Festival acontece entre 02 de 18 de novembro
no
Centro e nas zonas Norte e Sul
Em duas décadas de história, o Festival
Panorama se consolidou como o maior evento de dança e linguagens do
corpo no Brasil, e é hoje um dos mais importantes da América Latina. Com
direção geral de Eduardo Bonito e Nayse Lopez – que é também a curadora
do festival, ao lado de Catarina Saraiva – o Panorama traz ao Rio mais de 30 atrações, entre nacionais e
internacionais. A programação é composta por espetáculos de dança,
performances, exposições, instalações e intervenções em espaços públicos, bem
como shows com músicos, performers e DJs. Este ano, o festival movimenta 14
pontos culturais do Centro do Rio e das zonas Norte e Sul, esperando atrair um
público estimado de 20 mil pessoas.
Este ano, num cenário social e urbanístico de extrema
mudança no Rio de Janeiro, queremos pensar em dois eixos que nos parecem
urgentes sobre a arte – e a vida – no Rio. Um é o sentido da
palavra comunidade. O outro é discutir como a nossa memória pode ativar o
presente. Para além destas costuras, o Festival aumenta seu campo de ação,
incorporando a música e o audiovisual como partes crescentes da sua
paisagem, explica Nayse Lopez, diretora e curadora do festival.
DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO
Neste ano, o Panorama
celebra o projeto de intercâmbio cultural Brasil
Portugal Agora, trazendo quatro espetáculos criados por artistas
portugueses interessados em questões como ancestralidade, história, tradições,
modernidade, memória e sociedade. Na programação, Victor Hugo Pontes mostra
“A ballet story”; a dupla Ana Borralho e João Galante traz
“World of interiors” e “Atlas”; e Filipa Francisco
apresenta “A Viagem” – este
último abre o festival no dia 02 de novembro, no Teatro João Caetano.
Um dos maiores nomes da dança no século XX, a bailarina e
coreógrafa norte-americana Meg Stuart,
criadora da companhia Damage Goods, de Bruxelas, se apresenta pela primeira vez
no Rio com dois espetáculos: “Violet”, com a presença marcante do
baterista Brendan Dougherty na percussão e música eletrônica ao vivo, e
“The fault lines”, em que renova a parceria coreográfica com o
austríaco Philipp Gehmacher, iniciada com “Maybe forever”, e agrega
um novo colaborador, o artista visual alemão Vladimir Miller.
Dedicada
à cena britânica, a UK Season tem
como destaque “Melt down”, uma criação da performer e coreógrafa
Rosemary Lee. Pensada originalmente para os parques e as ruas de Londres, a
montagem carioca ocupa o Campo de Santana, no Centro. Cerca de 50 participantes
– homens e mulheres de diferentes idades e profissões – foram
selecionados a partir de uma convocatória feita no site do festival para uma
performance ao ar livre.
No
Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, o público confere a instalação visual
e sonora “We see fireworks”, da artista de live art Helen Cole e do artista sonoro
Alex Bradley. Em uma sala iluminada por luzes piscando, o público escuta
histórias e segredos sussurrados por mais de 300 pessoas desconhecidas.
Também
na programação da UK Season no
CAHO, o trabalho do fotógrafo italiano residente em Londres, Manuel Vason,
transforma em imagens o universo conceitual de 51 artistas, entre coreógrafos e
bailarinos de dez países da América do Sul. O resultado dessa experiência é
“STILL_MÓVIL”, um trabalho que investiga a relação entre fotografia
e performance. Ambas as instalações estão abertas à visitação entre os dias 09
e 18 de novembro.
O
Panorama recebe o projeto HAPPENINGS,
uma parceria com o Festival Multiplicidade que tem curadoria de Batman
Zavareze. As atrações acontecem no CAHO e nos arredores da Praça Tiradentes.
