sábado, 9 de agosto de 2025

SAIBA O QUE SÃO AS HEPATITES VIRAIS E COMO PREVENI-LAS


Segundo o Ministério da Saúde, milhões de pessoas convivem

com hepatites virais sem saber.


No último mês de julho, o Ministério da Saúde atuou na conscientização, prevenção e combate às hepatites virais, doenças que afetam o fígado e representam um importante desafio de saúde pública no Brasil e no mundo.

Segundo o Ministério, milhões de pessoas convivem com hepatites virais sem saber, já que essas infecções costumam evoluir de forma silenciosa, sem sintomas aparentes nas fases iniciais. A falta de diagnóstico precoce favorece o agravamento da doença, podendo levar a cirrose, câncer de fígado e até à morte.

O que são as hepatites virais?

As hepatites virais são inflamações no fígado causadas por diferentes tipos de vírus (A, B, C, D e E). Elas podem ser agudas (curto prazo) ou crônicas (quando persistem por mais de seis meses).

Hepatite A

  • Transmissão: fecal-oral (por alimentos ou água contaminada, falta de higiene e saneamento básico).

  • Sintomas: fadiga, enjoo, febre, pele e olhos amarelados, urina escura, dor abdominal.

  • Prevenção: vacina, higiene pessoal, cuidados com a água e os alimentos.

Hepatite B

  • Transmissão: contato com sangue e fluidos corporais, sexo desprotegido, objetos cortantes não esterilizados, transmissão de mãe para filho (gestação ou parto).

  • Sintomas: geralmente assintomática, mas pode causar fadiga, dores, icterícia.

  • Prevenção: vacina (disponível no SUS para todas as idades), práticas sexuais seguras, não compartilhar objetos pessoais.

Hepatite C

  • Transmissão: contato com sangue contaminado (agulhas, seringas, materiais de manicure, tatuagens e piercings sem esterilização).

  • Sintomas: geralmente silenciosa por anos; quando aparecem, são semelhantes à hepatite B.

  • Prevenção: não há vacina, mas há tratamento com cura disponível no SUS.

  • Recomendação: teste regular, especialmente para pessoas com exposição a risco.

Hepatite D

  • Transmissão: por meio das mesmas vias da hepatite B, mas só ocorre em pessoas já infectadas pelo vírus B.

  • Prevenção: vacinação contra hepatite B impede o desenvolvimento da hepatite D.

Hepatite E

  • Transmissão: semelhante à hepatite A (água e alimentos contaminados).

  • Mais comum em: regiões com precárias condições sanitárias.

  • Prevenção: higiene e saneamento básico.

A importância da vacina contra a hepatite B para bebês

Muitos pais têm dúvidas sobre a necessidade da vacina contra hepatite B logo após o nascimento, principalmente quando a gestante testou negativo. Porém, nem todas as infecções maternas são detectadas durante a gestação, e a transmissão pode ocorrer durante o parto.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam a aplicação da primeira dose ainda nas primeiras 12 horas de vida, com continuidade do esquema vacinal nos meses seguintes.

Além disso, não há risco comprovado em relação à presença de alumínio na vacina, como alegam grupos antivacina. O alumínio presente é em quantidade segura e muito abaixo do nível tóxico, e seu uso é fundamental para aumentar a eficácia do imunizante.

Diagnóstico, tratamento e combate à desinformação

O diagnóstico das hepatites virais é feito com testes rápidos e exames laboratoriais — ambos disponíveis pelo SUS. O tratamento depende do tipo da hepatite e da fase da infecção.
No caso da hepatite C, por exemplo, há cura, e o tratamento é gratuito nas redes públicas.

A desinformação ainda é um obstáculo no combate às hepatites. É essencial buscar informações em fontes confiáveis, como o Ministério da Saúde, a OMS e instituições científicas reconhecidas.

Prevenção é o melhor caminho

  • Vacine-se e vacine seus filhos;

  • Use preservativos em todas as relações sexuais;

  • Não compartilhe objetos de uso pessoal;

  • Exija materiais descartáveis ou esterilizados em procedimentos estéticos;

  • Realize testes regularmente.

