Neste
ano de 2018, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de
Hollywood não se enganou de envelope; enganou-se de filme.
O
vencedor da principal categoria, A forma da água, dirigido por
Guilhermo Del Toro, é um dos piores ganhadores do Oscar de Melhor
Filme da história. É de roteiro frágil, insosso, previsível,
repleto de clichês e cenas bizarras; não emociona, não encanta,
não faz o público reagir. Passa longe de outros trabalhos de Del
Toro, inclusive da animação Caçadores de trolls, já na segunda
temporada no Netflix.
O
diretor mexicano abusa da paciência do espectador com um argumento
que faz lembrar o trash O monstro da lagoa negra (1954, dir: Jack
Arnold), sendo que a criatura anfíbia de Del Toro serve como válvula de
escape para os delírios imaginativos de uma garota que se masturba
na banheira.
Ainda
assim, vale destacar as boas atuações de Sally Hawkins (Eliza
Esposito) e de Richard Jenkins (Giles).
Filardi
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