefalia no pré-natal? Apenas a ultrassonografia é suficiente?



Sim. No entanto, somente o médico que está acompanhando a grávida poderá indicar o método de imagem mais adequado.




Neste momento, qual é a recomendação do Ministério da Saúde para as gestantes?



Neste momento, o Ministério da Saúde reforça às gestantes que não usem medicamentos não prescritos pelos profissionais de saúde e que façam um pré-natal qualificado e todos os exames previstos nesta fase, além de relatarem aos profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação. Também é importante que elas reforcem as medidas de prevenção ao mosquito Aedes aegypti, com o uso de repelentes indicados para o período de gestação, uso de roupas de manga comprida e todas as outras medidas para evitar o contato com mosquitos, além de evitar o acúmulo de água parada em casa ou no trabalho.

Independente do destino ou motivo, toda grávida deve consultar o seu médico antes de viajar.



Por tratar-se de uma doença recente e que ainda não foi suficientemente estudada pelos pesquisadores, irão surgir muitas dúvidas e perguntas, bem como boatos e informações desencontradas, especialmente nas mídias sociais. 
 

É importante, num momento como este, que busquemos as informações de fontes seguras e confiáveis. 

 

Recomendamos a consulta a Agência Fiocruz de Notícias para as últimas informações.


http://www.fiocruz.br/agencia://agencia.fiocruz.br, além dos canais oficiais da Fundação:


 



fonte: TRE-RJ

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

NADA INOCENTE (de Francisco Filardi)




Rosana aproximou-se de Célio, no intervalo das aulas, e disparou:

- Celinho, namora comigo?

Ele já havia a havia notado. Era pequena, de pele alva e longos cabelos negros caídos às costas. O rosto, levemente arredondado, era perfeito, sem marcas. E trazia nos lábios um sorriso frouxo, de ar atrevido, debochado até. Não usava batom. Nunca. A calça jeans, colada ao corpo, era um atrativo à parte. E a blusa, de tecido fino, realçava a silhueta delineada. Mas, ela não constava das preferências do rapaz. A Célio, Rosana sempre parecera fria, distante. Raras foram as ocasiões em que entabularam conversa. E eram conversas que semeavam certo desprezo (da parte dela). Ela jamais insinuara interesse. Ele, por sua vez, não se impressionara. 

Bem mais maduro que os colegas de sua faixa etária, Célio percebera o tom incomum da pergunta, num desses estranhos pressentimentos que só fazem acender a luz amarela do perigo. E declinou da proposta. Nos dias seguintes, as faltas de Rosana às aulas tornaram-se frequentes. Depois, diárias. Ela desaparecera da escola. Mas a ausência da moça não passara despercebida. Célio, que era o representante de sua turma, foi até à secretaria e informou o sumiço. Solícito, o secretário escolar deu as ordens. E, na manhã seguinte, toda a escola saberia do paradeiro de Rosana. Contatada por telefone, a avó, que residia num bairro afastado, relatou que a moça, agora em sua companhia, estava grávida. E que, envergonhada, abandonara a escola por conta própria. 

Assim que soube, Célio mergulhou numa breve reflexão. Dividia-se entre a raiva (da intenção maldosa de Rosana) e uma surpreendente compaixão. Isto porque, ainda que nutrisse algum sentimento por ela, ainda que houvesse respondido sim àquela pergunta nada inocente, que futuro ele poderia dar à criança (esta, sim, inocente)? A resposta caiu no vazio. E um silêncio aterrador desabou ali. Celinho ergueu o olhar, inspirou lentamente o ar da primavera e agradeceu a Deus por ter-lhe dado juízo.

finalizado a 09.12.2015

domingo, 24 de maio de 2015

UMA VIAGEM PELAS PÁGINAS DE "MICAS E A INFINITA ESTRADA AZUL", DE EMES DE FÁTIMA


UM PASSEIO 
POR ESTRADAS COLORIDAS
(de Francisco Filardi)


Micas é um menino de apenas onze anos de idade. Como toda criança, gosta de brincar e de saber o porquê das coisas. Mas as semelhanças param por aí. Ele não é como a maioria dos meninos de sua idade. Micas percebe o mundo à sua volta com uma sensibilidade própria e até incomum para indivíduos de sua faixa etária. Irrequieto e imaginativo, adora contar histórias sobre mundos de estradas coloridas, repletos de aventuras, mistérios e perigos.