Na programação, uma instalação inédita do grupo musical mineiro O Grivo é
o eixo central de HAPPENINGS, que
durante três dias (15, 16 e 17 de novembro) oferece uma diversificada
programação com músicos e performers brasileiros e internacionais: Marco
Donnarumma, Miguel Ortiz e Anna Weisling (do Sonic Arts Research Center, da
Irlanda do Norte), o músico performático Siri, o trio Chelpa Ferro –
formado pelos artistas Luiz Zerbini, Barrão e Sérgio Mekler – e
ainda Fausto Fawcett, Carlos Laufer e os Robôs Efêmeros.
O
projeto HAPPENINGS em 2012 une
forças com o Festival Panorama e o Festival Multiplicidade, se desloca para o
Centro Cultural Helio Oiticica e os arredores da Praça Tiradentes numa
exigência natural de sobrevivência e reinvenção. Sem perder a pegada dos anos
anteriores, queremos promover um radical embaralhamento dos sentidos com suas
múltiplas ações coletivas. A intenção é fazer barulho, explica Zavareze.
O
projeto Tardes no Parque, que há dois
anos ocupa a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV) com instalações e
performances, apresenta criações de quatro brasileiros que transitam na
fronteira entre as artes do movimento e visuais:
“Plantação/Árvores”, de Clarice Lima (São Paulo), “Big bang
boom”, de Michelle Martins Moura (Paraná), “Incorpóreo”, de
João Penoni e “Cena familiar”, de Celina Portella (ambos do Rio de
Janeiro).
Dedicado ao público infantil, o Panoraminha
já atraiu mais de seis mil crianças com sua política de formação de
público em parceria com projetos sociais e educacionais. Em sua quinta edição,
apresenta os espetáculos “Têtes-à-têtes”, de Maria Clara
Villa-Lobos, no Teatro Nelson Rodrigues, na CAIXA
Cultural Rio de Janeiro, e “Menu de heróis”, do Núcleo de
Dirceu, no Piauí, no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto. Brasileira residente na Bélgica, Maria
Clara mistura dança, movimento, vídeo, som e luzes em uma montagem
especialmente recomendada para crianças a partir de três anos. Já o Núcleo do
Dirceu propõe brincar de ser o que se quiser ser, a partir do que está em
volta: isopor com chuteira, garrafa com balão, luva com caixa de papelão,
realidade e ficção.
O Panorama
2012 apresenta ainda o Panorama Futuro,
que desde 2010 mostra ao público brasileiro a novíssima geração da dança
contemporânea mundial, reunindo numa única noite dois artistas em seus vinte e
poucos anos: o brasileiro Volmir Cordeiro, com “Céu”, e o francês
residente na Tunisia Selim Ben Safia, com “Smurfeddin”. Os
espetáculos serão apresentados no Teatro
Nelson Rodrigues, na CAIXA Cultural Rio de Janeiro, e no Teatro
Armando Gonzaga.
Concebido
especialmente para o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), o programa Performing Rights Library inclui uma mostra
de cinema com trabalhos relacionados à temática de direitos humanos e quatro
mesas-redondas nos seguintes eixos temáticos: “Corpo-diverso”,
“Corpo-manifesto”, “Corpo-identidade” e
“Corpo-ativismo”. O ponto alto da programação é a estreia da
videoinstalação “Corpo Santo” no dia 13 de novembro, às 17h
(reapresentação no dia 18, às 19h). Desenvolvido pelos artistas visuais
Maurício Dias e Walter Riedweg, o projeto documentou os pacientes do IPUB
(Instituto de Psiquiatria da UFRJ).
O
acervo da Library of Performing Rights – uma coleção de livros, vídeos e
publicações especializada em direitos humanos relacionados à arte – passa
a integrar o acervo da Videoteca Panorama,
e ficará disponível de 13 a
18 de novembro, na Sala de Convivência do CCBB. As sessões de cinema acontecem
no Cinema 2, às 17h e às 19h, com mesas redondas no intervalo entre as sessões,
sempre às 18h.
Informações: Festival Panorama 2012
De 02
a 18 de novembro – Rio de Janeiro
fonte: assessoria de imprensa
Nenhum comentário:
Postar um comentário