No último fim de semana de novembro, o térreo do Centro de Convenções Sul América, no bairro Cidade Nova, Rio de Janeiro, recebeu a segunda edição da Rio Game Show. O evento, que contou com um público estimado em cerca de seis mil visitantes, proporcionou um verdadeiro passeio pela história dos videogames, para a alegria dos aficionados de todas as faixas etárias.
Telejogo, Odissey, Atari, Phantom System, Master System, Mega Drive, Genesis, Sega Saturn, Dreamcast e vários outros consoles de uso doméstico (alguns deles não muito conhecidos no mercado brasileiro), dividiram a curiosidade do público com a atual sétima geração de consoles (representada pelo XBox360 da Microsoft, pelo Playstation 3 da Sony e pelo Wii, da Nintendo) e com desktops de alto desempenho.
Nem mesmo o calor e o apagão de cerca de sete minutos foram suficientes para arrefecer o ânimo dos visitantes, no sábado 28/11. Até as crianças se divertiram! Os organizadores da Rio Game Show disponibilizaram máquinas de mini-basquete e pebolim, o que agradou não só a turminha miúda mas aos pais e responsáveis que as acompanharam.
Figurinhas fáceis e de presença obrigatória nesse tipo de evento, os “cosplay” (de “costume players”) - fãs que se vestem como suas personagens favoritas de mangás e desenhos animados -, chamaram a atenção pela criatividade e pela seriedade como interpretaram seus papéis. Posaram para as inúmeras lentes das câmaras fotográficas, filmadoras e celulares do público, esbanjando sempre muita simpatia. Um dos pontos altos do evento, sem dúvida!
Dentre as empresas que marcaram presença, a Nvidia, líder mundial em tecnologia de processadores gráficos para computação e dispositivos eletrônicos de consumo, disponibilizou oito poderosos computadores onde jogos, como o recém-lançado “Batman Arkham Asylum” (Eidos Interactive), podiam ser experienciados em 3D, com o uso de óculos especiais.
Outra grande empresa que marcou território por lá foi a japonesa Konami, a fim de divulgar seu também recém-lançado “Pro Evolution Soccer 2010” (o PES 2010). Oito telas de alta definição exibiram as partidas de um campeonato organizado para esse jogo com o console Playstation 3.
Além dos games citados, houve também grande expectativa pelos jogos “Need for Speed Shift” (Electronic Arts), Street Fighter IV (Capcom) e Tekken 6 (Namco), bem como pela já consagrada franquia “Guitar Hero” (Actvision). Muitos jogadores aguardaram pacientemente para jogá-los pela primeira vez.
Já a revista Level Up, uma das apoiadoras da segunda Rio Game Show, montou um palco e lançou o desafio num karaokê improvisado a quem se quisesse arriscar na versão mais recente da franquia “Rock Band”, alusiva a um certo quarteto de cabeludos de Liverpool.
Estandes com publicações afins, mangás, camisetas e botons não foram esquecidos pelos organizadores. Até uma enorme pista de automodelismo foi montada no espaço central do evento, para uma competição concorridíssima que atraiu dezenas de olhares interessados. A pista monopolizou a atenção dos visitantes. Mesmo aqueles que não participaram das disputas, ali pararam e divertiram-se assistindo às corridas.
A Rio Game Show veio para ficar. Houve um salto qualitativo em relação àquela realizada no ginásio do Canto do Rio, em Niterói, no ano passado. O que se viu nesta segunda edição foi um evento organizado, num espaço generoso e bem articulado. Sem atropelos. Sem exageros. Com cada coisa em seu devido lugar.
Esperamos que outras empresas e publicações segmentadas participem das próximas edições - o que ajudaria tanto a popularizar e introduzir definitivamente a Rio Game Show no calendário de eventos do Rio de Janeiro, assim como potencializar o mercado de games, que é um dos mais promissores no país.
Francisco Filardi