A mãe, Dona Deleide, é sua maior incentivadora. É ela quem prepara carinhosamente o lanchinho da turma que costuma reunir-se no quarto de Micas, para ouvir e maravilhar-se com as histórias de seu filho mais velho. Godofrina, os irmãos Frago e Clarêncio, bem como Juli, Leopolda e Luma – este, irmão mais novo de Micas -, são apresentados a um universo curioso, que se vai descortinando pouco a pouco. “[...] gosto que me conheçam aos poucos. Igual quando tomo sorvete., diz o anfitrião. E assim iniciam a jornada: aos poucos... Com os pés no caminho, os meninos encontram um enigmático par de gatos dançarinos, os quais ronronam seu destemor pela morte (afinal, gatos têm muitas vidas!); deparam com os intrigantes bichos-casa, enormes animais imóveis que mudam de tamanho (será?); conhecem iguarias exóticas, como os deliciosos feijões saltitantes, que, entre um engasgo e outro, fazem festinha no céu da boca; encontram também o não menos exótico povo cabeça-panela, cheios de receitas e comidas que são um verdadeiro desafio para quem não sabe cozinhar! E o que dizer do universo dos espelhos sem reflexo? Você já ficou diante de espelhos que não refletem seu rosto? Então, prepare-se! Vaidoso que só, e por precaução, Micas sempre traz consigo um espelho, mas só ele pode revelar o porquê. Os meninos conhecem também o falante planeta silencioso, um mundo onde tagarelice e silêncio travam um duelo interessante. O que você prefere: a tagarelice ou o silêncio? Falar, falar? Ou calar, calar? Eis a questão. Por fim, os lençóis torcedores de água, os lençóis-lençóis, os lençóis-camas-voadoras! Nossa! São tantos mundos de que nunca ouviram falar! Mas, antes mesmo de colocarem os pés nessas estradas coloridas e aventurarem-se por esses mundos de personagens fantásticas, é preciso um cuidado especial: o de improvisar cabanas com panos coloridos, no quarto de Micas, às escuras, e portar lanternas acesas. Tudo para acrescentar uma aura de suspense e encantamento a essas incríveis histórias. Até os pais dos meninos se interessam em ouvi-las e em participar da brincadeira!


Mas, não é só isso. Há uma estrada, uma estrada magnífica, por onde Micas gosta de viajar: a Infinita Estrada Azul, “a única que não tem fim”. Esse é o caminho que o leva ao seu universo de sonhos e encantos, de curiosas criaturas e experiências únicas. Lá, ele se sente confortável e seguro para explorar suas indagações, experimentar seus medos, ser quem realmente é. “Sou convidado a sair do mundo comum e escolho ser transportado para um mundo muito especial”, ele diz. Quem, afinal, não tem guardado em si um mundo especial?


Ao longo de “Micas e a Infinita Estrada Azul”, a autora, Emes de Fátima, dá pistas de que seu protagonista é bem mais que uma simples personagem: é seu avesso, seu amor pela família, sua visão de mundo, sua história de vida. Cabe aos leitores a perspicácia de um Sherlock Holmes ou o olhar aquilino de um Hercule Poirot para localizar as pistas e sentirem-se tocados pela alma da escritora. As influências vão de Lewis Carroll (“Alice no País das Maravilhas”) e L. Frank Baum (“O mágico de Oz”) a J.K. Rowling (a saga “Harry Potter”), mas Emes de Fátima se vale de aquarela própria para pincelar o universo de Micas com tonalidade tal que resulta em texto leve, capaz de agradar não somente ao público a que se destina, mas a leitores (adultos-crianças) de todas as idades.

Nesse livro, Emes de Fátima parte numa jornada de autoconhecimento, mas é Micas quem a toma pelas mãos e a conduz no passeio pela Infinita Estrada Azul. Afinal, a realidade é dura e ambos precisam de um lugar seguro e belo. Como sabemos, felicidade é algo muito pessoal: [...] se todos estão alegres, esse sentimento também me leva para a Infinita Estrada Azul, e coisas, no mínimo, 'estranhas', acontecem....


No que depender dos leitores, a única “coisa estranha” que poderá acontecer será Micas encontrá-los, sob as cabaninhas improvisadas no escurinho do seu quarto, com as lanternas acesas, à espera de novas e deliciosas histórias. Aliás, já estamos lá.

domingo, 3 de maio de 2015

HIPNOSE COLETIVA

HIPNOSE COLETIVA
(de Francisco Filardi)



Em "A fantástica fábrica de chocolate" (1964), o escritor galês Roald Dahl apresenta aos leitores a personagem Mike Teavee, um menino de nove anos de idade fascinado por televisão. Quando diante do aparelho, Teavee aparenta desconectar-se de tudo o que lhe está à volta, inclusive dos pais, espectadores passivos de seu “transe”. Na versão cinematográfica de 1971, dirigida por Mel Stuart, o menino assiste a filmes de faroeste em roupas de vaqueiro, numa alusão à força hipnótica do veículo. Já na versão assinada por Tim Burton, em 2005, o objeto de fascínio são os jogos violentos de videogames.

