segunda-feira, 17 de setembro de 2012

CAIXA CULTURAL RIO EXPÕE XILOGRAVURAS CUJO TEMA É A BARBÁRIE DE CANUDOS

 CANUDOS, 1985, xilogravura, 37,5 X 50,5cm

Em 142 xilogravuras, Adir Botelho mostra e discute 
uma das mais sangrentas guerras da história brasileira

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro, apresenta de 18 de setembro a 11 de novembro, a exposição Barbárie e espanto em Canudos, com xilogravuras de Adir Botelho. A mostra é composta por 142 peças criadas ao longo de duas décadas (1978 a 1998), sobre um dos episódios mais sangrentos da nossa história. Inspirado no livro “Os Sertões”, de Euclides da Cunha – que completa 110 anos de publicação em 2012 –, o conjunto de peças nunca foi apresentado completo antes para o público.

A obra consiste numa sequência de impressionantes imagens sobre o drama ocorrido no sertão da Bahia que mobilizou o Brasil no final do século XIX. A exposição reúne duas séries, “Canudos”, concebida em xilogravura, e a série “Agonia e morte de Antônio Conselheiro”, em desenhos a carvão. Embora os trabalhos possuam caráter independente, as séries se interligam em conjunto harmonioso, com características e traços próprios.

Sobre Adir Botelho:

Considerado um dos maiores gravadores modernos brasileiros, discípulo de Raimundo Cela e Oswaldo Goeldi, com quem manteve estreito convívio profissional e afetivo, Adir Botelho possui uma sensibilidade rara e uma linguagem extremamente pessoal, afirma Monica Braunschweiger Xexéo, diretora do MNBA/IBRAM/MinC e curadora da exposição.

Na visão xilográfica de Canudos, há um mundo de imagens, mas o que há de concreto é a guerra, transfigurada em corpos despedaçados, homens e mulheres de mãos erguidas, os olhos luzindo, exaustos, exaltados pela dor e desespero, trazendo dentro de si uma surpreendente e obstinada coragem, descreve Adir Botelho.

Aplicando-se especialmente a estranheza do homem frente à brutalidade da guerra, a série Canudos Xilogravuras é, sobretudo, uma visão da angústia humana, um ensaio xilográfico, crítico, uma relembrança da ‘imensa ruinaria’, onde o trágico e o grotesco se associam num obsessivo e dramático ritual. Um estado de aflição semelhante ao encontrado em Guernica, de Pablo Picasso, afirma o artista.

Serviço:

Exposição Barbárie e espanto em Canudos
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 3
Endereço: Av. Almirante Barroso, n° 25, Centro (próximo à estação Carioca do Metrô)

Informações: (21)3980-3815

Visitação: 18 de setembro a 11 de novembro de 2012
 
Horário de visitação: 
de terça-feira a domingo, das 10h às 21h

Entrada franca
Classificação: Livre
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal
Acesso para pessoas com deficiência
Programação completa: CAIXA Cultural
 

fonte: assessoria de imprensa

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