domingo, 1 de setembro de 2013

SEDE DAS CIAS., NA LAPA, RECEBE O ESPETÁCULO "NÃO HÁ MELHOR LUGAR DO QUE A NOSSA CASA"

Sede das Cias
apresenta

Não há melhor lugar do que a nossa casa

De 04 de setembro a 03 de outubro na Sede das Cias

Laços familiares é a matéria-prima do espetáculo de estreia da Cia em Obra, com direito a música ao vivo e engenhosa movimentação cênica


A partir do dia 04 de setembro a Sede das Cias recebe a Cia em Obra para estrear seu primeiro espetáculo. A peça, Não há melhor lugar do que a nossa casa, que aborda a importância da família, do afeto, do aconchego doméstico, tem texto e direção de Pedro Emanuel, jovem representante de uma nova geração nos palcos cariocas, recém-saída da faculdade (no caso, o curso de teatro da UniverCidade), e já atuante ­– um time que joga nas onze, atuando, dirigindo, produzindo, levantando seus projetos autorais.

Em cena, um casal recém-casado chega à sua nova casa e toma consciência de que o amor não é suficiente para levar adiante a relação. No mesmo espaço físico, três irmãos, que seriam a projeção dos filhos que esse casal, diante do distanciamento iminente, não será capaz de ter.  Esses irmãos procuram uma pista, algum documento que comprove a existência de seus pais, explica o autor e diretor, que para o seu ‘debut’ em palcos profissionais como dramaturgo buscou inspiração em sua própria família. Lembro de ficar olhando fotos do casamento dos meus pais e nunca fui capaz de entender como aqueles jovens, tão felizes naquelas imagens, iriam, no futuro, acabar se separando. Não houve culpados, apenas pessoas apaixonadas incapazes de sustentar as amarras que o matrimônio impunha a elas, analisa Emanuel.

O autor e diretor tem como meta investir em novos textos acerca da composição do universo familiar e está em cartaz, como ator, no espetáculo ‘Memória Inventada no Sonho de Alguém’ (em cartaz de 11 a 29 de setembro no Tempo Festival, que ocupa o Teatro Glaucio Gill).

A encenação busca a sensação do vínculo afetivo, remetendo a imagens, sensações e memórias. A família sempre foi algo que me inquietou. Seu poder e sua influência na vida de um indivíduo. Na peça, o que acontece é que os irmãos são praticamente uma extensão do casal, uma projeção deste desejo de maternidade. Ao longo da narrativa, percebe-se que tanto os irmãos, quanto o casal, coabitam o mesmo espaço físico, a mesma casa, mas em tempos diferentes, em lógicas diferentes, e ainda assim simultaneamente. Para ele, o espetáculo trata essencialmente da dependência direta que há entre os membros de um núcleo familiar, principalmente, no núcleo mais estreito que a peça aborda: pais e filhos.

Ícaro Salek vive Claudio, o marido, figura que, de tanto se ausentar de casa, acaba obrigando a mulher, Elisa (Marcéli Torquato) a viver uma interminável espera. Iuri Krushewsky vive Paulo, o filho mais velho, empenhado em vender a casa após o sumiço dos pais; Julia Mendes interpreta Gisele, a filha mais nova, ainda esperançosa da volta dos progenitores; por fim, Eduardo Parreira dá vida a Daniel, o atordoado filho do meio. A cena apresenta as fantasias e expectativas de um casal ao entrar em sua nova casa até a degradação de seu matrimônio, com o definhamento deste casamento. Os irmãos, possíveis filhos, se distanciam de qualquer possibilidade de existir, explica o diretor.

  
Movimentação cênica e desenhos de luz

Um dos diferenciais do espetáculo é a direção de movimentos. Em cena, vê-se uma coreografia de gestos simples e desenhados, que ganham um caráter de dança através das repetições. Outros dois fatores chamam atenção: os desenhos de luz e os movimentos do cenário. Concebido e produzido por Cadu Mader, o cenário possui seis tapumes que se movimentam durante todo o espetáculo: eles compõem essa articulação com a dança, com paredes incógnitas que dominam o espaço e respondem espontaneamente aos personagens de acordo com sua vontade e o desenvolvimento da trama.

Criados por João Gioia, os desenhos de luz trabalham basicamente com sombras e perspectivas pouco cotidianas: uma atmosfera de suspense, que revela e esconde os personagens que trafegam por esta casa.  No fim do ano passado, o espetáculo cumpriu curta temporada no Teatro Gonzaguinha, no Centro, dentro da mostra Vem! A peça integrou o projeto Incubadora, iniciativa que viabiliza a produção artística do cenário alternativo.


Música ao vivo em cena

O espetáculo conta com música executada ao vivo, a partir de trilha original composta por Mario Terra, Alexandre Velosso, Liebert Rodrigues e Zeca Richa.


SOBRE A CIA EM OBRA

A companhia, formada há um ano durante os preparativos para a encenação de ‘Não Há Melhor Lugar do que a Nossa Casa’, reúne os atores Eduardo Parreira, Julia Mendes, Mario Terra, Pedro Casarin, Pedro Emanuel e Zeca Richa, egressos do curso de teatro da UniverCidade.


SINOPSE

A cena apresenta os episódios de um casal recém-casado, desde a origem de suas fantasias e expectativas ao entrar em sua nova casa até a degradação de seu matrimônio; simultaneamente é exposta a saga de três irmãos, em busca de algum documento que revele seus sobrenomes e o paradeiro de seus pais.


SERVIÇO

Temporada: de 04 de setembro a 03 de outubro

Local: Sede das Cias
Endereço: Escadaria Selarón (Rua Manuel Carneiro 12 – Lapa)
Informações: 2137-1271.
Horário: quartas e quintas, às 20h
Ingressos: R$20,00
Bilheteria: a partir das 19h
Classificação: 12 anos
Capacidade: 60 lugares
Duração: 60 minutos

  
FICHA TÉCNICA

Texto: Pedro Emanuel, em parceria com Ana Carolina Bradilli
Direção: Pedro Emanuel
Elenco: Eduardo Parreira, Ícaro Salek, Iuri Kruschewsky, Julia Mendes e Marcéli Torquato
Iluminação: João Gioia
Cenário: Cadu Mader
Figurinos: Tiago Ribeiro
Trilha sonora: Alexandre Velosso, Liebert Rodrigues, Mario Terra e Zeca Richa
Músicos em cena: Mario Terra e Zeca Richa
Costureira: Lu
Realização: Cia em obra e Projeto VEM!
Produção: Luisa Barros
Assessoria de imprensa: André Gomes 
Fotógrafa:  Aline Macedo

fonte: assessoria de imprensa

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