Esse estado de alienação de que Mike Teavee é vítima sempre esteve e estará presente em nosso cotidiano. Notadamente, a partir do século XX avanços em campos de conhecimento diversos vêm fazendo o possível para furtar do ser humano o que lhe resta de humanidade. Quem não se lembra das imagens icônicas de Charles Chaplin torcendo parafusos e deslizando por entre engrenagens, em “Tempos modernos” (1936)? Essa notável crítica ao taylorismo¹ retrata o trabalhador fabril como um ser repetitivo, mecanizado, desalmado: o homem, criador da máquina, visto como engrenagem, absorvido pela máquina, fundindo-se a ela. O incrível é que nada mudou nesses quase oitenta anos. A crítica de Chaplin permanece atual e vibrante. O moderno, a novidade, o consumo, a tecnologia, a robótica, tudo não passa de um “canto de sereias” orquestrado para arrastar um número cada vez maior de marujos para o fundo do mar. Ou, se preferirem, um número cada vez maior de trabalhadores desalmados para o interior da máquina.

Os chamados smartphones, por exemplo, telefones portáteis que agregam funções (sendo a de telefonar uma das menos interessantes), mantêm seus usuários em interação silenciosa, alheios ao ambiente, efeito este semelhante ao provocado pela TV sobre Mike Teavee. Basta um passeio pelas ruas, metrô, ônibus, em salas de espera de clínicas médicas e odontológicas, e até em cinemas e casas de espetáculos, para constatarmos a frequência e mesmo a inconveniência desses eletrônicos. O diferente, o incomum hoje é não usarmos os polegares. Mas a quem ou a quê estamos, de fato, conectados?

Quando às ruas, as pessoas abdicam temporariamente do mundo, enquanto se recolhem ao microcosmo individualizado de seus smartphones. É provável que esse teclar frenético e solitário as “proteja”, de algum modo, das ameaças de nosso mundo belicoso, mas tal isolamento, ilusório, impede-as de perceber o impacto que o mundo tem sobre elas, sobre todos nós. Somos corrompidos por imagens porque nosso olhar é incentivado desde a infância – por nossos pais, pela mídia, pela sociedade - a apreciar “estampas”. Aceitamos e absorvemos tão somente o simpático, o carismático, o bom, o belo, o perfeito, sem que alcancemos a ideia que rege esse conceito (corrupção). Perdemos a capacidade objetiva de analisar e de raciocinar, bem como a de coletar e de triar informações. Valorizamos o duvidoso, porque priorizamos a figurinha, não o selo. E é justo essa forma de maravilhamento que nos mantém em uma “bolha”, assim como o menino Mike Teavee. Por isso, não percebemos o perigo.

Nossa enganosa percepção da realidade nos torna “zumbis”, reféns de mentes vivaldinas que estudam e mantêm vigilância sobre nossos passos. Implantes de chips no corpo, identificação biométrica etc, são ideias trabalhadas paciente e sub-repticiamente há décadas, para colocar em xeque nossa liberdade e privacidade. A literatura e os filmes de ficção científica do hemisfério norte do planeta têm, de certo modo, preparado o terreno para uma pavorosa realidade que está por vir. Se há dúvida quanto a isso, basta lembrar que o “Big Brother” (da obra “1984”, escrita por George Orwell em 1948) era considerado ficção, à época de seu lançamento². Nós, os tais zumbis, seguimos a onda, não resistimos a ela, pois maravilhados pelo tal “canto de sereias” não percebemos que nossas embarcações estão próximas dos rochedos. Muitas até já colidiram. A pergunta é: quando acordaremos? Acordaremos?

Quem assistiu a pelo menos uma das versões cinematográficas de “A fantástica fábrica de chocolate”, ou mesmo leu a obra de Dahl, deve ter reagido tanto à hipnose do menino Mike Teavee quanto à inépcia de seus pais. Mas, se olharmos de forma distanciada a maneira como agimos e pensamos, entenderemos que o autor, assim como Orwell e Huxley, era um visionário que nos alertou para perigos reais e iminentes.

Não nos enganemos com esse cupom dourado: Teavee está bem mais próximo de nós do que imaginamos.

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¹ modelo de administração científica, desenvolvido no início do século XX, por Frederick Winslow Taylor (1856-1915).


² O livro “1984” foi publicado originalmente em 1949.