Neste Julho, a informação é sua melhor aliada.

Fonte: Ministério da Saúde.

MICKY DOLENZ, O ÚLTIMO DOS MONKEES, HOMENAGEIA MICHAEL NESMITH

A ideia da rede NBC era formar uma banda de laboratório para estrelar um show na TV. O atrativo, voltado para o público jovem, seria um misto de musical e comédia. As audições, anunciadas em jornais, contaram com a participação de mais de 400 candidatos na faixa etária entre 17 e 21 anos, e dessas participaram até artistas já conhecidos, como o músico Stephen Stills (Crosby, Stills & Nash).


Assim, o quarteto formado por David Jones, Michael Nesmith, Peter Tork e Micky Dolenz (que era guitarrista de origem, mas assumiu as baquetas no programa), foi contratado em 1965 com a suposta  missão de conter a invasão da beatlemania na América. O problema é que os produtores da NBC não contavam que o tiro sairia pela culatra: além de falhar na pretensiosa e ingrata missão de frear os Beatles, o The Monkees repercutiu de forma avassaladora (monkeemania), tanto em seu país de origem quanto em outras praças, inclusive no Brasil.

 

 

O projeto tinha tudo para dar errado, por reunir pessoas tão diferentes: Jones, era o romântico; Tork, o intelectual; Dolenz, o roqueiro; e Nesmith, o country/folk. Além disso, todos eram vocalistas com potencial para se tornar o bandleader. Mas foi justo essa mistura heterogênea, apoiada no talento dos músicos e letristas Tommy Boyce e Bobby Hart, que fez os Monkees estourarem. O que era uma banda de laboratório tornou-se um grupo musical autêntico que, a partir de seu terceiro álbum de estúdio, intitulado Headquarters (Colgems, 1967), passou a trabalhar em canções autorais. Desse disco, tornaram-se sucessos You told me, Forget that girl, You just may be the one e Randy scouse git. A essa altura, o grupo já arrastava uma legião de fãs, em todos os países em que a série foi exibida.


Os Monkees tiveram uma carreira longeva, mas que, obviamente, teve seus altos e baixos. Balançou primeiramente como fim da série, em 1968 (após 58 episódios); em seguida, em 1971, quando Nesmith deixou o quarteto para formar a banda country First National Band. Durante muitos anos, o sucesso dos Monkees ficou aparentemente restrito aos Estados Unidos, com suas canções sendo esquecidas por radialistas de outras nacionalidades. O que reacendeu o interesse pelos Monkees foi a internet, em especial o YouTube, que recebeu inúmeras postagens de fãs, ao redor do planeta. Jones, que já era contratado da Screen Gems, quando o The Monkees foi formado, faleceu em 2012; Tork, em 2019; e Nesmith, em 2021.


O Monkee remanescente, Micky Dolenz, homenageou Michael Nesmith com o álbum Micky Dolenz sings Nesmith (2021), que reúne exclusivamente canções da autoria de seu amigo de longa data, porém com novos arranjos e produção do filho de Nesmith, Christian.


 

Micky Dolenz sings Nesmith foi gravado entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021 – ou seja, o projeto já se encontrava em andamento quando Nesmith veio a óbito – e lista canções escritas ao longo da carreira de Nesmith, gravadas com o The First National Band e com os Monkees.


Lançado pela 7A Records, o álbum solo de Dolenz é o primeiro de estúdio, após um hiato de nove anos.

 

                                  Dolenz, à esquerda, e o homenageado Nesmith
 

Lista de canções


1. Carlisle wheeling
2. Different drum
3. Don’t wait for me
4. Keep on
5. Marie’s theme
6. Nine times blue
7. Little red rider
8. Tomorrow and me
9. Circle sky
10. Propinquity (I’ve just begun to care)
11. Tapioca tundra
12. Only bound
13. You are my one
14. Grand Ennui (CD bonus track)