Segundo o Ministério da Saúde, milhões de pessoas convivem
com hepatites virais sem saber.
No último mês de julho, o Ministério da Saúde atuou na conscientização, prevenção e combate às hepatites virais, doenças que afetam o fígado e representam um importante desafio de saúde pública no Brasil e no mundo.
Segundo o Ministério, milhões de pessoas convivem com hepatites virais sem saber, já que essas infecções costumam evoluir de forma silenciosa, sem sintomas aparentes nas fases iniciais. A falta de diagnóstico precoce favorece o agravamento da doença, podendo levar a cirrose, câncer de fígado e até à morte.
O que são as hepatites virais?
As hepatites virais são inflamações no fígado causadas por diferentes tipos de vírus (A, B, C, D e E). Elas podem ser agudas (curto prazo) ou crônicas (quando persistem por mais de seis meses).
➤ Hepatite A
Transmissão: fecal-oral (por alimentos ou água contaminada, falta de higiene e saneamento básico).
Sintomas: fadiga, enjoo, febre, pele e olhos amarelados, urina escura, dor abdominal.
Prevenção: vacina, higiene pessoal, cuidados com a água e os alimentos.
➤ Hepatite B
Transmissão: contato com sangue e fluidos corporais, sexo desprotegido, objetos cortantes não esterilizados, transmissão de mãe para filho (gestação ou parto).
Sintomas: geralmente assintomática, mas pode causar fadiga, dores, icterícia.
Prevenção: vacina (disponível no SUS para todas as idades), práticas sexuais seguras, não compartilhar objetos pessoais.
➤ Hepatite C
Transmissão: contato com sangue contaminado (agulhas, seringas, materiais de manicure, tatuagens e piercings sem esterilização).
Sintomas: geralmente silenciosa por anos; quando aparecem, são semelhantes à hepatite B.
Prevenção: não há vacina, mas há tratamento com cura disponível no SUS.
Recomendação: teste regular, especialmente para pessoas com exposição a risco.
➤ Hepatite D
Transmissão: por meio das mesmas vias da hepatite B, mas só ocorre em pessoas já infectadas pelo vírus B.
Prevenção: vacinação contra hepatite B impede o desenvolvimento da hepatite D.
➤ Hepatite E
Transmissão: semelhante à hepatite A (água e alimentos contaminados).
Mais comum em: regiões com precárias condições sanitárias.
Prevenção: higiene e saneamento básico.
A importância da vacina contra a hepatite B para bebês
Muitos pais têm dúvidas sobre a necessidade da vacina contra hepatite B logo após o nascimento, principalmente quando a gestante testou negativo. Porém, nem todas as infecções maternas são detectadas durante a gestação, e a transmissão pode ocorrer durante o parto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam a aplicação da primeira dose ainda nas primeiras 12 horas de vida, com continuidade do esquema vacinal nos meses seguintes.
Além disso, não há risco comprovado em relação à presença de alumínio na vacina, como alegam grupos antivacina. O alumínio presente é em quantidade segura e muito abaixo do nível tóxico, e seu uso é fundamental para aumentar a eficácia do imunizante.
Diagnóstico, tratamento e combate à desinformação
O
diagnóstico das hepatites virais é feito com testes rápidos e
exames laboratoriais — ambos disponíveis pelo SUS. O
tratamento depende do tipo da hepatite e da fase da infecção.
No
caso da hepatite C, por exemplo, há cura, e o
tratamento é gratuito nas redes públicas.
A desinformação ainda é um obstáculo no combate às hepatites. É essencial buscar informações em fontes confiáveis, como o Ministério da Saúde, a OMS e instituições científicas reconhecidas.
Prevenção é o melhor caminho
Vacine-se e vacine seus filhos;
Use preservativos em todas as relações sexuais;
Não compartilhe objetos de uso pessoal;
Exija materiais descartáveis ou esterilizados em procedimentos estéticos;
Realize testes regularmente.
Neste
Julho, a informação
é sua melhor aliada.
Fonte:
Ministério da Saúde.